O homem que constrói casas para refugiados utilizando garrafas plásticas

BOL E ROTANEWS176 15/06/2017 12:00                                                                                                                   Por Jéssica Miwa                                                                   

 

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 Reprodução/Foto-RN176 Uma casa em construção de garrafa pets

A prática não é incomum. Já noticiamos aqui uma ecovila em que todas as casas são feitas de garrafas plásticas. Além disso, contamos a história da boliviana que ficou famosa por construir casas com PETs para famílias carentes – em apenas 20 dias! Agora a boa nova vem do refugiado Tateh Lehbib Breica, que construiu sua casa a partir do mesmo material.

Aos 27 anos de idade, Tateh se tornou refugiado na Argélia. Com a necessidade de reconstruir sua vida, o jovem se virou como podia para erguer sua casa, que divide com a avó – e, de quebra, ajudou na construção de mais 25 moradias do mesmo tipo para seus colegas refugiados. Tudo isso com a tal da garrafa PET, que a maioria da população mundial costuma descartar no lixo aos montes.

Tudo começou enquanto cursava seu mestrado em eficiência energética, graças a um programa de bolsa local para refugiados. Tateh iniciou um projeto de construção de um telhado verde, em que seriam usadas garrafas PET para o cultivo de mudas. A iniciativa não foi pra frente, mas deu impulso há algo ainda maior: diante de tantas garrafas plásticas, Tateh teve a ideia de enchê-las com areia e construir uma casa para sua avó. Afinal o material tende a aguentar o clima quente do deserto, que chega a até 45ºC, e é bastante acessível.

Uma sacada e tanto! A Argélia costuma enfrentar tempestades destrutivas, que destroem milhares de casas no país. Garrafas plásticas são mais resistente do que outros materiais de construção -como adobe, tijolos de barro e mesmo casas de tenda, que são muito comuns na região. Eis uma opção e tanto para os refugiados que hoje vivem no local, fugidos da violência da Guerra do Sara Ocidental. O episódio aconteceu há mais de 40 anos e ainda há muita gente por lá em condições de extrema dificuldade tentando reconstruir suas vidas.

Onde muitos veem lixo, há pessoas que enxergam a esperança para uma vida nova!