Novo exame de sangue pode detectar o Alzheimer precocemente, diz pesquisa

ROTANEWS176 E POR OLHAR DIGITAL 28/06/2021 18h53                                                                                        Por Matheus Barros editado por André Lucena

Uma pesquisa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong (HKUST) apontou que um novo exame de sangue pode detectar de maneira precoce o Alzheimer.

Segundo os pesquisadores, o novo exame possui uma precisão de 96% e deixará os exames antigos que eram caros e invasivos no passado.

Reprodução/Foto-RN176  Novo exame de sangue pode detectar o Alzheimer precocemente, diz pesquisa. Imagem: Shutterstock

A equipe responsável pela pesquisa identificou 19 das 429 proteínas plasmáticas associadas ao Alzheimer para formar um painel com biomarcadores que representam uma espécie de assinatura da doença no sangue.

O novo exame também permite que os médicos identifiquem em qual estágio do Alzheimer o paciente se encontra, o que permite um monitoramento mais próximo da progressão da doença, facilitando o tratamento precoce.

Segundo o Medical Xpress, o novo exame de sangue utiliza o ensaio de extensão de proximidade – uma tecnologia de mediação de proteína ultrassensível e de alto rendimento –  que permite examinar os níveis de mais de 1.000 proteínas no plasma de pacientes com Alzheimer.

“Com o avanço da tecnologia de detecção ultrassensível de proteína baseada no sangue, desenvolvemos uma solução de diagnóstico simples, não invasiva e precisa para o Alzheimer, que facilitará muito a triagem em escala populacional e o estadiamento da doença”, disse a professora da HKUST responsável pelo estudo.

O estudo foi realizado em parceria com pesquisadores da University College London e médicos em hospitais como o Hospital Prince of Wales e o Hospital Queen Elizabeth.

A pesquisa será muito importante para o diagnóstico de pacientes de Alzheimer, já que normalmente eles procuram o médico após apresentarem sintomas, como a perda de memória, sendo que a doença afeta o cérebro entre 10 e 20 anos antes dos sintomas começarem a surgir.