ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 27/03/202 1 11:10
CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA
Capítulo “Grande Montanha”, volume 30
PARTE 7
Após concluir as visitas à Índia e a Hong Kong, a comitiva de Shin’ichi Yamamoto pernoitou no Aeroporto de Narita a partir das 19 horas do dia 20 de fevereiro.
Shin’ichi havia decidido em seu coração: “Em breve, o badalar dos ‘Sete Sinos’ se encerrará, dando início a uma nova jornada de ciclos de cinco anos rumo ao século 21. Portanto, agora é o momento de dar a partida para a corrida preparatória com todas as forças! A nova decolagem exigirá uma aceleração com o motor em potência máxima. É preciso eliminar o descuido e prestar atenção aos detalhes. Vou me empenhar ainda mais no incentivo dos membros para que todos possam dar início ao avanço da esperança, unidos num só coração. Encontrando-me pessoalmente com o maior número de membros possível, transmitirei o espírito Soka de viver em prol do kosen-rufu por toda a vida!”.
No dia seguinte do retorno ao Japão, 21 de fevereiro, ele se dedicou a escrever matérias solicitadas por diversos jornais a respeito da visita à Índia. No dia 22, após incentivar os membros do norte da Europa que estavam no Japão, dirigiu-se à província de Chiba para orientação e, no dia 25, registrou fotos comemorativas com os companheiros das províncias de Yamanashi e de Ibaraki, que se reuniram no Centro Cultural Soka, em Shinanomachi.
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de ilustração da Editora Brasil Seikyo – BSGI
No dia 27, ele foi para a província de Kanagawa onde participou da Reunião de Responsáveis pela Divisão Feminina de Comunidade da região de Shonan, realizada no Centro Cultural de Shonan, na cidade de Fujisawa.
E ainda, no dia seguinte, compareceu à Reunião Comemorativa de Inauguração do Centro Cultural de Odawara, que ocorreu em duas sessões.
Foram, de fato, dias de corrida acelerada e ininterrupta com força total.
Nessa época, os clérigos da Nichiren Shoshu voltavam a repetir os ataques à Soka Gakkai em várias localidades. Shin’ichi se preocupava em como proteger os membros. Na verdade, na Reunião de Líderes Representantes Comemorativa do 48o Aniversário de Fundação da Soka Gakkai, realizada em 7 de novembro do ano anterior, o pacto de união harmoniosa entre clérigos e adeptos havia sido reconfirmado, e a situação deveria ter caminhado para uma solução.
Entretanto, logo após o término dessa reunião de líderes representantes, parte da imprensa japonesa publicou inúmeras notícias em suas revistas semanais, com textos que alegavam que a reconciliação da Soka Gakkai era uma farsa. Por trás disso, avançavam sórdidas conspirações incitando ataques à organização.
Montanhas íngremes e escarpadas são a trilha dos leões Soka.
PARTE 8
Os sacerdotes do clero da Nichiren Shoshu estavam agitados em busca de material para atacar a Soka Gakkai. No início do ano, diante da fala de um líder da Divisão dos Universitários (DUni), o qual clamava pela solene comprovação da Soka Gakkai como uma organização de verdadeira justiça, os clérigos começaram a dizer que a Soka Gakkai não mostrava sinais de arrependimento.
E no dia 28 de janeiro, os clérigos realizaram no templo principal a 2a Convenção Nacional dos Adeptos ligados diretamente aos templos. Reunindo 230 clérigos e cerca de 5 mil adeptos, decidiram considerar a Soka Gakkai como herética e assumiram uma postura de confronto na qual não havia qualquer possibilidade de entendimento ou de reconciliação.
Contudo, em nome da união harmoniosa, a Soka Gakkai continuou a atender o clero com perseverança e tolerância, suportando o desgaste da própria imagem.
Em meio a essa situação, no início de março, um sacerdote, subordinado ao sumo prelado, encaminhou uma comunicação ao vice-presidente da organização Eisuke Akizuki: “O Sr. Genji Samejima, vice-presidente da Soka Gakkai, vem realizando diversas asserções a respeito dos problemas entre o clero e a Soka Gakkai. Ao tomarmos conhecimento do conteúdo, todos nós, a começar pelo sumo prelado, ficamos assustados. Submetemos esta consulta por escrito, para a qual desejamos obter resposta”.
O problema apontado pelo clero foi uma manifestação irresponsável de Samejima numa reunião no dia 6 de março na cidade de Otamura, província de Fukuoka, promovida para buscar o entendimento com o clero. Fato é que Samejima já havia causado sofrimento aos sinceros companheiros de Kyushu em muitas outras ocasiões por meio de palavras e ações irracionais.
Nessa reunião, Samejima havia feito comentários do tipo: “O templo principal é igual a uma atividade hoteleira”; “As críticas do clero à Soka Gakkai nada mais são que suspeitas infundadas oriundas de inveja”.
Para piorar, em meio à empolgação do momento, acabou afirmando que suas opiniões manifestadas eram pontos de vista comuns a todos os vice-presidentes da Soka Gakkai. Isso chegou ao clero, gerando grande tumulto.
Considerando as afirmações de Samejima insolentes, a diretoria administrativa e o departamento de assuntos internos do clero da Nichiren Shoshu enviaram a carta de inquirição à Soka Gakkai.
Nichiren Daishonin afirma: “A desgraça vem da boca e leva a pessoa à ruína”.1 A soberba e a negligência criam a desgraça e destroem o próprio indivíduo. Além disso, provocam também a ruína do kosen-rufu. Para os sacerdotes do clero da Nichiren Shoshu, que visavam subjugar os adeptos, as asserções levianas de um líder se tornaram um material oportuno para os ataques à Soka Gakkai.
A navegação do kosen-rufu é sempre através de mares revoltos e ondas bravias.
O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.
Nota:
- Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 405, 2017.