ROTANEWS176 E POR ALTOASTRAL 20/01/2023 16h00
Especialista explica como tornar a transição mais tranquila para os pequenos nesta fase de mudanças
Voltar às aulas, especialmente em uma nova escola, pode ser difícil para estudantes de todas as idades. Mas isso se torna um desafio ainda maior quando falamos sobre crianças. Quanto mais jovem a criança, maior é a chance de que este seja um processo complicado. No entanto, não se desespere! Dá, sim, para ajudar na adaptação dos pequenos na volta às aulas.
Reprodução/Foto-RN176 É comum que as crianças fiquem ansiosas e inseguras com a mudança de escola – Foto: Shutterstock / Alto Astral
Mudanças podem causar inseguranças, ansiedade e outros problemas emocionais em qualquer momento da vida. Isso não acontece só com eles! “Assim como acontece com os adultos, uma mudança como essa assusta porque é o desconhecido”, explica a diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Milena Fiuza.
Este é um momento delicado, pois as crianças “precisam conhecer novas pessoas, novos professores e praticamente começar do zero”. E, caso o estudante ainda seja muito pequeno, existem menos recursos emocionais para lidar com a situação, destaca a especialista.
Apesar disso, há formas interessantes de tornar essa transição menos traumática e desafiadora para as crianças. Claro que não é um processo simples, mas o diálogo e manter rotinas pré-existentes podem ajudar a deixar tudo mais fácil na volta às aulas em uma nova escola.
A especialista Milena Fiuza trouxe cinco passos que você pode colocar em prática para ajudar as suas crianças neste volta às aulas. Confira a seguir:
- Não esconda os motivos da mudança
É importante abrir o jogo com a criança sobre os motivos que levaram à mudança. Não precisa dar todos os detalhes, mas você pode deixá-la mais segura ajudando-a fazer parte do que está acontecendo.
“O estudante não pode ficar inseguro, sentir-se culpado ou pensar que isso vai acontecer sempre. Isso porque a insegurança impede que ele crie vínculos com a escola, pensando que ela é algo passageiro”, elucida Fiuza. “Também é importante ouvir e entender a opinião dele, sempre deixando claro que a situação não vai mudar”.
- Dialogue, explique e tranquilize
A criança provavelmente estará cheia de dúvidas sobre a mudança e especialmente sobre a nova escola. Fale sobre os motivos que levaram a trocar de escola, mas também sobre o que deve acontecer daqui pra frente. E o mais importante: deixe-a calma durante este processo.
É o que ressalta a diretora pedagógica: “Dialogue, explique que ele não vai perder contato com os amigos antigos, mas que vai ganhar amigos novos, que as relações não dependem apenas de estudar junto”. Ah, e não deixe para ter essa conversa em cima da hora! Os pais e responsáveis devem preparar os pequenos para conseguir acolher melhor a frustração mais tarde.
- Visite a escola antes volta às aulas
Essa é uma dica de ouro, viu? “Tudo o que não conhecemos causa maior estranheza e, quanto mais conhecermos, menos estranheza haverá”, explica a especialista.
“Leve seu filho à escola antes do primeiro dia de aula. Apresente os espaços, parte da equipe escolar, as salas de aula, o pátio, cantina, banheiros. Essa simples atitude já diminui muito a angústia que eles sentem”.
- Engaje-se
Mantenha a via de diálogo com a escola sempre aberta, especialmente agora que a criança ainda está se adaptando. Participar ativamente das atividades e estar sempre em contato com os professores e equipe pedagógica é fundamental! Isso porque a escola pode compartilhar com os pais a necessidade de cada estudante, o que vai tornar o processo mais fácil.
- Preste atenção nos primeiros dias
Os primeiros dias na nova escola podem ser os mais difíceis — e também são os mais importantes. Uma dica é sempre ter um familiar levando a criança até o colégio, pois chegar sozinho pode deixá-la insegura.
Além disso, atividades extraclasse também podem ser uma boa opção para fazê-la se envolver mais na rotina da escola.
“Nos primeiros dias, os pais precisam estar em contato direto com a escola, seja por telefone ou WhatsApp”, adiciona a especialista. “Pergunte como está a adaptação e compartilhe o que você está notando, também”.
