ROTANEWS176 16/09/2023 13:01 Por Pedro Gabriel
Pequenos bugs e marcas d’água imperceptíveis à primeira vista são algumas formas que podem auxiliar identificar essas imagens.
Reprodução/Foto-RN176 A imagem viralizou no Twitter, com os usuários não sabendo se era real – Reprodução/Twitter
A criação de imagens falsas através de inteligência artificial está se tornando cada vez mais comum. Diversas ferramentas, como a Midjourney e a DeepAI, são utilizadas para a criação dessas imagens ‘falsas’, com níveis de detalhes que fazem uma pessoa desavisada acreditar que, de fato, se trata de uma fotografia original.
O medo em relação às formas que essas imagens podem ser usadas, e com a eleição presidencial dos Estados Unidos chegando, empresas do meio tecnológico vêm trabalhando em ferramentas que consigam facilmente identificar quando uma imagem foi manipulada ou gerada de forma artificial.
Dicas de como identificar uma foto criada por IA
Algumas técnicas podem ser úteis para a identificação de IA: ampliar a imagem, verificar proporções, além do simples “dar um Google”.
1- Sobre o que é a imagem?
A primeira coisa que devemos entender é sobre o que se trata a imagem. É uma explosão da Casa Branca? Um escândalo de alguma persona da mídia? Essa identificação é necessária, pois, se é algo de interesse público e a foto é verídica, é fato que algum veículo de comunicação teria a confirmado.
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Faça uma rápida pesquisa sobre o assunto e confira as fontes que estão noticiando o caso que está na imagem. Isso pode ajudar para que não seja disseminado uma informação falsa.
2- Procure anomalias na imagem
E quando a imagem se trata de algo que não é de grande repercussão? As IAs não são perfeitas e podem deixar alguns rastros bem identificáveis.
Primeiramente, faça uma busca de uma versão da foto em alta resolução, que consiga ser bem ampliada. Neste ‘zoom’, pode ser possível identificar defeitos inicialmente não vistos. Essas imperfeições podem ser clones de imagem, membros mal formados, fundos ou partes específicas extremante desfocados, partes pitadas de forma irregular, objetos aleatórios, assimetrias na morfologia do corpo (dentes, dedos, olhos tortos), fusão de objetos, etc.
Alguns erros são típicos de IA, como erro em proporções do corpo, membros a mais, desconexão da cabeça com o restante do corpo, dentes, armações de óculos e formato das orelhas.
3- Qual a origem da imagem?
A pesquisa da origem pode vir de diversas formas: seja ela colaborativa, com usuários compartilhando as descobertas nas redes, ou por meio de ferramentas, como o próprio Google — basta fazer o upload da foto na ferramenta e ela passa as informações disponíveis sobre ela.
O diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, Fabio Assolini, explica outra ferramenta que pode ser útil neste processo. “Essas ferramentas costumam funcionar para a maioria dos casos – mas não em todos eles. Os pontos analisados por essas ferramentas envolvem detecções de possíveis anomalias, presença de brilho excessivo ou até mesmo a disposição dos pixels. Uma dessas ferramentas é a gratuita AI or Not? ”.
Assolini explica, porém, que nem sempre essas ferramentas conseguem detectar as informações necessárias. “Algumas ferramentas generativas de AI conseguem gerar resultados bastante parecidos com fotos reais, enganando até mesmo as melhores ferramentas de detecção”, conclui.
4- Desconfie sempre!
Essa imagem está estranhamente perfeita? Sempre fique com um pé atrás. Os artefatos da imagem podem ter sido colocado estrategicamente em seus devidos lugares de maneira artificial.
No dia 29 de agosto, o Google anunciou a ferramenta SynthID, que promete ser parte da solução. Nela, uma marca d’água digital é colocada no arquivo, que não é vista pelo olho humano e só será detectada por computadores treinados.
Segundo a empresa, a ferramenta é resistente a adulteração, e é uma forma de conseguir ministrar a disseminação dessas imagens, e, consequentemente, diminuir a desinformação.
FONTE:IG