Frota fantasma: China usa tecnologia para “multiplicar navios”

ROTANEWS176 17/05/2025 17:02                                                                                                                                  Por Lucas Soares

Nova tecnologia chinesa é capaz de enganar uma frota inteira de navios de guerra — conheça a “marinha fantasma”

 

Reprodução/Foto-RN176 Ilustração de “navios fantasma” (Imagem: Olhar Digital)

A posição de navios em combate é algo estratégico. Revelar a localização para o inimigo pode significar uma derrota. Por isso, é comum que tropas utilizem táticas para confundir o adversário. É exatamente isso que a China pretende fazer com uma nova tecnologia que simula uma armada inteira de navios usando apenas uma embarcação real.

O projeto, desenvolvido pelo Instituto de Pesquisa de Telemetria de Pequim, foi descrito em um artigo revisado por pares publicado no Journal of Systems Engineering and Electronics e relatado inicialmente pelo South China Morning Post (SCMP).

A tecnologia permite criar uma verdadeira “armada fantasma” nos radares inimigos, utilizando dispositivos que bloqueiam sinais de forma coordenada. Ou seja, para o radar adversário, uma única embarcação pode parecer dezenas.

O sistema funciona com pequenos dispositivos eletrônicos de interferência de baixo custo, capazes de fazer um único navio de guerra aparecer como uma frota inteira no radar inimigo.

Reprodução/Foto-RN176 Frota de navios (Imagem: Shutterstock)

Quatro bloqueadores eletrônicos conectados emitem sinais de navios falsos, criando clones virtuais da embarcação real. Segundo a descrição do projeto, a tecnologia pode enganar até mesmo sistemas de radar avançados.

O grande diferencial está no baixo custo. Tecnologias semelhantes já existiam, mas eram caras e não reproduziam com precisão a assinatura eletromagnética de navios modernos.

Nesse caso, porém, basta um pequeno processador para registrar uma onda de radar quando ela ultrapassa um limite de voltagem pré-estabelecido.

Modelo de “frota fantasma” é flexível

Além disso, diferentemente de modelos tradicionais, mais rígidos, essas “iscas” podem ser ajustadas em tempo real, adaptando-se às necessidades do combate.

De acordo com os pesquisadores, essas matrizes coordenadas são capazes de remodelar a paisagem eletromagnética do campo de batalha, numa capacidade que descrevem como “escultura do ambiente eletromagnético”, conforme relatado pelo jornal chinês.

FONTE: OLHAR DIGITAL