O maravilhoso poder da fé

ROTANEWS176 07/06/2025 08:15 

ENCONTRO COM O MESTRE   

Por Daisaku Ikeda

“Queimar a lenha” dos desejos mundanos, convertendo-os em luz e energia da felicidade em nossa vida. Ikeda sensei explica como a recitação do daimoku nos propicia essa mudança.

O maravilhoso poder da fé

Reprodução/Foto-RN176 Em um encontro com companheiros de Tohoku, o presidente Ikeda cumprimenta uma criança e lhe diz: “Deixo o futuro em suas mãos” (Centro Cultural de Tohoku, Sendai, Japão, set. 1989). Foto — Seikyo Press

O espírito de sentar-se diante do Gohonzon é muito importante. Aqueles que possuem o espírito de continuar desafiando a si próprios dessa maneira são as pessoas mais louváveis. Podem decidir, por exemplo, que “Eu vou recitar um pouco de daimoku, mesmo por alguns minutos” ou “Eu vou orar ao Gohonzon todos os dias”.

O budismo ensina que os “desejos mundanos são iluminação”. A expressão “desejos mundanos” refere-se aos sofrimentos, aos desejos e às aspirações que causam sofrimento, ao passo que “iluminação” refere-se a atingir um vasto e expansivo estado de absoluta felicidade. Normalmente, as pessoas pensam que os desejos e a iluminação são coisas separadas e distintas, especialmente pelo fato de o sofrimento ser exatamente o oposto da felicidade. Mas esse não é o caso do Budismo de Nichiren Daishonin, que ensina que somente quando acendemos a “lenha” dos desejos mundanos é que a “chama” da felicidade pode ser alcançada.

Como resultado, a luz e a energia da felicidade penetram em nossa vida. É com a recitação do Nam-myoho-renge-kyo que podemos “queimar a lenha” dos desejos todos os dias.

IKEDA, Daisaku. Juventude  Sonhos e Esperanças.

São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 2, p. 131-132, 2018.

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Com o daimoku, nossos problemas e sofrimentos se transformam em energia para a felicidade, em combustível para o desenvolvimento. (…)

O maravilhoso poder da fé no Budismo de Nichiren Daishonin é a sua capacidade de transformar o maior sofrimento da vida de uma pessoa na sua maior felicidade, e de tornar os problemas mais difíceis em fontes de crescimento e em uma base para uma grandiosa existência, isso é o budismo e por isso ele é maravilhoso.

Problemas surgem em várias formas e proporções. Pode ser um problema pessoal, ou que pensem em ajudar seus pais a desfrutar uma vida longa e repleta de realizações ou até que se sintam preocupados com um amigo doente ou com depressão, desejando que se recupere. Talvez vocês estejam profundamente preocupados com a questão da paz mundial e sua concretização, ou com o rumo da humanidade no próximo século. Essas são preocupações realmente nobres. Com daimoku, poderão transformar todas essas inquietações em combustível que os impulsionará a avançar ainda mais — poderão transformá-las em energia vital e boa sorte, e assim desenvolver um caráter mais forte.

Espero que se mantenham seriamente preocupados com várias questões, que recitem muito daimoku e que, nesse curso, empenhem-se para alcançar seu próprio desenvolvimento. Fé significa estabelecer objetivos para si próprio, seguir nessa direção e se esforçar para concretizá-los. Se considerarmos cada desafio como uma montanha, a fé será o processo pelo qual crescemos à medida que escalamos cada uma delas.

Ibidem, p. 132-133.

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Nunca se sabe o que acontecerá na jornada da vida. Pode ser que não encontrem apenas ventos favoráveis, pode haver momentos de turbulências com altos e baixos. Viver é uma batalha, e de certa forma pode-se dizer que é uma sequência de sofrimentos e de adversidades. Podem se deparar com doenças, acidentes inesperados, problemas financeiros, dificuldades de relacionamento ou ainda afligir-se por causa dos filhos. Contudo, o budismo ensina que “desejos mundanos são iluminação” e “sofrimentos do nascimento e da morte são o nirvana”. Jamais devem se esquecer desses princípios por piores que sejam as angústias ou dificuldades com as quais se deparem. Nichiren Daishonin revelou o Gohonzon para que transformemos os desejos mundanos em iluminação, os sofrimentos do nascimento e da morte em nirvana, a vida que sofre com os quatro e os oito sofrimentos em uma vida de eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza, e desfrutemos uma existência de plena felicidade. Em outras palavras, o Gohonzon é exatamente o eixo de rotação para a transformação de uma vida de sofrimentos, e a força que o faz girar é a recitação do daimoku. No entanto, quando a pessoa se vê numa situação crítica, acaba perdendo a esperança e desistindo, dizendo “Não dá mais”, deixando a fé balançar. Isso ocorre porque a determinação, o ponto fundamental, acabou se afastando do Gohonzon devido a influências externas. Se a vida e o Gohonzon estiverem em perfeita sintonia, pode-se ultrapassar quaisquer dificuldades ou sofrimentos. O âmago da fé se encontra em se colocar diante do Gohonzon e recitar daimoku incansavelmente não importando o que aconteça. Manter sempre essa postura — seja nos momentos de angústia, de tristeza ou de alegria — corresponde à fé que tem como base o Gohonzon, e esse é o modo correto de manifestar a fé. Se assim fizerem, nunca acontecerá de as orações ao Gohonzon não serem atendidas. Não há como a grande energia vital e a sabedoria para transpor as adversidades não serem evidenciadas.

IKEDA, Daisaku. Nova Revolução Humana.

São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. 29, p. 89-90, 2020.

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Felicidade consiste na alegria da vida, pulsando dinamicamente de momento a momento; também corresponde a possuir um caráter plenamente primoroso, que transmite alegria a todos ao redor. Desse modo, o caráter de uma pessoa, quando iluminado pela Lei Mística, se assentará firmemente no “eu maior”, um estado de ilimitada liberdade, que permeia o universo, transformando qualitativamente até a energia dos desejos mundanos focados no egocêntrico “eu menor”. Em outras palavras, a energia dos desejos mundanos pode ser sublimada e convertida em extraordinária sabedoria e compaixão; pode ser redirecionada a um nível mais elevado, que transcende o individual e beneficia outras pessoas, a comunidade e a sociedade.

Esse é o princípio budista que elucida que “desejos mundanos são iluminação”, abrindo amplo e radiante caminho, por meio do qual pode-mos nos empenhar pelo nosso próprio aperfeiçoamento concomitantemente ao de outras pessoas, enquanto trabalhamos ativamente para construir uma sociedade ideal.

Brasil Seikyo, ed. 2.317. 26 mar. 2016, p. C4.

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Uma vez que o budismo ensina que os desejos mundanos são iluminação, os nossos sofrimentos e preocupações se tornam “nutrientes” para atingirmos o estado de buda. Como resultado de tudo que passamos, consequentemente conseguiremos manifestar uma vida de extraordinária fortuna, comparável a uma rica colheita num outono dourado. Nossos sofrimentos se tornarão frutos de imensurável boa sorte e benefícios que adornarão nossa vida pelas “três existências” — passado, presente e futuro.

O objetivo do nosso grande movimento pelo kosen-rufu é plantar a mais nobre “semente da felicidade” no coração das pessoas do mundo inteiro. Nenhum outro empreendimento é mais louvável ou sublime. Essa é uma tarefa tão sagrada que aqueles que estão presos aos desejos imediatos nem sequer podem imaginar ou compreender.

Todos vocês já plantaram em seu coração a semente para atingir o estado de buda nesta existência. E embora possam enfrentar várias dificuldades, tudo o que experimentarem se tornará o “fertilizante” para produzir frutos dessa semente. Por favor, vivam com essa grande convicção.

Brasil Seikyo, ed. 2.478, 10 ago. 2019, p. 4.

A recitação do gongyo e do daimoku

é a sublime cerimônia que alinha seu

microcosmo ao ritmo

fundamental do macrocosmo.

Deve-se recitar gongyo e daimoku,

juntando as palmas das mãos ao Gohonzon.

A sua voz alcança os budas, os bodisatvas,

as divindades celestiais e as

divindades benevolentes.

Embora seja invisível aos olhos,

os budas, os bodisatvas e as

divindades celestiais do universo

envolverão essa pessoa, protegendo-a.

Quem se encontra bem no meio disso é você.

Como é extraordinário recitar daimoku!

Todos os budas, bodisatvas e divindades celestiais

tornam-se seus aliados.

É por isso que possui o poder de salvar a

humanidade e a missão de fazê-la feliz.

A partir do momento em que se ora,

começa a rotação.

Quanto mais profunda a escuridão,

mais próximo é o amanhecer.

A partir do momento em que

se ora com determinação,

o sol se levanta no seu íntimo.

Esperança!

A oração é o sol da esperança.

Sempre que se sentir agoniado, deve orar, superar e

expandir a condição de vida.

Essa é a órbita do princípio do Budismo Nichiren

de “desejos mundanos são a iluminação”.

A base do poder benéfico da Lei Mística

são os benefícios inconspícuos.

Mesmo que os desejos pelos quais

se ora não sejam visíveis de imediato,

certamente surgirão os resultados.

As águas subterrâneas acabarão

surgindo na superfície.

As sementes plantadas aguardam a

chegada da primavera para florescer.

Uma grande árvore, para se desenvolver,

leva um tempo definido.

Budismo é razão.

Portanto, é importante a continuidade.

Quem recita daimoku não teme a nada.

Nós não precisamos temer a nada.

Podemos avançar radiantemente,

cheios de esperança, aconteça o que acontecer.

Não há vida mais feliz que essa.

Brasil Seikyo, ed. 2.665, 24 ago. 2024, p. 6.

Dica de leitura

Livro Juventude — Sonhos e Esperança, v. 2. Para mais informações, clique aqui.

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO