BRASIL
ROTANEWS176 E POR O DIA 02/11/2018 12:34 Por Leandro Mazzini
Ou seja, Moro não vai ficar sob orientações ou comando da Casa Civil ou de Paulo Guedes
Reprodução/Foto-RN176 Mouro logo depois de ter aceitado o convite para ser ministro do governo Bolsonaro – Mauro Pimentel / AFP
Brasília – Para aceitar o cargo de futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o juiz federal Sérgio Moro pediu carta branca ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para montar sua equipe sem interferências do Palácio, e para tocar ações que considerar necessárias no combate à corrupção, em especial.
Também pediu canal direto e exclusivo com Bolsonaro, sem intermediadores. Ou seja, Moro não vai ficar sob orientações ou comando da Casa Civil ou do super-ministro do Ego, ops, da Economia, Paulo Guedes.
Desespero
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, apela a Moro para manter a pasta ativa. O país vai descobrir que o ministério foi apenas um palanque para suas coletivas.
Submergiu
Aliás, você se lembra do nome do atual ministro da Justiça (sim, ele existe)? É o eremita Torquato Jardim, de quem nunca mais se ouviu falar e que não tem agenda na rua.
E agora?
No apagar das luzes do governo de Michel Temer, enfim o Palácio avalizou o acordo Brasil-Rússia pela Defesa. O presidente promulgou no último dia 25 de outubro o ‘Acordo entre o Governo do Brasil e o Governo da Rússia sobre Cooperação em Defesa’, que foi firmado em Moscou em… 14 de dezembro de 2012. Está no Decreto 9.541, publicado no Diário Oficial da União. Bolsonaro quer aproximação com EUA.
A chefona
Ventila-se nos ares do Planalto o nome da delegada Érika Marena, a primeira coordenadora da Operação Lava Jato, para diretora-geral da Polícia Federal.
Ringue
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF), derrotado na disputa pelo governo do DF, mantém-se em campanha para um cargo no governo federal. Articula a reeleição do partidário Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara. Diz que, pelo perfil dos novos parlamentares da Câmara, o presidente tem que ter “experiência” e “pulso firme” para que a Casa não se transforme em um “ringue”.
Sondagem agrícola
Um dos principais articuladores da equipe do presidente Bolsonaro, o pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia sondou, nos últimos três dias, deputados ruralistas cotados para chefiar o Ministério da Agricultura. O atual ministro, Blairo Maggi, que votou em Bolsonaro, também é consultado sobre o perfil do seu sucessor.
Herdeiros
Flávio Bolsonaro será o líder do governo no Senado. Eduardo Bolsonaro será o líder do PSL na Câmara Federal. Não querem muita visibilidade. Por ora.
Outro cotado
O desembargador João Paulo Gebran, relator do caso Lula no TRF-4, é cotadíssimo para ser ministro do Superior Tribunal de Justiça na próxima vaga.
Balão de ensaio
O recuo do atual governo e da equipe de Bolsonaro na tentativa de votar a reforma da Previdência este ano se deveu a pelo menos dois fatores: a impossibilidade de modificar o texto pronto para votação na Câmara, como desejava a equipe de Bolsonaro, e o prazo exíguo para votar a PEC 287/2016 em dois turnos na Câmara e no Senado.
Motivações
Pesou também, para a equipe do novo presidente, informações de ministros palacianos de que a base aliada está “dispersa demais” para obter os 308 votos necessários para alterar as regras previdenciárias.
Revide
Apesar de pregarem “união” contra o governo de Jair Bolsonaro (PSL), a oposição expõe sequelas da derrota na disputa presidencial. Sinal claro disso foi a exclusão do PT do bloco de oposição formado por PDT, PSB e PCdoB. Um dos idealizadores da bancada composta por 69 deputados foi o candidato derrotado Ciro Gomes (PDT).
Drible eleitoral
O ex-governador do Ceará embarcou para a Europa no início do segundo turno em gesto de “revide” à articulação do ex-presidente Lula, que implodiu sua aliança com o PSB. Irritados, parlamentares do PT minimizavam, pelos corredores da Câmara, a exclusão da legenda, citando o tamanho da bancada, a maior da Casa, com 56 deputados.