Momentos inesquecíveis: volume 12 (parte 2)

ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO  26/05/2023 15:55                                                                        APREENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA                                                                                                    Por Dr. Daisaku Ikeda  

Nesta continuação da série publicada no Seikyo Shimbun, trechos selecionados do romance.

 

Reprodução/Foto-RN176 Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar a matéria

Deixar de lado a fama e o prestígio pessoal

No Festival Cultural de Tóquio, realizado em outubro de 1967, 42 mil membros, sentados nas arquibancadas, participaram do painel humano (evento popular no qual os figurantes seguram placas para formar uma única figura ou imagem), que deixou o público admirado com as cenas criadas, entre as quais um cervo saltitando pelas campinas e paisagens famosas ao redor do mundo.

Alguns dos integrantes do Departamento de Artistas que estavam colaborando com os desenhos eram artistas renomados, e entre eles havia um pintor que conquistara um prêmio especial na Exposição de Belas-Artes do Japão e um membro fundador de uma famosa associação de artistas. No entanto, o processo de seleção foi tão rigoroso que até mesmo os trabalhos desses artistas foram recusados. Os membros que escolhiam os desenhos não sabiam quem havia desenhado o quê, e não aceitavam nenhum trabalho que deixasse de impressionar e convencer todos eles.

Contudo, não importando quantas vezes o trabalho fosse rejeitado, nenhum artista reclamava nem ameaçava abandonar o projeto. Eles haviam deixado de lado por completo a fama e o prestígio. Isso porque todos haviam decidido desde o início trabalhar juntos para criar o melhor painel humano possível e tornar o festival um acontecimento histórico.

Em virtude disso, quando um de seus desenhos era recusado, eles refletiam sinceramente sobre as falhas e se esforçavam com empenho ainda maior. Um jovem integrante do Departamento de Artistas, admirado com a humildade dos renomados pintores, fez a seguinte observação a um deles:

— Jamais imaginei que um artista famoso como o senhor se ofereceria como voluntário para produzir os desenhos de um painel humano.

Sorrindo, o artista respondeu:

— Acima do pintor, sou um membro da Soka Gakkai. Estou simplesmente fazendo o que posso para contribuir para o nosso festival cultural, que abrirá uma nova era do kosen-rufu. Sei que o festival também será filmado, o que significa que, no fim, milhões de pessoas vão vê-lo. Considero maravilhoso poder contribuir para tocar o coração dessas pessoas e dar-lhes coragem e esperança. Nosso trabalho demonstra também a grandiosidade do Budismo Nichiren. É realmente uma oportunidade única e preciosa. Além do mais, é raro artistas de diferentes estilos e modos de pensar trabalharem juntos para criar uma nova forma de arte. Eu normalmente fico fechado no mundo da minha concepção criativa; portanto, esta é uma oportunidade extraordinária de receber novos estímulos e inspiração. Espero que, por meio deste esforço, eu rompa a concha da minha personalidade limitada e insignificante e expanda minha condição de vida.

(Trechos do capítulo “A Dança da Vida”)

Vocês e eu, juntos, vamos alçar voo pelo futuro

Em 1968, foi fundada a unidade de ensino fundamental 2 e ensino médio da Escola Soka em Kodaira, e os estudantes que moravam no Alojamento Glória decidiram criar seu hino. Em julho, gravaram a canção enquanto se apresentavam no festival Glória e enviaram a fita e a letra para Shin’ichi, fundador da escola.

Ao ouvir a canção com sua esposa, Mineko, Shin’ichi observou:

— É excelente, não é? É revigorante, forte e reflete o espírito dos alunos preparando-se para seu avanço no próximo século. Eles criaram uma verdadeira obra-prima.

Ele tocava a fita todos os dias, pensando no futuro dos alunos e orando pelo desenvolvimento deles.

No curso de aprimoramento anual de primavera, realizado em agosto no templo principal, os alunos do ensino médio das Escolas Soka que estavam participando da atividade como membros da Divisão dos Estudantes Herdeiro cantaram o hino do alojamento para Shin’ichi. Enquanto ele e os demais ouviam, Shin’ichi disse ao líder da Divisão dos Jovens (DJ), que estava sentado perto dele:

— É uma canção maravilhosa, não acha? Um dos alunos compôs a letra. Ela realmente me agrada muito.

Ouvindo os membros da Divisão dos Estudantes Herdeiro cantarem o hino do alojamento da Escola Soka, Shin’ichi sentiu o desejo de corresponder de alguma forma ao espírito inovador deles. Decidiu, então, compor uma quinta estrofe para o hino.

O curso de aprimoramento da primavera encerrou-se no dia 23 de agosto. Por ser a pessoa central desse evento, Shin’ichi Yamamoto estava extremamente atarefado, mas ainda assim conseguiu encontrar tempo para compor a estrofe adicional. Depois de ponderar profundamente sobre as quatro primeiras estrofes, concluiu que “Amizade” deveria ser o tema da quinta.

Ao pegar a caneta, as palavras fluíram. Ele a revisou cuidadosamente diversas vezes, aprimorando até sentir que a estrofe estava completa:

De Musashino, podemos Avistar o Monte Fuji

Onde correm

Riachos cristalinos

Por que as jovens fênix

Devem trabalhar

Em prol da paz?

Para abrir um caminho para Magníficos amigos

Juntos, você e eu,

Alcemos voo para o futuro

O verso que dizia “Para abrir um caminho para magníficos amigos” expressava a própria determinação de Shin’ichi de devotar a vida para pavimentar o caminho para os alunos das escolas Soka.

A notícia de que Shin’ichi havia composto uma quinta estrofe para o hino do alojamento foi divulgada para os alunos na segunda-feira, dia 2 de setembro, durante a cerimônia de início do segundo semestre letivo. Ao tomarem conhecimento do fato, os alunos aplaudiram com alegria. Decidiu-se, então, que todo o corpo discente apresentaria a canção com a nova estrofe para Shin’ichi na inauguração do novo campo de atletismo, que se daria em 6 de setembro. (…)

Os alunos descobriram um significado duplo na frase “Juntos, vocês e eu”. Um deles era que o termo “vocês” indicava os amigos, enquanto a palavra “eu” referia-se a eles próprios. O outro, que o termo “vocês” dizia respeito a eles, e “eu”, a Shin’ichi, fundador das escolas. Ao cantá-la, os alunos sentiram-se extremamente próximos de Shin’ichi, como se estivessem travando uma batalha conjunta de pai e filho, avançando juntos rumo ao futuro.

(Trechos do capítulo “Glorioso Futuro”)

(Traduzido da edição do jornal Seikyo Shimbun do dia 9 de outubro de 2019.)

 Assista

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