A Lealdade de um amigo, que fez 91 anos de Fidelidade, fez ele ser imortalizada na Sociedade Japonesa!

7-VÍDEOS: COM OS EPISÓDIO QUE DICIPLINOU A SOCIEDADE JAPONESA! – 

ROTANEWS176 15/07/2023 01h42                                                                                                                                  Por JC 

RN176 Foto de  Hachi em destaque na Estação de Shibuya redondeza de Tóquio ao lado do seu tutor o professor  Hidesaburo Ueno, Hachiko  ficou conhecido no Japão após um artigo de jornal em 1932 Foto: Getty Images

Hachiko, um cachorro da raça Akita Inu, esperou dez anos em uma estação de trem no Japão pelo dono que havia falecido.

O slogan chinês no cartaz do filme diz tudo: “Vou esperar por você, não importa quanto tempo leve”.

Ele conta a história real de Hachiko, o cão que continuou esperando pelo dono em uma estação de trem no Japão muito tempo depois da morte dele.  O cachorro da raça Akita Inu, nascido há cem anos, já foi lembrado de diversas maneiras — em livros, filmes e até na série animada de ficção Futurama.

RN176 A Estação de Shibuya, aonde Hachi ( Hachiko) esperou o retorno de seu dono e tutor já falecido o Professor  Hidesaburo Ueno por 10 anos de 1925 a 1935 / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

E a produção chinesa que está em cartaz nos cinemas do país — a terceira depois de uma versão japonesa em 1987, e uma protagonizada por Richard Gere em 2009 — é um sucesso de bilheteria.

Há histórias de outros cães leais, como o escocês Greyfriars Bobby, mas nenhuma com o impacto global de Hachiko. Há, inclusive, uma estátua de bronze dele do lado de fora da estação de Shibuya, em Tóquio, onde esperou por seu dono por uma década.

A estátua foi erguida pela primeira vez em 1934, antes de ser reciclada como parte do esforço de desenvolvimento de material bélico durante a Segunda Guerra Mundial — e reerguida em 1948.

RN176 Christine R. Yano, professora de antropologia na Universidade do Havaí, realizou pesquisas sobre o Japão e os nipo-americanos com foco na cultura popular.

As crianças japonesas aprendem na escola a história de Chuken Hachiko — ou do cão leal Hachiko — como um exemplo de devoção e fidelidade.

Hachiko representa o “cidadão japonês ideal” com sua “devoção inquestionável”, diz a professora Christine Yano, da Universidade do Havaí, nos EUA.

“Leal, confiável, obediente a um mestre, que compreende seu lugar no esquema mais amplo das coisas, sem depender da racionalidade”, explica.

RN176 A chegada de Hachi, ainda filhote na casa do professor universitário Hidesaburo Ueno, ele tinha vindo da província de Akita, local de origem da raça Akita, uma longa e cansativa viagem até Shibuya bairro de Tóquio no  Japão

A história de Hachiko

Hachiko nasceu em novembro de 1923 na cidade de Odate, na província de Akita, local de origem da raça Akita.

Akita é um cão japonês de grande porte — uma das raças mais antigas e populares do país. Designados pelo governo japonês como um ícone nacional em 1931, eles já foram treinados para caçar animais como javalis e alces.

RN176 A estátua de Hachiko do lado de fora da estação de Shibuya, em Tóquio. Costuma ser ponto de encontro para manifestações de cunho político Foto: Getty Images

“Os cães Akita são calmos, sinceros, inteligentes, corajosos e obedientes aos seus donos”, afirma Eietsu Sakuraba, autor de um livro infantil em inglês sobre Hachiko.

“Por outro lado, também tem uma personalidade teimosa e desconfia de qualquer pessoa que não seja seu dono.”

A chegada de Hachi na casa do professor

RN176 O professor Hidesaburo Ueno oferece leite a Hachi depois de uma longa e cansativa viagem já na residência do professor Ueno que depois passou a chamá-lo carinhosamente pelo diminutivo, Hachiko. Foi amor à ‘primeira vista’, pois, desde então, se tornariam amigos inseparáveis!

No ano em que Hachiko nasceu, Hidesaburo Ueno, um renomado professor de agricultura apaixonado por cães, pediu a um aluno que encontrasse um filhote de Akita para ele.

Após uma cansativa viagem de trem, o filhote chegou à residência de Ueno, no distrito de Shibuya, em 15 de janeiro de 1924. A princípio, pensaram que estava morto.

Segundo a professora Mayumi Itoh, biógrafa de Hachiko, Ueno e a esposa, Yae, cuidaram dele ao longo de seis meses até se recuperar. Ueno o chamou de Hachi, que significa “oito” em japonês. O sufixo “Ko” foi acrescentado pelos alunos dele.

Morte do Professor Ueno

Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC, durante uma reunião do corpo docente na faculdade e morreu.

RN176 O professor sofre o infarto, no auditório da Faculdade

Hachiko, que na época tinha pouco menos de dois anos de idade. Assim, no horário previsto, esperava seu dono pacientemente na estação. Naquele dia a espera durou até a madrugada.

Na noite do velório, Hachiko, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e fez o seu caminho para a sala onde o corpo foi colocado. Assim, passou a noite deitado ao lado de seu mestre, recusando-se a ceder.

Outro relato diz que como de costume, quando chegou a hora de colocar vários objetos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachiko pulou dentro do mesmo e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo. Depois que o professor morreu a Senhora Ueno deu Hachiko para alguns parentes do que morava em Asakusa, no leste de Tóquio.

RN176 Foto Hachiko acompanhou o carro fúnebre até ao centro de Shibuya, e ele para enfrente da Estação aonde ele acompanhava todos os dias o professor Hidesaburo Ueno e voltava para espera a sua volta e os retornavam para casa

Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya, um ano se passou e ele ainda não tinha se acostumado à nova casa. Foi dado ao ex-jardineiro da família que conhecia Hachi desde que ele era um filhote. Mas Hachiko continuava a fugir, aparecendo frequentemente em sua antiga casa. Assim, depois de certo tempo, aparentemente Hachiko se deu conta de que o professor Ueno não morava mais ali.

A Longa Espera

Ueno pegava um trem para o trabalho várias vezes por semana. Ele ia até a estação de Shibuya acompanhado de seus três cachorros, incluindo Hachiko. O trio esperaria ali por seu retorno à noite.

RN176 Hachiko, esperando na estação Shibuya em Tóquio de trem o professor universitário Hidesaburo Ueno, enquanto passageiros e transeuntes brincam com Hachiko. Os cães da raça Akita são conhecidos por serem leais aos donos Foto: Getty Images

Em 21 de maio de 1925, Ueno, então com 53 anos, morreu de hemorragia cerebral.

Hachiko estava com ele há apenas 16 meses.

“Enquanto as pessoas assistiam ao velório, Hachi sentiu o cheiro de Ueno na casa e entrou na sala. Ele rastejou para debaixo do caixão e se recusou a se mexer”, escreveu Itoh.

RN176 Hachiko invadiu o velório do Professor  Hidesaburo Ueno deixando, todos surpresos com  atitude, de Hachi

Hachiko passou os meses seguintes com diferentes famílias fora de Shibuya, mas, no verão de 1925, acabou ficando com o jardineiro de Ueno, Kikusaburo Kobayashi.

De volta à área onde seu falecido dono morava, Hachiko logo retomou o trajeto diário que fazia até a estação — podia fazer chuva ou fazer sol. “À noite, Hachi ficava parado na catraca e olhava para cada passageiro como se estivesse procurando alguém”, escreve.

No início, os funcionários da estação acharam o comportamento inconveniente. Os vendedores de yakitori (espetinho) jogavam água em Hachiko, enquanto crianças pequenas batiam nele. E em 1929, Hachiko contraiu um caso grave de sarna, que quase o matou. Mas depois que o jornal japonês Tokyo Asahi Shimbun escreveu sobre ele, em outubro de 1932, Hachiko ganhou fama nacional.

A estação recebia doações de alimentos para Hachiko todos os dias, enquanto visitantes vinham de todas as partes para vê-lo.

Morte do Hachiko

RN176 Hachiko já enfraquecido e doente com o passar do  tempo, mas firme na espera do seu tutor na frente da Estação de Trem em Shibuya periferia de Tóquio

Hachiko envelheceu, tornou-se muito fraco e sofria de problemas no coração (heartworms). Então, na madrugada de 8 de março de 1935, com idade de 11 anos e 4 meses, ele deu seu último suspiro no mesmo lugar onde por anos a fio esperou pacientemente por seu dono.

A duração total de seu tempo de espera foi de nove anos e dez meses. A morte de Hachiko estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado.

RN176 A última foto da Hachiko. Aquele cão que esperou o dono morto na estação por quase 10 anos. Exemplo de lealdade que falta a muitos seres humanos. A foto foi tirada em 8 de março de 1935. Hachiko tinha 11 anos. Filme(Sempre ao seu lado).

Seus ossos foram enterrados na sepultura do professor Ueno, no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio. Sua pele foi empalhada para conservar-lhe as formas e submetido à substâncias que o isentam de decomposição. Por fim, o resultado deste maravilhoso processo de conservação está agora em exibição no Museu Nacional da Ciência do Japão em Ueno. Alguns autores dizem que Hachiko, está no Museu de Artes de Tóquio

Poemas e haikus (forma de poesia japonesa) foram escritos sobre ele.

Em 1934, um evento de arrecadação de fundos para fazer uma estátua em homenagem a ele atraiu 3 mil pessoas. A notícia da morte de Hachiko em 8 de março de 1935 foi estampada na capa de muitos jornais.

RN176 Um artigo sobre Hachiko no The Tokyo Asahi Shimbun publicado em 4 de outubro de 1932 (foto de arquivo do Asahi Shimbun) Foto: Getty Images

Em seu funeral, monges budistas proferiram orações e dignitários leram discursos em homenagem a ele. Milhares de pessoas visitaram sua estátua nos dias que se seguiram.

No empobrecido Japão do pós-guerra, uma campanha de arrecadação de fundos para uma nova estátua de Hachiko conseguiu angariar 800 mil ienes, uma quantia enorme na época. Isso equivaleria a cerca de 4 bilhões de ienes hoje (aproximadamente R$ 134 milhões).

RN176 Enfrente a Estação de Shibuya, bairro de Tóquio já desfalecido com 11 anos, onde esperava o retorno do seu mestre o professor Ueno, seu mestre, para ir juntos para casa, há 10 anos  esperando o seu retorno independentemente do tempo, ele deu seu último respiro e entrou em óbito enfrenta da Estação de trem de Shibuya / Crédito: Domínio Público via Wikimedia Commons

 

“Pensando bem, acho que ele sabia que Ueno não voltaria, mas continuou esperando. Hachiko nos ensinou o valor de manter a fé em alguém”, escreveu Takeshi Okamoto em um artigo de jornal em 1982.

RN176 Do lado direito para o esquerdo da foto de Hachiko e o seu tutor em foto já no mausoléu ambos na forma de descanso.  Hachiko um cão da raça akita, que foi imortalizado pelo seu comportamento e também lembrado por sua lealdade ao seu dono ( professor universitário  Hidesaburo Ueno), que esperou por 10 anos (1925-1935) a volta do seu dono em enfrente de uma Estação de trem de Shibuya um bairro de Tóquio. Comportamento esse que ficou a priori na educação infantil e na lealdade da sociedade japonesa

Como estudante do ensino médio, ele via Hachiko na estação diariamente.

Homenagens a Hachiko

Todos os anos, no dia 8 de abril, é realizada uma cerimônia em homenagem a Hachiko do lado de fora da estação de Shibuya.

Ao longo do ano, a estátua dele costuma ser decorada com cachecóis, gorros de Papai Noel e, mais recentemente, máscaras cirúrgicas.

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RN176; – As Raças de Cachorro, a suas Nacionalidades e uma das Raças que já existia A. C., e até hoje, é a Mais Cara do Mundo!

O corpo empalhado de Hachiko está em exposição no Museu Nacional da Natureza e da Ciência, em Tóquio. Seus demais restos mortais estão sepultados no Cemitério de Aoyama, ao lado de Ueno e Yae.

RN176 Técnicos  do museu dando retoque em Hachi, no empalhamento do Hachiko após sua morte, para ser  é levado ao Museu Nacional da Natureza e da Ciência, em Tóquio, capital do Japão, e os restos de dentro de hachiko foram retirados e enterrados junto do seu mestre o  Professor Universitário  Hidesaburo Ueno. confiantes de que hachiko encontrasse seu dono

Também há estátuas dele em Odate, a cidade natal de Ueno, em Hisai, na Universidade de Tóquio e em Rhode Island, nos EUA, que foi cenário do filme americano de 2009.

Odate também tem uma série de eventos programados para este ano, quando Hachiko completaria cem anos. Mas será que o cão mais leal do mundo ainda vai ser celebrado daqui a um século?

RN176 Os Visitantes admira Hachiko que está em exposição (empalhado) no Museu Nacional da Natureza e da Ciência, em Tóquio: Que foi imortalizado com a sua história (…)

Yano acredita que sim, uma vez que o “heroísmo de Hachiko” não é definido por nenhum período específico — pelo contrário, é atemporal. Sakuraba se mostra igualmente otimista.

“Daqui cemanos, esse amor incondicional e devoto vai permanecer inalterado, e a história de Hachiko vai viver para sempre.”

RN176; Assistam na íntegra os 7-episódios de um filme do cachorro da raça da província de Akita, local de origem da raça Akita, na região norte do Japão, você vai entrar no mundo de Hachi ou Hachiko que despertou e marcou a sociedade japonesa no século XX, tornou-se  imortalizado com seu comportamento com seu mestre, e se transformou em um ícone para sociedade contemporânea japonesa. Deixe a sua opinião desse sinônimo de lealdade?

FONTE: RN176 – ESPECIAL