ROTANEWS176 E POR SEÚDE EM DIA 11/07/2023 17h39 Por Milena Vogado
Um menino chinês de 3 anos teve uma infestação parasitária por piolho nos cílios. Médicos consideram o caso bastante raro.
Um menino chinês de 3 anos acabou com uma infestação de piolho nos cílios após brincar na areia e esfregar os olhos. A criança apresentou coceira e secreção nos olhos durante uma semana antes de seus pais procurarem um médico.
Reprodução/Foto-RN176 Menino tem infestação de piolho nos cílios; saiba quais os riscos – Foto: Shutterstock / Saúde em Dia
A equipe médica confirmou uma infestação parasitária no olho direito do menino. Após análise microscópica, os médicos identificaram os parasitas como piolhos de cabelo. De acordo com especialistas, casos do tipo são muito raros.
O caso é raro, mas perigoso
Magna Rodrigues, médica oftalmologista do CBV-Hospital de Olhos, destaca que este local raramente é alvo de infestações do tipo. Por isso, o caso chegou a sair no American Journal of Ophthalmology Case Reports.
“O piolho do menino é o pediculus humanos, mais comum no couro cabeludo. No artigo não se comprova a forma que o menino adquiriu a doença nos cílios, apenas sugere ter sido após contato com areia”, ressalta a médica.
De acordo com a publicação, os sintomas foram comuns ao quadro de blefarite ocular, com prurido ou coceira e crostas associadas. “A blefarite, inflamação da borda palpebral, é um quadro muito mais provável de acontecer do que uma infestação por piolhos em cílios. Se esse último não fosse tão raro, não seria objeto de publicação em revista científica”, reforça a especialista.
A região dos olhos, no entanto, exige extrema atenção com a presença de microrganismos do tipo. “Infecção na base dos cílios pode ser porta de entrada para outras infecções mais graves que levam a doença palpebral como celulites periorbitárias e orbitárias que necessitam de tratamentos sistêmicos e em alguns casos, internação”, alerta a médica.
Como tratar infecções do tipo?
Conforme a especialista, o tratamento para o couro cabeludo consiste na remoção do parasita utilizando loções capilares contendo permetrina e a forma mecânica por meio de pente fino. “No caso da infestação rara que aconteceu no menino, foi utilizada a remoção com iodo e aplicação de pomada oftalmológica com antibiótico. Nos casos resistentes e/ou recorrentes, o tratamento por via oral pode ser necessário”, detalha a Dra. Magna.