ROTANEWS176 27/07/2023 09h39 Por Ailma Teixeira
Perfil dos pacientes é homem entre 35 e 45 anos, casado e financeiramente estável; procedimento custa de R$ 6 mil a R$ 9 mil.
Reprodução/Foto-RN176 Imagem meramente ilustrativa de uma banana enrolada numa fita métrica Foto: Alexander Vorotyntsec / iStock
A harmonização peniana não é novidade, mas no último ano cresceu o interesse de homens em aumentar o comprimento e/ ou a grossura do pênis. Pagando entre R$ 6 mil e R$ 9 mil, eles conseguem até 6 cm a mais de diâmetro e 3 cm de comprimento, estima o biomédico Vitor Mello, especialista em Estética.
Com uma clínica em Campinas e um consultório de apoio na cidade de São Paulo, Mello atende de 70 a 90 homens que buscam melhorar a aparência da genitália por mês. A maior parte dos pacientes tem entre 35 anos e 45 anos, são heterossexuais, bem estabelecidos profissionalmente e casados – muitos vão à clínica com suporte das esposas, inclusive.
Em entrevista ao Terra, o biomédico que trabalha há cinco anos na área, esclarece alguns pontos importantes sobre o procedimento. Confira abaixo:
Como a harmonização peniana é feita?
Mello afirma que três substâncias podem ser usadas: toxina botulínica, ácido hialurônico e bioestimuladores. O uso varia de acordo com a necessidade e interesse do paciente.
“Depende de caso a caso, se é um paciente com flacidez, a gente faz bioestimulador porque produz colágeno, então fica mais interessante do que só preencher”, explica. O colágeno é a proteína responsável por dar sustentação à pele, por isso sua ausência deixa o tecido flácido.
Quanto custa a harmonização peniana?
O valor está relacionado a alguns fatores, como os equipamentos e substâncias usadas, número de sessões e a própria tabela de preços da clínica. No caso de Vitor Mello, a maioria dos atendimentos fica entre R$ 6 mil e R$ 9 mil.
Em quanto tempo o procedimento é feito?
“Homens são um pouco mais afoitos, querem fazer de uma vez”, admite o biomédico. Ele afirma que é comum fazer todo o atendimento em uma única sessão, mas há casos em que a recomendação é realizar duas sessões, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.
Harmonização peniana dói?
Não. O procedimento é feito com anestesia local, então a única dor será a injeção da anestesia.
Reprodução/Foto-RN176 Biomédico Vitor Mello, especialista em Estética Foto: Divulgação
Qual o crescimento do pênis após a harmonização?
Mello aponta que já teve pacientes que ganharam até 6 cm a mais de diâmetro e 3 cm de comprimento.
Como deve ser feita a recuperação pós-harmonização?
O paciente precisa de 10 a 15 dias de total abstinência sexual. Passado esse prazo, ele pode retomar suas atividades normalmente.
Quais os efeitos pós-procedimento?
“Nas primeiras semanas, ele vai observar algo semelhante ao que ocorre na face: edema e alguns hematomas no lugar que a gente entra pra depositar o preenchedor”, pontua Mello. Essas marcas devem sumir dentro de 10 dias.
Quais os sinais de que algo deu errado?
Se sentir dor latejante, alteração importante da coloração da pele ou secreção nos pontos da anestesia, procure atendimento especializado.
Quanto tempo duram os resultados da harmonização?
Os ganhos duram cerca de um ano e meio. “Se o paciente tem boas condições [de saúde], não tem envelhecimento exagerado, mais durável será”.
Risco de impotência?
Como todo procedimento, a harmonização peniana também tem seus riscos. O urologista e sexólogo Danilo Galante explica à reportagem que os principais são estéticos, do órgão ficar com aparência deformada. Já os riscos de impotência são mínimos no que se refere ao uso de ácido hialurônico.
“Quando a gente fala de PMMA [polimetilmetacrilato] pra engrossamento, aí sim a gente tem complicações que podem ser tanto distorções, de deixar ele completamente não uniforme, como ele pode ter alterações de disfunção eretil”, alerta o médico. Vale ressaltar que o PMMA é um material plástico, constituído por micropartículas de um análogo ao acrílico e não recomendado para fins estéticos.
Quem não pode fazer harmonização peniana?
Há contra-indicações, a exemplo de pacientes com diabetes e doenças autoimunes como lúpus.
FONTE: TERRA VOCÊ