ROTANEWS176 24/08/2023 18h20 Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares
A manobra da Estação Espacial Internacional foi realizada na tarde do dia 24 e feita a partir dos propulsores do módulo de serviço russo.
Reprodução/Foto-RN176 A Estação Espacial Internacional (ISS) vai ser aposentada em 2030. Crédito: Artsiom P – Shutterstock
A Estação Espacial Internacional (ISS) precisou acionar seus propulsores na tarde desta quinta-feira, 24 de agosto. A manobra aconteceu por volta do meio-dia, no horário de Brasília, devido ao risco de colisão com detritos espaciais.
Em comunicado, a NASA informou que o módulo russo de serviço Zvezda da ISS manteve seus motores ligados por 21,5 segundos para manobrar a estação para longe da rota prevista de um fragmento de lixo espacial.
Não se sabe dizer se o detrito era natural ou artificial, mas as chances reais de colisão com o complexo provavelmente eram baixas.
A estação espacial teve sua órbita movida cerca de 500 metros em direção ao nosso planeta, segundo informações complementares de relatório russo transmitido pela agência estatal russa, TASS, a altitude média do complexo é de 400 quilômetros. Ainda conforme a agência espacial dos Estados Unidos, a manobra não irá causar nenhum impacto nas missões que chegarão à ISS nas próximas 24 horas.
Atividade da Estação Espacial Internacional nas próximas 24 horas
A nave de carga Progress 85 deve chegar ao complexo por volta das 00h50 da quinta-feira, 25. Algumas horas depois os tripulantes da Missão Crew-7 da Space-X deixarão a Terra em direção à estação espacial. A previsão é que a missão decole às 4h50 do dia 25 a partir do Centro Espacial Kennedy da NASA.
A Crew-7 vai levar quatro astronautas da Rússia, Estados Unidos, Japão e Europa e está prevista para acoplar na ISS no sábado, 26.
Desde que foi lançada em 1999, a ISS já precisou realizar cerca de 30 ajustes de órbita, mas essas manobras têm se tornado cada vez mais frequentes devido ao aumento do número de satélites e consequente lixo espacial na órbita baixa da Terra. A NASA monitora detritos que adentrem um volume cilíndrico de 50 por 50 por 4 quilômetros, tendo a ISS no centro dele. O rastreamento desse lixo espacial é feito pela Força Espacial dos Estados Unidos, que pode detectar destroços de até 5 centímetros de diâmetro.