ROTANEWS176 17/12/2023 11h58 Por Juliano Haesbaert
João Batista de Couto Neto, investigado por negligência, teve registro suspenso no RS antes de atuar em SP.
O médico cirurgião João Batista de Couto Neto, de 46 anos, foi detido em Caçapava, no interior de São Paulo, pela Polícia Civil. Ele é alvo de investigações relacionadas a dezenas de denúncias de negligência e mutilações que culminaram na morte de, pelo menos, 42 pacientes em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul.
Reprodução/Foto-RN176 Foto: Reprodução/Rede Social / Porto Alegre 24 horas
A Justiça do Rio Grande do Sul emitiu um mandado de prisão contra o médico, cumprido posteriormente na noite de quinta-feira (14). O advogado de defesa, Brunno de Lia Pires, expressou surpresa pela decisão, considerando-a desprovida de fundamentos jurídicos e anunciou a intenção de recorrer por meio de habeas corpus.
As investigações conduzidas pela Delegacia de Novo Hamburgo resultaram no indiciamento de Couto Neto por homicídio doloso, configurando intenção de matar. Após a suspensão do registro, o médico transferiu-se para São Paulo, onde, ao término do prazo de restrição, realizou um novo registro no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) e retomou suas atividades profissionais.
Formado em Medicina pela Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e especializado em Cirurgia Geral pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição, Couto Neto acumula diversas especializações na área cirúrgica. Após as acusações, que incluem negligência e mutilação de pacientes, ele eliminou suas presenças nas redes sociais, onde afirmava ter realizado mais de 25 mil cirurgias em 19 anos de carreira.
Em dezembro do ano anterior, a Justiça determinou a suspensão de seu registro por 180 dias, em decorrência das múltiplas denúncias. Após o término desse prazo, ele se transferiu para São Paulo, onde obteve novo registro profissional, até ser alvo do mandado de prisão, efetivado recentemente.
FONTE: PORTO ALEGRE 24 HORAS