ROTANEWS176 27/01/2024 08:00 APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA Por Hiromasa Ikeda
Nesta continuação da série publicada no Seikyo Shimbun, trechos selecionados do romance.
Reprodução/Foto-RN176 Ilustração jovem Daisaku Ikeda em estação de trem. Dr. Daisaku Ikeda. Ele foi pacifista, filósofo, escritor, fotógrafo, poeta e líder budista da SGI era Mestre e Presidente da Soka Gakkai Internacional – SGI – Editora Brasil Seikyo – BSGI Fotos: Seikyo Press
Cartas imbuídas de incentivos do coração
Shin’ichi refletia sobre o mês de janeiro de 1953, quando o presidente Josei Toda o nomeou líder da Primeira Corporação da Divisão Masculina de Jovens e ele se encontrava em meio à intensa luta para concretizar o sonho do seu mestre de alcançar 750 mil famílias associadas.
Ao mesmo tempo, Shin’ichi também se dedicava integralmente para manter os negócios do presidente Josei Toda em funcionamento, e era extremamente ocupado no trabalho. Somando-se a isso, dentro da Soka Gakkai, ele não exercia apenas a função de líder da Primeira Corporação da Divisão Masculina de Jovens, mas era responsável por treinar os jovens da organização como um todo. Além disso, em abril, foi nomeado líder interino do Distrito Bunkyo. Essa organização se encontrava estagnada nos esforços de propagação e era uma dos distritos com pior desempenho na Soka Gakkai nesse aspecto.
Shin’ichi estava cada vez mais assoberbado de tarefas, e até mesmo conseguir achar tempo para participar das reuniões da Primeira Corporação estava se tornando um desafio. Contudo, ele refletia: “A verdadeira luta começa agora. Qualquer um pode participar das atividades da Soka Gakkai se tiver bastante tempo. A prática budista genuína significa encontrar tempo numa agenda já lotada e se empenhar com todas as forças. Não recuarei um passo e não serei derrotado”.
Determinação é a fonte de vitalidade e sabedoria ilimitada.
Nenhuma adversidade é páreo para a decisão férrea daqueles que se dedicam dando o máximo de si em prol do kosen-rufu. Todas as tribulações e dificuldades se transformam em suave brisa para estimular a chama do espírito guerreiro deles.
A agenda de Shin’ichi estava tão lotada que não conseguia se encontrar pessoalmente com os membros como gostaria. Portanto, empregava cada momento livre para escrever cartas de incentivos a eles. Se algum estivesse enfrentando problema, Shin’ichi o convidava a vir à sua casa, mesmo que fosse no meio da noite, e oferecia orientações sinceras. Tal era sua exaustão por sua dedicação total que, quando finalmente se arrastava até a cama à noite, o cansaço o impedia de dormir. Oração e determinação o sustentavam todos os dias. “Se não der tudo de mim agora, os planos de Toda sensei não darão em nada e eu me arrependeria pelo resto da vida. Não posso permitir que isso aconteça!”, ponderava.
A Primeira Corporação se desenvolveu de forma constante, e no fim de setembro de 1953 já tinha aumentado para mais de seiscentos jovens, quase o dobro do tamanho em relação a quando Shin’ichi assumiu a liderança em janeiro. Seus integrantes estavam muito contentes com esse rápido avanço, mas se considerando o objetivo final de 750 mil famílias associadas, cada feito alcançado até então representava apenas o começo. (…)
Nichiren Daishonin registrou: “Além disso, palavras escritas são seu próprio corpo e mente. São o corpo e a mente de todos os seres vivos que continuam pelas três existências”.1 Shin’ichi infundiu todo o seu ser nos cartões que enviou aos líderes de grupo da Primeira Corporação, dedicando-se para despertar o ânimo deles. Alguns líderes receberam várias mensagens, uma seguida de outra.
Tocados pelos esforços dele para ajudá-los a romper a negatividade, pois sabiam o que ele estava realizando a despeito de sua agenda extremamente abarrotada, renovaram a decisão de vencer a qualquer custo.
Nota: 1. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 423, 2019.
(Trechos do capítulo “Castelo do Povo”)
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Esforço e sabedoria para obter boa saúde
Em junho de 1973, durante a sua viagem à província de Gifu, localizada na região de Chubu, no Japão, Shin’ichi visitou a Redação da filial de Gifu do Seikyo Shimbun e encorajou os funcionários.
Shin’ichi bateu à porta e a abriu. Descobriu vários jovens se dedicando com afinco diagramando páginas do jornal e redigindo artigos.
Muito obrigado pelo trabalho árduo de vocês — disse.
Havia dois funcionários da filial e seis correspondentes. Talvez por estarem muito ocupados com suas atribuições jornalísticas na preparação para a reunião de líderes da província, todos aparentavam estar exauridos.
— Parecem cansados. A saúde é muito importante em nossos esforços em prol do kosen-rufu. Sempre utilizem a sabedoria e cuidem bem da saúde — recomendou Shin’ichi. (…)
— Vocês têm muitas coisas para fazer. Mas como o tempo é limitado, acabam reduzindo o tempo de sono. Isso certamente faz parte de ser jovem, mas se estragarem a saúde nesse processo, os seus esforços serão em vão. Dormir menos do que o necessário é causa de doenças e acidentes. Se ficarem doentes ou se machucarem, prejudicarão sua família e os companheiros, bem como a sociedade como um todo. Subestimar esses fundamentos básicos da vida é uma forma de negligência e até arrogância.
— O segredo é dar tudo de si em todos os instantes e trabalhar de maneira eficiente. Muitas pessoas passam os dias distraídas ou trabalhando sem interesse ou entusiasmo. Mas é melhor viver com o espírito de que este é o último momento de sua vida e dar o melhor de si consistentemente para fazer tudo o mais depressa possível. A energia para viver dessa maneira advém da recitação fervorosa do gongyo e do daimoku. O período da manhã é especialmente importante. (…)
(Trechos do capítulo “Campos Verdejantes”)
(Traduzido da edição de 12 de março de 2020 do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai.)
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No topo: Ilustração jovem Daisaku Ikeda em estação de trem
Ilustração: Kenichiro Uchida
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO