ROTANEWS176 17/03/2024 23:20
RN176 Maria Beatriz Nascimento foi historiadora e ativista
Maria Beatriz Nascimento nasceu em Aracaju, em 12 de julho de 1942, filha do pedreiro Francisco Xavier do Nascimento e da dona de casa Rubina Pereira do Nascimento, teve dez irmãos. Em 1950, aos oito anos, se mudou com a família para o Rio de Janeiro.
Após uma trajetória com muitas dificuldades, aos vinte e oito anos, iniciou o curso de graduação em História na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde se formou em 1971. Durante o período de graduação foi estagiária do Arquivo Nacional com o historiador José Honório Rodrigues.
RN176 O objetivo do Arquivo Nacional, ele Funciona como Arquivo Central da República Federativa do Brasil, endereço: Praça da República, 173 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20211-350
Intelectual, pesquisadora e ativista trabalhou como professora de História na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, associando ensino e pesquisa. Através de temáticas e objetos ligados à história e a cultura negra, passou a exercer sua militância intelectual.
Na Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1974, esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, abordando com universitários negros do Rio e de São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral. Em 1977, participou como conferencista na Quinzena do Negro, realizada na USP, evento que se configurou como importante encontro de pesquisadores negros.
Fique sabendo mais da Historiadora Maria Beatriz Nascimento:
RN176; – Professora pode ter sido morta por racismo
Em 1981, com a pesquisa “Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas”, concluiu a Pós-graduação lato sensu em História, na Universidade Federal Fluminense (UFF), mas seu trabalho mais conhecido e de maior circulação foi o filme Ori (1989, 131 min.), de sua autoria, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme, narrado pela própria Beatriz, apresenta sua trajetória pessoal como forma de abordar a comunidade negra em sua relação com o tempo, o espaço e a ancestralidade, emblematicamente representados na ideia de quilombo.
RN176 Maria Beatriz Nascimento era uma historiadora, professora, roteirista, poeta e ativista pelos direitos humanos de negros e mulheres
Ao longo de vinte anos, estudou as temáticas relacionadas ao racismo e aos quilombos, abordando a correlação entre corporeidade negra e espaço com as experiências de dispersão dos africanos e descendentes em terras brasileiras, por meio das noções de “transmigração”. Além de diversos artigos e entrevistas a jornais e revistas de grande circulação nacional, como o suplemento Folhetim da Folha de São Paulo, Isto é, jornal Maioria Falante, Última Hora e a revista Manchete, seus artigos também foram publicados em periódicos como Revista de Cultura Vozes, Estudos Afro-Asiáticos e Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Além da militância intelectual, Beatriz era poetisa. Sua poesia traz à tona a experiência de ser mulher negra, e essa sensibilidade se traduziu em toda sua escrita.
CULTNE – Beatriz Nascimento – Entrevista exclusiva
RN176 Documento cedido pela Universidade Federal Fluminense do Estado do Rio de Janeiro
Maria Beatriz faz parte de um grupo de mulheres que, historicamente, combateram de frente o sexismo, o machismo e as violências domésticas. Em 28 de janeiro de 1995, foi assassinada após abrigar em sua casa, uma amiga, vítima desse tipo de violência, encerrando assim uma trajetória acadêmica de luta e ativismo pelo movimento negro.
RN176; Assista a entrevista exclusiva da historiadora e ativista Maria Beatriz Nascimento ao CULTNE. Faça o seu comentário dessa entrevista da ativista Beatriz Nascimento?
FONTE: PETRASELAU E RN176