ROTANEWS176 21/04/2024 13h56 Por Juliany Rodrigues
Apesar de não ser grave, o prolapso vaginal pode afetar significativamente a qualidade de vida da mulher. Entenda!
O prolapso vaginal consiste na descida de um ou mais órgãos pélvicos para dentro da vagina, e é mais comum no pós-parto, mas também pode acometer mulheres que nunca passaram por gestação. O tratamento pode ser feito com cirurgia tradicional, laparoscopia, viag vaginal ou histerectomia. Prevenir a condição envolve cuidados simples como fortalecer músculos pélvicos, adotar hábitos alimentares saudáveis e controlar doenças crônicas.
Reprodução/Foto-RN176 Entenda quais são os fatores de risco do prolapso vaginal | Foto: user18526052/Freepik / Boa Forma
O prolapso vaginal se caracteriza pela descida de um ou mais órgãos pélvicos, como bexiga, útero ou reto, em direção à vagina. É um problema mais comum no pós-parto, porém também pode acometer mulheres que nunca passaram por uma gestação. O quadro não é grave, mas pode comprometer significativamente a qualidade de vida da mulher.
Causas
Segundo o Dr. Alexandre Rossi, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, as principais causas do prolapso vaginal são:
Enfraquecimento das estruturas de suporte dos órgãos pélvicos;
Partos vaginais múltiplos;
Envelhecimento;
Obesidade;
Histórico familiar;
Condições que aumentam a pressão intra-abdominal, por exemplo, tosse ou constipação crônica;
Alterações hormonais.
Sintomas
O prolapso vaginal pode desencadear:
Sensação de peso na vagina;
Dificuldade para urinar ou evacuar;
Incontinência urinária ou fecal;
Dor durante a relação sexual;
Sangramento vaginal.
Como tratar?
Dependendo do deslocamento dos órgãos, a condição pode ser classificada em diferentes graus, desde leve a grave. O tratamento é determinado de acordo com a gravidade do prolapso, sintomas e condição de saúde da paciente.
A fisioterapia pélvica, para a realização de exercícios que promovem o fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico, a inserção de pessários, dispositivos que ajudam a sustentar os órgãos pélvicos e a reduzir as queixas, e a cirurgia são algumas da medidas que podem ser indicadas.
O procedimento pode ser feito por cirurgia tradicional, laparoscopia ou via vaginal e tem como objetivo reparar os tecidos e os órgãos afetados.
O Dr. Alexandre destaca que a cirurgia via vaginal tem sido cada vez mais utilizada para tratar o prolapso. “Como o acesso é realizado através da vagina, não há a necessidade de incisões externas, reduzindo, dessa forma, o tempo de recuperação e o risco de complicações”, afirma ele.
De acordo com o médico, existem casos nos quais a histerectomia vaginal pode ser necessária para lidar com a condição.
Como prevenir o prolapso vaginal?
“Fortalecer os músculos do assoalho pélvico com exercícios específicos, manter um peso saudável, evitar a constipação por meio de uma alimentação balanceada e ingestão adequada de líquidos e manter as doenças crônicas controladas são cuidados fundamentais para prevenir o aparecimento ou agravamento do prolapso vaginal”, orienta o Dr. Alexandre.
FONTE: BOA FORMA