ROTANEWS176 11/05/2024 10:35 CADERNO NOVA REVOLUÇÃO HUMANA Por Ho Goku
Capítulo “Brado da Vitória”, volume 30
PARTE 25
Na tarde do dia 15 de novembro, Shin’ichi Yamamoto partiu do Aeroporto de Takamatsu, em Shikoku, para retornar de avião a Osaka. Depois percorreu as províncias de Wakayama e de Nara, prosseguindo em sua árdua luta.
No dia 22, participou da 3a Convenção de Kansai, realizada no Auditório Memorial Toda de Kansai, da cidade de Toyonaka, província de Osaka, e regeu a canção Aa Reimei wa Chikazukeri [Ah, Aproxima-se a Alvorada].
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar a matéria – Ilustração: Kenichiro Uchida
E ainda, após visitar as províncias de Shiga e de Fukui, percorreu Chubu e se empenhou com todas as forças para estender orientações e incentivos também na província de Shizuoka. Shin’ichi só retornou a Tóquio na noite do dia 2 de dezembro.
Os integrantes da Divisão Masculina de Jovens haviam realizado no dia 22 de novembro a Reunião Nacional de Líderes da divisão na cidade de Koriyama, província de Fukushima. Eles a denominaram Reunião de Líderes Kurenai, tornando-a um encontro de juramento de luta conjunta de mestre e discípulo para iniciar a jornada rumo ao século 21 juntos com a canção Kurenai no Uta [Canção do Carmesim].
Ah, raiou a manhã carmesim
Os fortes brilham como precursores…
Os jovens reunidos solidificaram a decisão de seguir abrindo os caminhos espinhosos como precursores do kosen-rufu: “Por piores que sejam as tempestades de provações que enfrentemos, somos os bravos jovens Soka que sobem a íngreme montanha em prol dos companheiros e pelo bem da sociedade! Não seremos derrotados jamais! Nós protegeremos resolutamente o castelo do kosen-rufu construído com devoção pelos pais e mães hoje já idosos!”.
Esse coro era o entoar da canção da vitória dos jovens que superaram magnificamente as tempestades da problemática do clero, e se tornou o brado de vitória da vida que se estenderia para o futuro.
E, em relação ao nome do autor da letra Kurenai no Uta [Canção do Carmesim], houve uma forte solicitação por parte da Divisão Masculina de Jovens de Shikoku para que ficasse registrada como “Letra do presidente Yamamoto”, porque fora ele quem a havia composto no final, e assim ficaria para a posteridade. Mais tarde, passou a constar como “Letra de Shin’ichi Yamamoto”.
Além disso, Shin’ichi revisou a letra dessa canção em 2005 e alterou a frase “Mães agora já idosas”, da terceira parte, para “Pais e mães agora já idosos”. E em outubro de 2016, por ocasião da Reunião de Líderes da Soka Gakkai, realizada em Shikoku, houve uma solicitação por parte da Divisão dos Jovens de Shikoku de que queriam cantar a frase “Que se reuniram junto ao pai”, da segunda parte, como “Que se reuniram junto ao mestre”, e ao compreender essa aspiração, Shin’ichi concordou.
PARTE 26
“Vou correr ao encontro dos companheiros que mais sofreram! Com o sentimento de apertar firmemente a mão de cada um, eu os incentivarei de corpo e alma, do fundo da minha vida!”
E foi na tarde do dia 8 de dezembro que Shin’ichi Yamamoto desembarcou no Aeroporto de Oita, em Kyushu. Haviam se passado seis dias desde que ele retornara a Tóquio após concluir sua árdua e intensa viagem de orientação percorrendo localidades como Shikoku, Kansai e Chubu. Sua última visita a Oita ocorreu há treze anos e meio.
Ele dizia fortemente a si mesmo que, para edificar uma corrente crescente da vitória do kosen-rufu, não podia deixar escapar o tempo chamado “agora”.
Mais que qualquer outra localidade, foram os companheiros da província de Oita que vieram sofrendo como alvo de tratamentos desumanos e cruéis por parte dos sacerdotes de“crença distorcida” que se faziam valer da autoridade dos mantos clericais sob o nome de Shoshin (“crença correta”). Quando os membros iam aos templos para participar em cerimônias como as de oko, os priores, em vez de se utilizarem do Gosho, usavam revistas sensacionalistas que continham matérias caluniosas a respeito da organização para atacá-la: “A Soka Gakkai está errada! É heresia!”.
Eles faziam as pessoas que deixaram de ser integrantes da organização cometerem calúnias e ofensas contra os membros da Soka Gakkai, e, a cada vez que isso ocorria, o ambiente era envolto por uma salva de palmas. O prior do templo observava a tudo com um sorriso malicioso. Não havia nada mais perverso.
Houve pessoas que se dirigiram até a sede local para denunciar com lágrimas nos olhos que os clérigos lhes ameaçaram e que não realizariam a cerimônia de funeral de seus entes queridos se eles não abandonassem a Soka Gakkai e se tornassem adeptos do templo. Por mais absurdo que fosse esses atos, havia sacerdotes perversos que se utilizam das cerimônias de falecimento para expressar grosserias e ataques ofensivos contra a Soka Gakkai. Eram atos imperdoáveis e abusivos que apenas multiplicavam o sofrimento e a tristeza da família enlutada.
Sempre que Shin’ichi recebia comunicações como essas, sentia seu coração dilacerado. Não conseguia conter a angústia e a lástima pelos companheiros.
“Não sejam derrotados! Despontará sem falta o amanhecer da vitória!” — bradando assim em seu coração, ele continuou a enviar daimoku para todos.
Ao avistarem Shin’ichi, os líderes da região de Kyushu e da província de Oita que estavam no aeroporto gritaram:
— Sensei!
E então correram ao encontro dele.
— Eu lutarei! Será a batalha decisiva de Oita. Agora se iniciará o glorioso drama da grande contraofensiva!
O rugido do leão foi lançado. Todos, com brilho nos olhos, menearam a cabeça profundamente em concordância. Cada semblante estava repleto de decisão.
O espírito de luta cultivado com incessantes esforços em meio a épocas difíceis torna-se a ilimitada força para uma nova construção.
PARTE 27
Quando Shin’ichi Yamamoto estava entrando no carro, no aeroporto de Oita, cerca de trinta membros da Soka Gakkai se aproximaram dele correndo. Havia também pessoas com buquê de flores nas mãos.
— Muito obrigado! Sinto muito por tê-los feito passarem por tantos sofrimentos e tristezas. Mas todos vocês enfim venceram!
Assim disse Shin’ichi, sorrindo para os membros que estavam com os olhos marejados, e enfatizou:
— Sempre com alegria, está bem?
Do aeroporto, antes de tudo, dirigiu-se à residência de um membro benemérito e incentivou a família. Na sequência, estava programada a ida à Sede da Paz de Oita, mas ele pediu para ir inicialmente ao Centro Cultural de Beppu, porque Beppu era o local em que poderia ser chamado de “epicentro” da problemática do clero.
Na margem da rodovia federal, havia pessoas aqui e ali que acenavam para todos no carro. Ao tomarem conhecimento da ida de Shin’ichi a Oita, devem ter ficado esperando com o sentimento de “Tenho certeza de que passará por aqui. Quero encontrá-lo, mesmo que seja só de relance”.
Havia também senhoras que continuavam a acenar, inclinando-se para a frente da cerca de segurança.
Shin’ichi ficou tocado com essa sinceridade e bravura:
“Todos vieram suportando tudo com perseverança e tenacidade. Vieram vivendo unicamente em prol do kosen-rufu. Os abomináveis sacerdotes do Shoshin-kai vieram maltratando esses nobres filhos do Buda. É algo que jamais poderá ser perdoado. Serão sem falta repreendidos rigorosamente pelo Gohonzon e por Nichiren Daishonin. Jamais me esquecerei dessa imagem de hoje por toda minha vida”.
Toda vez que via um companheiro que ficou aguardando-o na beira da estrada, seu sentimento era de unir as palmas das mãos em reverência.
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar a matéria – Ilustração: Kenichiro Uchida
Shin’ichi chegou ao Centro Cultural de Beppu antes do sol se pôr. Todas as janelas do centro cultural foram iluminadas, e via-se a silhueta de muitas pessoas. Quando ele desceu do carro, três senhoras idosas se manifestaram:
— Ah, sensei! Como queríamos encontrá-lo!
— Enfim, cheguei. Como estou aqui, tudo vai ficar bem!
Havia cerca de duzentos membros no centro cultural, e na entrada estava afixada uma faixa escrita “Sensei, seja bem-vindo de volta!”. Todos estavam convictos da visita de Shin’ichi ao Centro Cultural de Beppu.
Os companheiros de Beppu, que vieram lutando incansavelmente contra o mal, estavam fortemente unidos a Shin’ichi pelo espírito de luta conjunta.
PARTE 28
Shin’ichi Yamamoto chamou as pessoas que estavam próximas à entrada do prédio do Centro Cultural de Beppu:
— Venham, vamos tirar uma foto! É a comemoração da nova partida de Beppu.
Após a foto, ele recitou gongyo junto com elas na sala principal.
— É o gongyo da comunicação da vitória dos companheiros de Beppu ao Gohonzon, e pela eterna felicidade dos senhores!
Todos oraram com o coração palpitando de alegria e com voz vibrante. Os companheiros aguardavam ansiosamente por esse momento suportando as maldosas investidas dos clérigos indignos.
Assim que encerrou o gongyo, Shin’ichi se dirigiu ao microfone.
— Peço sinceras desculpas a vocês por tê-los feito passar por muitas angústias por tanto tempo. Originalmente, o caminho de um clérigo deveria ser o de zelar ao máximo pelos filhos do Buda. No entanto, os maus sacerdotes continuaram atormentando os companheiros que vieram correndo incansavelmente em prol do kosen-rufu. É realmente um grande absurdo. Contudo, o budismo nos ensina que são as pessoas que mais sofreram e mais lutaram as que se tornarão as mais felizes. Os senhores derrotaram os obstáculos e as maldades e venceram imponentemente; por isso, não há dúvida de que uma vida de resplandecente esplendor de benefícios se abrirá para os senhores. Enfim, chegou a primavera. Peço que salvem as pessoas que choram pela sua infelicidade e tenham a mais sublime existência.
Foi um tempo bastante breve, mas Shin’ichi incentivou a todos empenhando seu sentimento e sua expectativa. E então, ele seguiu para a Sede da Paz de Oita, situada na cidade de Oita.
Ao chegar à sede após as 18 horas, ele tirou fotos com membros que se encontravam na entrada. Todos estavam com sorrisos radiantes.
Na sede, quatrocentos representantes das divisões da província estavam reunidos. Quando Shin’ichi entrou na sala principal, irrompeu uma grande salva de palmas e ovações.
Na sala principal, encontrava-se uma faixa estendida com os dizeres “Chegou a primavera para a família de Oita!”. Representava o sentimento de todos ali.
Shin’ichi começou a falar com uma voz repleta de energia:
— Vocês venceram. Após meses e anos de longa agonia e sofrimento, derrotaram os vermes das entranhas do leão e, enfim, a justiça prevaleceu sobre o mal!
O personagem do presidente Ikeda no romance é Shin’ichi Yamamoto, e seu pseudônimo, como autor, é Ho Goku.
Ilustrações: Kenichiro Uchida
FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO