ROTANEWS176 18/05/2024 14:01 Por Milena Vogado
O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. Entenda a importância do diagnóstico precoce
Reprodução/Foto-RN176 Especialista explica como identificar e tratar uma cárie oculta – Foto: Shutterstock
Estamos no maio verde, mês de prevenção e combate ao glaucoma. A doença que acomete os olhos é consequência da elevação da pressão ocular e não tem cura. Apesar disso, sem tratamento, pode levar à cegueira.
De acordo com o oftalmologista Dr. Pedro Lima, do CBV – Hospital de Olhos, na maioria dos casos, o glaucoma não apresenta sintomas. “A condição leva à perda visual iniciando pela periferia da visão e pode levar à cegueira total, sendo hoje a principal causa de cegueira irreversível no mundo”, diz o médico.
Causas e fatores de risco
Segundo ele, o glaucoma pode atingir de recém nascidos a idosos, mas sua incidência aumenta conforme a idade, sendo que na população acima de 80 anos os números de casos podem chegar a 10%.
Sobre as causas do glaucoma, Pedro explica que esta é uma doença multifatorial, sendo a maioria dos pacientes suscetíveis geneticamente a desenvolver glaucoma. “Outros casos podem ser secundários ao uso de corticoides, traumas, doenças da retina e inflamações oculares”, afirma.
Além disso, conforme o médico, a população acima dos 40 anos está mais sujeita a desenvolver a doença. “Lembrando que pode acometer qualquer faixa etária, e vai aumentando o número de casos com o processo de envelhecimento. Idade maior de quarenta anos, miopia , histórico familiar, raça negra e pressão intraocular aumentada são os principais fatores de risco”, reforça.
Importância do diagnóstico precoce
Quando o assunto é glaucoma, o diagnóstico precoce é indispensável para preservar a visão. Segundo o oftalmologista, pacientes com diagnóstico tardio, com baixa adesão ao tratamento e acompanhamento inadequado estão mais sujeitos a desenvolverem a cegueira. “Lembrando que o tempo de doença também está mais relacionado aos riscos de cegueira”, afirma.
Por outro lado, pacientes diagnosticados precocemente podem ter uma vida normal. “É importante reforçar a necessidade do acompanhamento anual com o médico oftalmologista. Caso tenha algum fator de risco, agende a sua avaliação”, finaliza o Dr. Pedro Lima.
FONTE: SAÚDE EM DIA