Companhias aéreas estatais chinesas podem encomendar mais de 100 Airbus A330neo

ROTANEWS176 04/06/2024 20:03                                                                                                                                Por Ricardo Meier

Air China, China Southern Airlines e China Eastern Airlines estariam em conversas com a fabricante europeia após encontro entre os presidentes Xi Jiping e Emmanuel Macron em maio.

 

Reprodução/Foto-RN176 Airbus A330 da Air China (Aero Icarus)

O widebody A330neo pode dar um salto enorme de vendas caso sejam confirmados os rumores a respeito de pedidos a serem anunciados pelas três maiores companhias aéreas da China.

Segundo a BloombergAir ChinaChina Eastern Airlines e China Southern Airlines estão em conversas para acordos para mais de 100 jatos A330neo como o que voa com a Azul.

As negociações teriam se iniciado após o encontro entre o presidente da China, Xi Jiping, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, que ocorreu em maio.

As fontes do site, no entanto, não especificam números nem variantes. O A330neo possui dois modelos, o A330-900, com maior capacidade de passageiros, e o A330-800 cujo trunfo é a autonomia.

A despeito disso, o A330-800 tem colecionado poucos pedidos. Até abril eram 12 encomendas firmes contra 287 do A330-900.

Reprodução/Foto-RN176 Airbus A330neo (Airbus)

As três transportadoras principais da China operam jatos A330 de primeira geração, num total de 134 aeronaves (veja quadro).

Pedidos para Boeing deixadas de lado

Em geral, os widebodies não são antigos, com exceção das frotas de A330-200 da Air China e da China Southern, com média de idade de 15 e 17 anos, respectivamente.

Não está claro também se o plano do governo chinês, que controla as três empresas aéreas, é expandir ou renovar as frotas de jatos de dois corredores.

Companhia aérea A330-200 A330-300
Air China 20 28
China Eastern Airlines 30 26
China Southern Airlines 4 26
Total 54 80

No entanto, chama a atenção o fato que elas também voam com wide-bodies da Boeing, notadamente o 777 e o 787, alguns deles bastante novos.

A China, porém, tem sido bastante criteriosa com a planemaker dos EUA, em meio a um ambiente diplomático conturbado. Além disso, a Boeing está com a imagem arranhada por falhas de segurança e qualidade em suas aeronaves.

Reprodução/Foto-RN176 A330 da China Southern Airlines (Alf van Beem)

Vale lembrar ainda que foi a CAAC, a autoridade de aviação civil chinesa, que aterrou o 737 MAX primeiro, logo que o segundo acidente fatal na Etiópia ocorreu em março de 2020.

Desde então, a Boeing passa por um longo escrutínio público e até hoje não conseguiu retomar a normalidade em seus programas de aeronaves.

FONTE: AIRWAY