Sejamos extraordinários!

ROTANEWS176 14/09/2024 13:05                                                                                                                                MATÉRIA DA DIVISÃO SÊNIOR DIRETO DA REDAÇÃO DO JBS                                                                                Por Colaboração

Vamos assumir a verdadeira missão como genuínos discípulos Ikeda

 

Reprodução/Foto-RN176 Representantes da Divisão Sênior em curso de aprimoramento (São Paulo, 17 ago. 2024). Foto: Brasil Seikyo

Grandiosos pilares de ouro, tudo bem?

Como está a vida de vocês neste momento? Algum desafio financeiro? Alguma questão de saúde, profissional, harmonia familiar ou um pouco de tudo isso?

Certamente, encarar o cotidiano de maneira positiva e otimista nem sempre é tarefa fácil. Porém, não devemos jamais nos esquecer de que possuímos uma “verdadeira identidade”. Ela transcende qualquer questão circunstancial que possamos vivenciar e nos possibilita manifestar uma condição de vida que supera a tudo fazendo surgir o sol em nossa vida. Além disso, conseguimos inspirar outras pessoas a despertar para essa mesma condição de vida.

Esse é o conceito budista de “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” (hosshaku-kempon). Daisaku Ikeda afirma:

“Abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” significa cada um de nós estabelecer um eu sólido capaz de sobrepujar todas as dificuldades, romper a ignorância fundamental e dar expressão à nossa natureza inerentemente iluminada. Tornarmo-nos pessoas cujo estado de buda reluz cada vez mais intensamente quanto maiores forem os desafios que enfrentamos é o caminho para atingir o estado de buda nesta existência.1

Nichiren Daishonin, quando estava prestes a ser decapitado na Perseguição de Tatsunokuchi, entendeu que passar por todos aqueles impasses era necessário para atingir a iluminação.

Embora Nichiren Daishonin gritasse: “Aproximem-se! Vamos, aproximem-se!”,2 todos se mantinham a distância. Ele bradou: “Devem se apressar e me executar agora, pois quando o dia clarear esta tarefa ficará muito desagradável”,3 mas ninguém respondeu. No fim, não conseguiram se recompor para decapitá-lo. As funções protetoras da vida moveram o universo para defender Daishonin. Aludindo a essas funções protetoras, o Sutra do Lótus afirma: “A espada do algoz se partirá em pedaços”.4,5

Obviamente, não precisamos passar por uma situação de “quase decapitação” para revelar nossa verdadeira identidade, mas é justamente em meio aos desafios do dia a dia que devemos manifestar nossa verdadeira identidade como bodisatva da terra que compreende sua missão e enfrenta sua circunstância para vencer as adversidades e inspirar outras pessoas com a própria vida.

Ikeda sensei cita um incentivo do presidente Josei Toda:

Se sentir que está num beco sem saída, desperte e evidencie o grande poder da fé e, desafiando a fraqueza do próprio coração, supere todas as adversidades e atinja uma condição de vida ainda mais elevada. Esse é o nosso hosshaku-kempon (“abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”) que devemos almejar dia após dia, mês após mês.6

O grande desafio é entender que possuímos, de fato, uma verdadeira identidade, e ela está vinculada à nossa missão de bodisatva da terra. Olhar os obstáculos, encará-los e vencê-los nos levam à iluminação e seremos felizes em qualquer circunstância da vida.

No volume 26, da Nova Revolução Humana, de autoria do presidente Ikeda, ele também cita a visão do presidente Josei Toda sobre a nossa missão como discípulos:

Empenhar-se ativamente, como bodisatvas da terra e como seguidores de Nichiren Daishonin para propagar o Nam-myoho­-renge-kyo, declarou ele, era o que genuinamente significava “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”.7 Para nós, “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro” indica realizar o kosen-rufu, a concretização da felicidade para todas as pessoas, nosso mais elevado objetivo e missão na vida, e realizar essa prática corajosa no âmbito da nossa vida cotidiana.8

O tema “Missão” foi assunto da reunião de palestra do mês de agosto. Temos em nossa vida esse senso de missão que nos permite lutar com alegria e satisfação, por exemplo, em movimentos como os da Seniors League e, agora, da Liga Monarca. Não há como separar nossa missão de bodisatva da terra da nossa vida diária, e compreender esse ponto é que o dá significado à nossa atuação na organização, mesmo com inúmeros desafios do cotidiano. Por isso, não adianta “esperar” um momento mais oportuno para revelar nossa “verdadeira identidade”. Também não adianta ficarmos “presos” às circunstâncias que estamos vivendo lamentando as dificuldades que estamos enfrentado.

Em mensagem enviada para a reunião de líderes realizada no dia 29 de julho de 2010, Ikeda sensei revela:

O Sr. Toda sempre dizia: “Em nossa prática budista, nada muda se ficarmos apenas perambulando por caminhos fáceis e planos o tempo todo. São as grandes dificuldades e os desafios que nos permitem transformar nosso carma e fazer nossa revolução humana!”.

E também disse: “Se sentirem como se estivessem travados, manifestem o grande poder da fé, desafiem sua própria fraqueza, triunfem sobre ela e expandam seu estado de vida. Esse é o contínuo desafio de ‘descartar o falso e revelar o verdadeiro na própria vida’”.9

Ainda sob forte emoção e decisão que envolveram as comemorações dos quarenta anos do Grupo Alvorada e dos 77 anos de conversão do presidente Ikeda ao budismo em agosto, vamos vencer juntos na Liga Monarca. Nosso coordenador da Divisão Sênior (DS), Ricardo Miyamoto, nos trouxe importantes reflexões para a DS na última Reunião Nacional de Líderes (RNL) da BSGI, realizada nesse mesmo mês. Dentre elas consta: “Como continuar a crescer e a se aprimorar?”. A conclusão é que devemos continuar a nos dedicar com total ímpeto pelo kosen-rufu até o último momento, com o nosso mestre e nos desafiando a todo momento.

O presidente da BSGI, Miguel Shiratori, em suas palavras na RNL, concluiu, reforçando que o movimento pelo kosen-rufu é do presente para o futuro e, por essa razão, é de máxima importância para nós, da Divisão Sênior, irmos ao encontro dos jovens, incentivá­-los e transmitir-lhes essa paixão de ser um bodisatva da terra.

Grandiosos pilares de ouro Soka, vamos aproveitar mais essa magnífica oportunidade para provocar o avanço do kosen-rufu em todas as localidades da BSGI, desafiando nossos limites, sobrepujando obstáculos e maldades que venham a surgir em nossa vida diária.

Com a decisão de vencermos em todos os aspectos e sermos a base da vitória da nossa respectiva organização, vamos demonstrar com nossas vitórias o significado de “abandonar o transitório e revelar o verdadeiro”.

Forte abraço!

Divisão Sênior da BSGI

Notas:

  1. IKEDA, Daisaku. Prática da Fé para Vencer as Dificuldades. Sabedoria para Criar a Felicidade e a Paz. v. 2. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023.
  2. Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, v. II, p. 26, 2017.
  3. Ibidem.
  4. The Lotus Sutra and its Opening and Closing Sutras[Sutra do Lótus e seus Capítulos de Abertura e Conclusão]. Tradução: Burton Watson. Tóquio: Soka Gakkai, p. 345.
  5. IKEDA, Daisaku. Líderes Audazes. Nova Revolução Humana. v. 26. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023.
  6. Brasil Seikyo, ed. 2.206, 7 dez. 2013, p. A2.
  7. TODA, Josei. Toda Josei Zenshu[Obras Completas de Josei Toda]. Tóquio: Daisanbunmei­-sha, v. 3, p. 119-120.
  8. IKEDA, Daisaku. Líderes Audazes. Nova Revolução Humana. v. 26. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2023.
  9. Brasil Seikyo, ed. 2.055,16 out. 2010, p. A4

Reprodução/Foto-RN176 O novo logo tipo do Grupo Alvorada – FotoBrasil Seikyo

Reflexões sobre a matéria

Vigoroso daimoku

Por Ricardo Hirata, coordenador da Divisão Sênior de coordenadoria

Vivemos em uma época de grandes desafios e, em certa ocasião, ao participar de uma palestra corporativa, o palestrante se dirigiu ao público e perguntou: “Se tivessem de resumir em uma única palavra o mundo de hoje qual palavra você usaria?”.

Muitos se levantaram e foram até o quadro manifestando seu sentimento, mas eram palavras, todas elas, pessimistas. Ao final, o palestrante expôs aquelas mais citadas desde que começou sua apresentação. No topo da lista estavam palavras como “individualista”, “infeliz”, “egoísta”, e por aí vai. Numa reunião da Divisão Sênior, fiz a mesma pergunta e, para minha surpresa, as seguintes palavras foram ditas: “esperança”, “oportunidade” e “coragem”.

Compreendi que a Soka Gakkai e as orientações do Mestre nos fortalecem e, com os incentivos mútuos entre os membros, estabelecemos uma forte rede de amizade entre todos. Observei que as dificuldades presentes em nosso cotidiano são os combustíveis necessários para fazer manifestar o melhor de nós.

Ikeda sensei ensina:

Ao se depararem com dificuldades, manifestem uma fé ainda mais firme e desafiem-nas. E superando cada impasse com coragem e alegria, conquistem passo a passo com perseverança e persistência a suprema condição de buda em sua vida. Este é o nosso hosshaku-kempon (abandonar o provisório e revelar o verdadeiro).1

Nichiren Daishonin passou por uma série de desafios a ponto de pôr em risco a própria vida, mas manteve a convicção de que venceria no final. Da mesma forma, e com esse mesmo sentimento, devemos nos manter firmes diante das dificuldades. Em outras palavras, fazer delas um poderoso combustível para aprofundar ainda mais a nossa fé, intensificando a recitação de um vigoroso daimoku, encorajando os amigos, concretizando o shakubuku. Assim, manifestamos o melhor de nós para nos tornar uma pessoa querida pelos familiares e amigos. Com isso, estabelecemos um local harmonioso e alegre em que todos pratiquem com alegria e união.

Nesse ambiente alegre, respeitoso e contagiante, certamente temos os elementos necessários para a criação de “valores humanos”. Portanto, na expansão da nossa querida Soka Gakkai, cumprimos a nossa missão como discípulos de Ikeda sensei.

É muito bom quando vencemos nossas dificuldades, mas é extraordinário quando vencemos junto com todos: os familiares e os companheiros do nosso bloco e da nossa comunidade.

Pilares de ouro Soka, sejamos extraordinários!

Nota:

  1. Brasil Seikyo, ed. 2.226, 10 maio 2014, p. A3

No topo: Representantes da Divisão Sênior em curso de aprimoramento (São Paulo, 17 ago. 2024). Foto: Brasil Seikyo.

Reprodução/Foto-RN176 Eduardo Henrique Mattas, vice-responsável pelo Distrito da Divisão Sênior – Foto: Colaboração local

DS de Comprovação

Eduardo Henrique Mattas, vice-responsável pelo Distrito Aeroporto, RM Londrina Centro, CRE Paraná

Minha família se converteu ao Budismo Nichiren no ano do meu nascimento devido a situação de pobreza, infelicidade e doença. Essas foram as causas para minha família iniciar a prática. Eu sempre vivi no mundo da Gakkai, participava das atividades da Divisão dos Estudantes e das reuniões de palestra, mas não via a necessidade realmente de praticar firmemente. Minha mãe faleceu em 1997, e foi quando “acordei” para a prática budista.

Nessa época, manifestou-se o carma da família. Houve muita desarmonia e uma condição financeira terrível. Nós tivemos de mudar de casa e, a partir daí, percebi a real necessidade de praticar o budismo, principalmente com o objetivo de obter forças para superar os problemas. Desde criança, sempre fui muito tímido e não gostava de sair. Penso que, após o falecimento da minha mãe, essa timidez se evidenciou ainda mais. Porém, tive a grande chance de ingressar num grupo horizontal no qual amadureci bastante, o Sokahan.

Anos depois, desafiei-me a cursar uma faculdade, mesmo numa época em que não tinha nenhuma condição. Nesse sentido, não teria outra escolha a não ser frequentar uma universidade pública. Como a concorrência é bem maior, fiz um cursinho popular e fui aprovado em Educação Física. Daí surgiu um grande problema: apesar de conseguir estudar em uma universidade pública, fui várias vezes a pé até lá. Levava cerca de duas horas caminhando para a faculdade por não ter dinheiro da passagem de ônibus. Nesse mesmo período, minha família estava totalmente desestruturada financeiramente. Contudo, sempre com base no daimoku e no estudo, em nenhum momento pensei que não superaria essas dificuldades. Com essa determinação, consegui me formar em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, em 2008 e, em 2010, fui aprovado em um concurso público de uma cidade próxima. Posso dizer que melhorei muito, mas acredito que ainda preciso melhorar mais em todos os aspectos da minha vida.

Reprodução/Foto-RN176 Eduardo, com sua esposa, Priscyla. Foto: Colaboração local

Em 2013, comecei um relacionamento com minha companheira de luta, Priscyla. E, em 2019, conclui o mestrado. Com elogios da banca, apresentei um projeto que servirá como material didático para professores do ensino fundamental 1. Em meus agradecimentos, citei frases do nosso querido mestre. Hoje, tudo o que concretizei e quem eu sou, absolutamente, são frutos do treinamento recebido na Gakkai.

Minha esposa e eu decidimos ter um filho, porém, nos exames de rotina, precisei fazer um breve tratamento que poderia durar seis meses ou mais. No entanto, com muita boa sorte, no mês de maio último, descobrimos a gravidez da Laura.

Agradeço imensamente ao meu mestre da vida e decido lutar ainda mais pela felicidade das pessoas.

Muito obrigado!

No topo: Eduardo, com sua esposa, Priscyla. Foto: Colaboração local.

FONTE: JORNAL BRASIL SEIKYO