Força-tarefa afasta oito PMs investigados por elo com morte de delator do PCC

ROTANEWS176 12/11/2024 11:31

Reprodução/Foto-RN176 O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado na área de desembarque do Aeroporto de Guarulhos (Crédito: Reprodução)

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou nesta terça-feira, 12, que a força-tarefa criada para apurar o assassinato do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach determinou o afastamento de oito policiais militares que são investigados pela Corregedoria da instituição.

De acordo com a SSP,  há mais de um mês, a Corregedoria da PM já havia instaurado um inquérito para apurar o envolvimento de policiais na escolta do homem que delatou crimes cometidos pela facção criminosa PCC. Antonio Vinicius foi morto a tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira, 8.

O documento, confirmando o afastamento de todos os militares, foi assinado pelo coronel Fábio Sérgio do Amaral, chefe da Corregedoria da PM e integrante da força-tarefa.

Ainda segundo a SSP, os agentes  já foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado e ressaltou que a atividade “fere o regulamento disciplinar da instituição”.

“Os celulares de todos os policiais que estavam no dia do crime foram apreendidos e passam por análise”, completou a SSP.

Policiais civis citados pelo delator

Conforme a SSP, a Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. Parte dos documentos foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.

“Para que possamos fazer um afastamento, pela lei orgânica, é necessário um procedimento administrativo disciplinar que não paire dúvidas sobre autoria e materialidade. É isso que estamos buscando via inquérito para reunir o maior número de provas”, explicou o delegado-geral, Artur Dian. A Corregedoria busca, a partir das informações, elementos concretos que vão embasar o inquérito que investiga os agentes.

FONTE: ISTOÉ