ROTANEWS176 23/11/2024 08:05 APRENDER COM A NOVA REVOLUÇÃO HUMANA Por Seikyo Shimbun
Nesta continuação da série publicada no Seikyo Shimbun, trechos selecionados do romance.
Reprodução/Foto-RN176 Desenho de pessoas para ilustrar da matéria – Ilustração: Kenichiro Uchida
Demonstrar gratidão pelos nossos pais é um aspecto fundamental da nossa humanidade
Em setembro de 1976, a mãe de Shin’ichi Yamamoto, Sachi, faleceu serenamente, devido à idade, rodeada por familiares que recitavam daimoku. Shin’ichi permaneceu ao lado da mãe até pouco antes de ela falecer. Ao saber da morte dela, foi imediatamente à frente do Gohonzon recitar gongyo e dedicá-lo a ela. Enquanto orava, muitas recordações de sua mãe vieram-lhe à memória.
A mãe dele havia se sacrificado para criar uma família numerosa. Como forma de manifestar sua imensa gratidão pelos esforços dela, Shin’ichi planejava passeios ou viagens para que ela pudesse desfrutá-los enquanto ainda tivesse saúde. Ela gostava de fazer aqueles passeios e de se encontrar com membros da Gakkai nos lugares aonde ia. O que o deixava mais feliz, acima de tudo, era ver o sorriso no rosto de sua mãe.
Uma mãe cria os filhos com amor infinito. Crianças pequenas podem dar muito trabalho e ser bastante dependentes. Entretanto, quando os filhos crescem, é a vez deles de saldar as dívidas de gratidão demonstrando muito carinho por sua mãe. Perder esse senso de gratidão significa perder o aspecto mais importante de um verdadeiro ser humano.
Quando Sachi, a mãe de Shin’ichi, vinha à sede da Soka Gakkai, muitas vezes usava um haori (casaco formal tradicional japonês de comprimento médio) preto, que ela mesma havia costurado. Respeitando a sede como a principal fortaleza do kosen-rufu e local sagrado em que estava gravado o espírito dos sucessivos presidentes da organização, ela considerava mais do que natural se vestir de maneira formal ao visitá-la. Jamais passava pela sua cabeça receber tratamento especial ou tirar proveito do fato de seu filho ser o presidente da organização.
Em abril de 1975, ano que antecedeu a morte dela, Shin’ichi teve a oportunidade de ver sua mãe pela primeira vez após um longo tempo, no templo principal, com as cerejeiras totalmente floridas. Com a infinidade de atividades programadas, todavia, eles tiveram apenas uns poucos minutos para conversar.
Shin’ichi ofereceu à sua mãe, que adorava flores, um colar feito com ramos de cerejeira. Ele o colocou em volta do pescoço dela, e ela lhe agradeceu várias vezes sorrindo encantada ao ver as belas flores que lhe foram ofertadas.
No momento da partida, desejando reiterar ainda mais sua gratidão, Shin’ichi ofereceu-se para carregar sua mãe no íngreme trajeto que tinham diante de si. Ele se curvou para que pudesse subir em suas costas, mas ela disse embaraçada:
— Estou bem, muito bem. Não posso deixá-lo me carregar.
— Não, mãe, eu é que quero fazer isso — insistiu.
Ela cedeu e lhe agradeceu, permitindo que a levasse. A mãe dele sempre tivera estatura pequena, mas, com a idade, parecia ainda menor e mais leve.
— Ufa! Está muito pesada! — gracejou Shin’ichi, fingindo gemer por causa do peso dela e fazendo-a rir com despreocupada alegria.
Ele nunca se esqueceu da sensação de aconchego dela quando a carregou em suas costas naquele dia.
(Capítulo “Ode às Mães”)
Prestar atenção aos aspectos básicos evita acidentes
Em uma noite no fim do outono de 1976, Shin’ichi decidiu verificar várias instalações da Gakkai na área ao redor da sede central antes de voltar para casa depois do trabalho, pois sabia que incêndios eram frequentes no inverno no Japão. Nesse momento, encontrou dois membros do Gajokai (grupo da Divisão Masculina de Jovens responsável por proteger os centros culturais da Soka Gakkai) e sugeriu que fizessem juntos inspeções às instalações.
Shin’ichi executou uma inspeção detalhada, certificando-se, inclusive, de que os queimadores do fogão das instalações da cozinha e as luzes e os aparelhos elétricos nas salas que não estavam sendo utilizadas se encontravam desligados. Na parte externa, ele direcionou a luz de uma lanterna para a base das plantas e das flores em frente ao prédio, para ter certeza de que nenhum material perigoso havia sido depositado ali. (…)
— Vocês podem achar que é exagero, mas caso viesse a acontecer algum acidente pelo fato de deixarem escapar algo, seria tarde demais. Olhos que percebem as mínimas coisas podem evitar os maiores acidentes.
Para preveni-los, todos devem considerar a questão com cuidado, definir a relação básica de itens que precisam ser checados e, depois, segui-la assiduamente. (…)
Estabelecido um procedimento-padrão, é necessário segui-lo fielmente sem pular etapas ou ignorar partes dele. Caso permitam que se transforme em mera formalidade e percam o foco, o descuido virá em seguida. Esse é o maior perigo. (…)
Shin’ichi continuou a falar com os dois jovens membros dos Gajokai enquanto inspecionavam a área ao redor da sede.
— A partir de agora até o fim do ano é a época em que acontecem não somente muitos incêndios, mas também crimes como fraudes e roubos. Alguns, entretanto, tendem a pensar que esse tipo de coisa só acontece com os outros, não supondo jamais que eles próprios poderiam se converter em vítimas. Na verdade, esse é o primeiro sinal de descuido, e essa maneira de raciocinar os torna vulneráveis.
Embora nas reuniões recomendemos aos membros que tomem cuidado para não se envolverem em acidentes de trânsito, há muitos casos nos quais as pessoas dizem para si mesmas: “Eu sei disso”, e não prestam atenção de fato. O que vocês deveriam fazer nessas ocasiões é se lembrar de ser ainda mais precavidos e sugerir o mesmo àqueles que estão ao redor. (…)
Shin’ichi passou pelo prédio do Seikyo Shimbun com os dois integrantes do Gajokai, no trajeto de volta para casa, que ficava nas imediações. Sua esposa, Mineko, estava na porta de entrada para recebê-lo. Ela lhes agradeceu educadamente. Quando estavam partindo, Shin’ichi disse-lhes:
— Muito obrigado por me acompanharem hoje. Tenham como objetivo a proteção e a segurança plenas. Eu também vou orar fervorosamente por isso todos os dias. Não posso fazer a ronda com vocês todas as vezes, mas em meu coração estou sempre com vocês. Compartilhamos da mesma missão. Por favor, protejam nossa sede em meu lugar. Guardem nossos centros culturais e nossas sedes regionais. Zelem por nossos membros. Vamos nos encontrar novamente.
Naquela noite, Shin’ichi e Mineko oraram intensamente para que os componentes do Gajokai não se resfriassem e cumprissem com todo o vigor sua respectiva missão evidenciando seu ilimitado potencial.
(Capítulo “Proteção Plena”)
(Traduzido da edição de 13 de outubro de 2020 do Seikyo Shimbun, jornal diário da Soka Gakkai.)
Assista
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FONTE: JORNAL SEIKYO SHIMBUN