Guia de primeiros socorros para pais: o que fazer em casos de emergência com crianças

ROTANEWS176 24/12/2024 15:16

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Quando um bebê chega em casa, além da alegria, surge a responsabilidade de garantir um ambiente seguro. Segundo a ONG Criança Segura, quedas e queimaduras estão entre os principais motivos de internações de crianças de 0 a 14 anos no Brasil. Mas, felizmente, com o devido preparo e apoio familiar, é possível prevenir acidentes e agir corretamente quando eles ocorrem.

O que fazer em casos de trauma

Crianças estão sujeitas a quedas e traumas enquanto exploram o mundo. Traumas leves podem não ser graves, mas é importante observar sinais como alteração de consciência, dor persistente ou fraturas expostas. Em situações mais graves, procure imediatamente o pronto-socorro e, se necessário, ligue para o serviço de emergência.

Primeiros socorros em caso de quedas

Quedas de altura inferior a 90 centímetros geralmente não causam lesões graves. No entanto, sintomas como irritabilidade, sonolência, vômitos ou dor intensa devem ser acompanhados por um profissional. Se houver um corte ou inchaço, lave com água corrente e aplique gelo para aliviar. Em cortes com sujeira (como areia ou terra), comprima o local com um pano limpo e dirija-se ao pronto-socorro para verificar a necessidade de sutura.

A intoxicação é uma das emergências mais comuns e exige calma. Em caso de ingestão de substâncias tóxicas, nunca provoque vômito e evite oferecer alimentos. Se possível, leve o rótulo do produto ingerido. Em situações de intoxicação medicamentosa, evite comparações com doces para não estimular a criança a ingeri-los. Em São Paulo, o Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX) pode ser contatado pelo telefone 0800-0148110 para orientações.

Quando a criança engolir ou aspirar objetos

Se a criança engolir um objeto, evite dar alimentos ou líquidos e procure ajuda médica, mesmo que o objeto tenha sido expelido. Em casos de aspiração, fique atento a sinais como tosse sem explicação, chiado no peito e secreção na narina. Essas situações requerem avaliação médica para evitar complicações respiratórias.

O que fazer em caso de afogamento

O afogamento é uma emergência silenciosa e pode ser letal. Em caso de afogamento, posicione a criança de lado e com a cabeça levemente mais baixa que o tronco. Se ela não estiver respirando, inicie a Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP). Essas manobras devem ser mantidas até a chegada da emergência:

  • RCP em crianças: com uma mão, pressione o tórax entre os mamilos, fazendo duas compressões por segundo.
  • RCP em bebês: use os dedos indicador e médio para pressionar o centro do peito com a mesma frequência.

Queimaduras: como tratar

Em caso de queimadura, resfrie imediatamente a área com água corrente e lave com sabonete neutro. Em queimaduras pequenas, hidrate a área com óleo de amêndoa ou girassol. Se houver bolhas, faça a limpeza cuidadosa e, se necessário, dirija-se ao pronto-socorro para avaliação de queimaduras mais graves. Evite expor a área a produtos que possam irritar a pele.

Tipos de queimaduras

  1. Queimadura de primeiro grau (sem bolhas): hidrate a região e aplique protetor solar.
  2. Queimadura de segundo grau (superficial): pode formar bolha flácida.
  3. Queimadura de segundo grau intermediário: forma uma bolha densa.
  4. Queimadura profunda ou de terceiro grau: exige atendimento médico especializado.

Como agir em caso de cortes

Para cortes superficiais, lave a área com água e sabonete neutro e aplique um curativo. Se o corte for profundo, sangrar excessivamente ou ocorrer em áreas sensíveis (como pálpebras ou boca), procure atendimento médico.

Prevenindo acidentes domésticos

Prevenir acidentes é tão importante quanto saber agir. Aqui estão algumas medidas de segurança para proteger as crianças em casa:

  • Na cozinha: nunca deixe a criança desacompanhada. Use travas de portas e gavetas e protetores para fogão;
  • Quinas e escadas: instale protetores de quinas e adesivos antiderrapantes nas escadas;
  • Janelas e varandas: use telas de proteção e evite acesso a esses locais sem supervisão;
  • Piscinas: use cercas ao redor, feche a piscina após o uso e, se possível, instale alarmes de segurança.

Consultoria: Dra. Tatiana Moura, cirurgiã plástica e a Dra. Francielle Tosatti, pediatra

FONTE: PAIS E FILHO