ROTANEWS1276 25/02/2025 10:03
Reprodução/Foto-RN176 Saiba como tratar a cicatriz da sua cesárea evitando a queloide© Damon Dahlen/The Huffington Post
A cesárea é uma cirurgia essencial em muitos casos, ajudando a proteger a saúde da mãe e do bebê quando o parto normal não é uma opção segura. Porém, como toda cirurgia, ela deixa uma cicatriz que marca um momento importante, mas que também pode ser motivo de preocupação, principalmente estética, para muitas mulheres.
Quanto tempo a cicatriz da cesárea leva para cicatrizar?
O processo de cicatrização da cesárea pode levar em torno de 40 dias, mas esse tempo varia entre as mulheres. A avaliação médica é fundamental, especialmente nos primeiros dias após o parto. Geralmente, o primeiro retorno ocorre entre 10 e 15 dias, com outra consulta ao redor de 40 dias para verificar o progresso.
A recuperação da cicatriz também depende do tipo de fio utilizado na sutura, que pode ter diferentes tempos de tensão, variando entre 30 e 90 dias, conforme a experiência e rotina do cirurgião e do hospital.
Cuidados básicos com a cicatriz
Desde o início da gestação, adotar uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas orientadas e manter a pele hidratada são práticas que podem ajudar a melhorar a qualidade da cicatrização.
Após o parto, os cuidados devem ser redobrados. Manter a área da cicatriz sempre limpa e seca é essencial, assim como higienizar o local com água e sabão, evitando o acúmulo de umidade, especialmente em mulheres com barriga em avental.
Outras orientações importantes incluem:
- Usar calcinhas altas que proporcionem leve compressão na região da cicatriz.
- Após a retirada dos pontos, aplicar cremes hidratantes com proteção solar na área.
- Evitar bolsas de gelo ou de água quente sobre a cicatriz, pois a sensibilidade reduzida aumenta o risco de queimaduras.
Como identificar sinais de inflamação ou infecção
Ficar atenta a possíveis sinais de problemas é fundamental. Procure ajuda médica se notar:
- Vermelhidão no local.
- Endurecimento ou calor na cicatriz.
- Secreção aquosa ou purulenta.
- Dor intensa ou ardência.
- Sensibilidade excessiva ao se mover.
Diferença entre cicatrizes hipertróficas e queloides
As cicatrizes hipertróficas são comuns após cirurgias. Elas ficam elevadas e avermelhadas, mas tendem a regredir entre seis meses e um ano e meio. Já as cicatrizes queloideanas são resultado da proliferação excessiva de células, criando uma cicatriz volumosa que ultrapassa o limite do corte original. Mulheres com tendência a desenvolver queloides devem seguir orientações médicas específicas para prevenir esse tipo de cicatrização.
Tratamentos não cirúrgicos para melhorar a aparência da cicatriz
O primeiro recurso para tratar a cicatriz da cesárea é o uso de tratamentos tópicos, como pomadas e fitas de silicone, que ajudam a melhorar a qualidade da cicatriz sem necessidade de repouso. Tecnologias como lasers também podem ser utilizadas para potencializar os resultados.
Quando a cirurgia plástica é necessária?
Se, após seis meses, a cicatriz ainda tiver um aspecto insatisfatório, pode ser indicado realizar uma cirurgia plástica corretiva. Essa decisão deve ser tomada em conjunto com um cirurgião plástico e um obstetra.
O procedimento consiste na remoção da pele com a cicatriz e na realização de uma nova sutura, seguida de cuidados pós-operatórios para garantir uma melhor cicatrização.
Tempo para realizar a cirurgia de correção
Os profissionais recomendam aguardar o fim do período de puerpério e, se possível, o desmame do bebê antes de realizar uma cirurgia corretiva. Esse intervalo permite uma recuperação adequada e melhores resultados no procedimento.
Cuidados contínuos e autoestima
Para muitas mulheres, a cicatriz da cesárea é uma lembrança especial de um momento marcante. No entanto, se a aparência da cicatriz impactar a autoestima, existem diversos cuidados e tratamentos disponíveis para melhorar seu aspecto. Consultar um médico é o primeiro passo para encontrar a melhor solução.
Consultoria: Dr. Rony Grabarz, ginecologista, e Dra. Alice Andrade, cirurgiã plástica
FONTE: PAIS E FILHO