Lula escolhe Gleisi para assumir articulação política do governo

ROTANEWS176 28/02/25 15h20

Reprodução/Foto-RN176 Deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR)  Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, foi escolhida pelo presidente Lula (PT) para o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo.

A parlamentar tomará posse no cargo em 10 de março, segundo o Palácio do Planalto. Gleisi substitui Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, demitida pelo presidente.

Presidente do Partido dos Trabalhadores desde julho de 2017, a nova ministra também integrou a Esplanada no primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), de quem foi chefe da Casa Civil.

A mudança ocorre em meio a uma prometida reforma ministerial, mas frustra as expectativas de lideranças do chamado “centrão”, que reúne os partidos mais influentes do Congresso.

RN176 Negociação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Em meio a uma alta na rejeição e dificuldades econômicas, havia a projeção de que Lula desse espaço ao grupo no governo, de modo a garantir mais apoio parlamentar para aprovar propostas que contribuam para a recuperação. Ao escolher Gleisi, o presidente amplia o poder de sua própria legenda na Esplanada.

Quem é a nova ministra

Filiada ao PT em 1989, Gleisi Hoffmann foi secretária de Reestruturação Administrativa do Mato Grosso do Sul entre 1999 e 200 e, em seguida, secretária municipal de Gestão Pública de Londrina, até 2003, ano em que foi nomeada diretora financeira da Itaipu Binacional pelo presidente Lula.

A ascensão interna da política a transformou no principal nome do petismo paranaense, e Gleisi foi eleita senadora pelo estado em 2010. Afastou-se do Legislativo para chefiar a Casa Civil sob Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014, mas retornou ao Senado e votou contra o impeachment da ex-presidente petista, que ocorreu em 2016.

Desde que assumiu a presidência nacional do PT, a nova ministra se aproximou de Lula em especial pela atuação partidária em um contexto de fragilização da legenda, que enfrentou no período os desgastes da Operação Lava Jato e a prisão de seu principal líder. Na prisão, Gleisi era uma das visitas frequentes do presidente.

Em 2018, enfrentando uma forte rejeição, Gleisi não concorreu à reeleição no Senado e migrou para a Câmara dos Deputados, para a qual foi eleita naquele ano e reeleita em 2022. Com a nomeação para a Esplanada, ela deve deixar o comando do PT após oito anos.

FONTE: ISTOÉ