ROTANEWS176 07/05/2025 09:42 Por Laís Seguin
Público feminino não pode ser cardeal na igreja católica.
Reprodução/Foto-RN176 Por que a Igreja não permite mulheres no conclave – Reprodução/freepik
133 cardeais se reúnem no Vaticano para eleger o novo líder da Igreja Católica, uma instituição em que mais da metade dos 1,3 bilhão de fiéis são mulheres, segundo dados divulgados pela própria instituição. Apesar disso, as católicas continuam excluídas do processo decisório, sem direito a voto ou acesso aos cargos mais altos da hierarquia eclesiástica.
O conclave ocorre em um momento de crescente pressão por reformas na estrutura de poder da Igreja, que ainda proíbe a ordenação de mulheres como diáconas, padres ou bispos. Embora o papa Francisco tenha promovido avanços históricos, nomeando sete mulheres para cargos administrativos de destaque no Vaticano, as mudanças não atingiram os níveis mais altos de liderança.
Legado de Francisco
Durante seus 12 anos de pontificado, Francisco indicou mulheres para funções inéditas, como a irmã Raffaella Petrini, primeira presidente do Governatorato do Estado do Vaticano, e Nathalie Becquart, primeira mulher com direito a voto em uma assembleia sinodal. No entanto, manteve a proibição de mulheres no sacerdócio, estabelecida por João Paulo II em 1994.
A Igreja Católica Romana proíbe explicitamente a ordenação de mulheres, considerando-a um crime canônico passível de excomunhão. A justificativa baseia-se na tradição de que Jesus escolheu apenas homens como apóstolos.
Entre os favoritos a suceder Francisco, três cardeais são conhecidos por apoiar a ordenação feminina: Joseph William Tobin (EUA), Juan José Omella Omella (Espanha) e Mario Grech (Malta). Seus nomes reacendem a esperança de mudanças, mas a estrutura tradicional da Igreja ainda impõe barreiras significativas.
FONTE: IG