Trabalhadores do mundo vão às ruas no 1º de maio

EFE E ROTANEWS176 01/05/2017 10h40

MUNDO

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Reprodução/Foto-RN176 Primeiro de maio na Ucrânia Foto: EFE

Dezena de milhares pessoas participaram nesta segunda-feira de uma marcha pela Praça Vermelha de Moscou por causa do Primeiro de Maio, organizada pelos sindicatos oficiais com o apoio do Rússia Unida, o partido do presidente russo, Vladimir Putin.

A polícia moscovita cifrou em aproximadamente 130 mil os participantes da marcha para celebrar o Dia da Primavera e do Trabalho, que é como oficialmente denominada a festa na Rússia desde 1992.

“Por uma vida, um trabalho e um salário digno”, foi o lema central escolhido pelos organizadores da manifestação, embora também tenham sido vistos cartazes com slogans contra o terrorismo.

A festividade na capital foi presidida pelo prefeito, Serguey Sobyanin.

“Quando há um ano nos reunimos aqui, na Praça Vermelha, dissemos que Moscou e os moscovitas superariam todos os problemas. E assim foi”, disse o prefeito, que destacou que a capital russa se desenvolve, cria emprego e constrói moradias e infra-estrutura.

Segundo os sindicatos, cerca de 2,5 milhões de filiados participaram da comemoração do Primeiro de Maio no país.

O Partido Comunista de Rússia (PCR) convocou em Moscou uma marcha à parte, na qual participaram cerca de 3,5 mil pessoas, segundo fontes policiais.

“Este não só é um dia de primavera e de trabalho, é um dia de luta dos trabalhadores por seus direitos”, disse à imprensa o líder do PCR, Guennadi Ziugánov, antes do começo da marcha.

As autoridades mobilizaram mais de 355 mil policiais e membros da Guarda Nacional em todo o país para garantir a segurança e a ordem durante as atividades por ocasião do Primeiro de Maio.

Grécia

Centenas de pessoas saíram nesta segunda-feira às ruas no centro de Atenas, seguindo a convocação do principal sindicato do setor privado (GSEE) e do setor público (ADEDY) para se manifestar contra as medidas que serão aplicadas após o acordo entre Governo e credores.

Outras organizações sindicais como a PAME, bem como a esquerda extraparlamentar, também reuniram centenas de pessoas no centro da capital.

O GSEE pediu, além disso, a seus filiados para fazer uma greve de 24 horas durante este primeiro de maio, prévia à geral que ambos os sindicatos convocaram para o dia 17 de maio.

O sindicato do setor privado pediu em um comunicado para formar “uma frente comum” contra as “medidas injustas que o Governo se prepara para votar e pôr em prática”, e criticou que o dia 1 de maio seja “um feriado obrigatório”, pois, em seu julgamento, a melhor reivindicação é “uma greve dos trabalhadores”.

“Durante sete anos, os Governos dos memorandos e da troika bateram nos trabalhadores e varreram o que restava do estado de conforto”, disse por sua parte o comunicado do ADEDY, acrescentando que “o Governo de Syriza e ANEL (Gregos Independentes) pretende dar o último golpe nas aposentadorias”.

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Reprodução/Foto-RN176 Primeiro de maio no Líbano Foto: EFE

Espanha

Convocados pelos sindicatos, os trabalhadores espanhóis voltaram a sair às rua nesta segunda-feira, dia Primeiro de Maio, para exigir dos patrões e do Governo empregos estáveis e salários dignos.

Da sua parte, o chefe do Executivo, Mariano Rajoy, agradeceu a contribuição dos trabalhadores para “a recuperação econômica”.

Em sua conta do Twitter, Rajoy escreveu que “o Governo trabalha para se conseguir mais e melhores empregos”.

Os principais sindicatos, UGT e CCOO, convocaram 73 marchas em todas as capitais de províncias e nas cidades mais importantes para reivindicar emprego estável, salários justos, aposentadorias dignas e mais proteção social.

Os secretários gerais de CCOO e UGT, Ignacio Fernández Toxo e Pepe Álvarez, respectivamente, encabeçarão a manifestação de Madri, que vai passar pela Praça de Netuno até a Porta do Sol, onde terminará com a leitura de um manifesto.

Entre suas reivindicações, ambos pedem às patronais que se sente para negociar a fim de fechar o mais rápido possível um pacto salarial para 2017. Caso contrário, ameaçam com uma maior agitação trabalhista.