Ex-presidente defendeu que os envolvidos na delação de Joesley Batista têm a obrigação de se explicar à opinião pública
VEJA E ROTANEWS176 18/05/2017 13h33 Por Guilherme Venaglia
Reprodução/Foto-RN176 O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) (Nacho Doce/Reuters)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) opinou, em sua conta no Facebook, sobre a conturbada crise política que atinge o Brasil desde quarta-feira, quando foram revelados trechos da delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS. Em sua colaboração, ele entregou gravações que comprometem o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Na mensagem publicada no começo da tarde desta quinta-feira, FHC afirmou que os acusados têm “o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões”. Na sequência, o ex-presidente sugere que, “se as alegações de defesa não forem convincentes”, os envolvidos têm o “dever moral de facilitar a solução”, com a renúncia dos cargos que ocupam.
Fernando Henrique acrescentou que “não basta argumentar que são necessárias evidências” e que o país tem pressa. “Pressa para ver na pratica medidas econômico-sociais que deem segurança, emprego e tranquilidade aos brasileiros. E pressa, sobretudo, para restabelecer a moralidade nas instituições e na conduta dos homens públicos.”
Fernando Henrique Cardoso há 9 horas
A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição. É preciso saber com maior exatidão os fatos que afetaram tão profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção. É preciso dar publicidade às gravações e ao fundamento das acusações.
Os atingidos por elas têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões. Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações.
Pressa para ver na pratica medidas econômico-sociais que deem segurança, emprego e tranquilidade aos brasileiros. E pressa, sobretudo, para restabelecer a moralidade nas instituições e na conduta dos homens público