ROTANEWS176 E IG 27/10/2017 05:00
A jornada de Ben Carpenter pela adoção começou há mais de 10 anos, quando ele se tornou um dos primeiros gays a adotar no Reino Unido
Com 33 anos, Ben Carpenter, do Reino Unido, é considerado um herói por muitos por ter adotado quatro crianças com necessidades especiais. O que torna a história de adoção ainda mais marcante é que, apesar de ser assumidamente gay, ele não tem um parceiro para dividir os cuidados com os filhos Jack, de 10 anos, Ruby, de sete, Lily, de cinco, e Joseph, de dois. As informações são do “Daily Mail”.
Reprodução/Foto-RN176 Ben Carpenter iniciou a jornada da adoção há mais de 10 anos- Reprodução/Daily Mail
A jornada de Ben começou há mais de 10 anos quando ele se tornou um dos mais jovens homossexuais no país a adotar uma criança. Levou cerca de três anos para convencer as autoridades de que ele estava falando sério sobre a adoção e que tinha maturidade e habilidades necessárias para ser um bom pai.
Desde que foram adotadas, todas as crianças fizeram progressos significativos e surpreenderam os assistentes sociais e os profissionais da saúde. “Me chamam de santo o tempo todo e perguntam como eu faço isso”, conta Ben. “Minha mãe Rita é um grande apoio para mim e minha amiga Jeanette é uma mulher incrível e me ajuda. A instituição de caridade Adoption UK também foi adorável e merece elogios pelo trabalho que eles fazem e apoio que eles fornecem”.
Assumidamente gay, Ben conta que ainda ser solteiro não é um problema para ele. “Nunca procurei um relacionamento, nunca me interessou. Eu gosto de fazer as minhas coisas. No final do dia, gosto de uma xícara de chá, uma fatia de bolo e não ouvir ninguém roncando”.
Crianças especiais
Ben optou por adotar crianças com necessidades especiais e uma delas tem Síndrome de Down. Ele sabe que essa não é tarefa simples. “Sempre disse que adotar uma criança com deficiência não é ideal para todos. Você tem que ser totalmente honesto consigo mesmo”, explica Ben. E, para o pai, ver o progresso dos filhos é o que dá motivação para seguir em frente.
Quando ele conheceu sua filha Ruby, ela estava sendo alimentada por aparelhos, em uma cadeira de rodas e incapaz de falar. “Ela estava petrificada e tremendo. Partiu o meu coração”, conta Ben. Após a adoção, a filha consegue andar e comer, embora ele saiba que ela vai precisar de cuidados até o resto da vida. “Estou bastante orgulhoso de mim mesmo por ter mudado sua vida. Ver as mudanças nela é simplesmente excepcional”.
Trabalho com adoção
Quando não está cuidado dos filhos, Ben trabalha para educar outros possíveis adotantes. “Celebro e promovo a ação de adotar. É a coisa mais gratificante, satisfatória e desafiadora que eu fiz na vida”, diz Ben. “Eu não vou suavizar porque adoção não é para os fracos. Você deve estar 100% comprometido. Se você está pensando em adotar, certifique-se de ter uma experiência com crianças. Se você ainda não tem filhos, certifique-se de que é certo para você” orienta.