Humorista fazia vários personagens famoso da politica brasileira
ROTANEWS176 28/04/2018 16:00 JC
Reprodução/Foto-RN176 Agildo Ribeiro morre aos 86 anos
Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho morreu em casa onde morava no Leblon, bairro da zona sul da capital fluminense, em consequência de problemas cardíacos, segundo a TV Globo, emissora para a qual trabalhava.
O humorista começou na televisão na década de 1960 e estrelou programas como Chico City, Satiricom, Planeta dos Homens, Estúdio A… Gildo, Escolinha do professor Raimundo e Zorra Total. Sua última atuação foi no show Tá no Ar: a TV na TV. Poucos comediantes sabem explorar a riquíssima matéria-prima oferecida pela política para fazer graça.
Reprodução/Foto-RN176 O comediante entre os bonecos de Lula e Collor no ‘Cabaré do Barata’: o melhor a fazer é caçoar dos poderosos Foto: YouTube / Reprodução
Agildo Ribeiro era craque nisso. Histriônico, o humorista provocava risos com a ironia ácida aplicada às maiores figuras de poder do País.
Participou de vários programas importantes, como ‘Zorra’, ‘Casseta & Planeta Urgente’ e ‘Planeta dos Homens’.
Sua morte neste sábado (28), aos 86 anos, no Rio, em consequência de problemas cardiovasculares, encerra uma carreira brilhante com muitos pontos altos na TV.
Entre 1989 e 1990, ele comandou o ‘Cabaré do Barata’ na extinta TV Manchete.
Contracenava com bonecos de Lula, Collor, Maluf, Brizola e outros medalhões de Brasília.
Reprodução/Foto-RN176 O humorista Agildo Ribeiro
Um dos quadros da atração era a ‘Escolinha dos Presidenciáveis’, uma versão da ‘Escolinha do Professor Raimundo’ de Chico Anysio.
O humorista fazia perguntas aos fantoches. As respostas absurdas – representativas da retórica incompreensível de muitos políticos – garantiam a diversão do telespectador.
Era um formato absurdamente simples que funciona bem na televisão. Faz falta aquele tipo de zombaria pautada na crítica social.
Imagine um programa com bonecos de Bolsonaro, Alckmin, Ciro Gomes, Marina Silva, Joaquim Barbosa e Lula se digladiando para responder as perguntas capciosas de Agildo Ribeiro.
É o tipo de humor político que a TV aberta deveria explorar mais. As risadas com a gozação aos políticos seriam um contraponto ao ódio que eles suscitam nas redes sociais cada vez mais polarizadas e tóxicas.
Carismático e sempre bem informado, Agildo Ribeiro não perdia nenhuma oportunidade de fazer troça da política e dos brasileiros em geral.
Sem ele, o humor nacional se entristece em um ano eleitoral com tanto potencial para rirmos de nós mesmos e daqueles que pretendem governar esse estrambólico País.