Tiririca como Jojô Todynho é ofensa a eleitores e mulheres

ELEIÇÃO 2018

Deputado federal faz paródia sexista da funkeira no caríssimo horário eleitoral na TV

ROTANEWS176 E POR BLOG SALA DE TV 20/09/2018 16:10                                                                                 Jeff Benício

A ineficiência da propaganda eleitoral obrigatória na TV é quase consenso entre os telespectadores.

Reprodução/Foto-RN176 Tiririca usa o humor chulo na tentativa de garantir o terceiro mandato na Câmara dos Deputados Foto: Reprodução

Para a maioria das pessoas, o blábláblá dos políticos serve apenas para atrapalhar a programação.

Infelizmente, os políticos desperdiçam valioso espaço no mais influente veículo de comunicação do País com promessas fantasiosas, discursos pouco convincentes e trocas de acusações que às vezes descambam para a baixaria.

E quando a gente acha que não pode piorar, é surpreendido pelas inserções esdrúxulas de Tiririca nos intervalos.

A nova peça estreou nesta quinta-feira (20): o deputado que tenta a reeleição faz uma paródia de baixíssima qualidade da música Que Tiro Foi Esse, da funkeira carioca Jojô Maronttinni, mais conhecida como Jojô Todynho.

O humorista usa gigantescos seios postiços ‘cobertos’ por um micro biquíni, além de peruca, jeans justo, corrente dourada e boné.

Ao invés de cantar “Que tiro foi esse? Que tiro foi esse que tá um arraso?!”, o coro de Tiririca berra “Que voto é esse? Que você é esse, vai ser um arraso”.

Reprodução/Foto-RN176 Dançarinas rebolam ao lado do candidato: a mulher usada como objeto para atrair atenção (e, talvez, votos) Foto: Reprodução

Duas dançarinas com o número do candidato escrito na calça colada, na altura do bumbum, rebolam alegremente ao lado do parlamentar. Cena digna dos anais do ‘trash’ televisivo.

A propaganda eleitoral no rádio e na TV faz o governo repassar mais de 500 milhões de reais às emissoras. É dinheiro que sai do bolso dos contribuintes.

O deboche de Tiririca é representativo da falta de respeito ao telespectador-eleitor por parte de muitos candidatos.

Não deveria ser permitido fazer piada de mau gosto – com flagrante objetificação do corpo feminino – no horário político financiado pelo povo.