Hemofilia em cães: saiba tudo sobre a doença que impede a coagulação do sangue

ROTANEWS176 E POR CANAL DO PET 21/09/2018 13:26

A hemofilia é transmitida geneticamente e não tem cura, mas pode ser controlada clinicamente

A hemofilia em cães é um transtorno congênito e hereditário na coagulação do sangue. As enzinas e proteínas que espessam o sangue se inibem, tornando a circulação muito líquida. Atinge principalmente pets jovens e machos, a partir do dois meses de idade, já as fêmeas são raramente acometidas.

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A  hemofilia em cães se apresenta em dois tipos: hemofilia A e B. A primeira é considerada a hemofilia clássica, acometendo cães, gatos, ovelhas, cavalos, suínos e bovinos. Caracteriza-se por uma mutação no gene responsável pela síntese do fator de coagulação VIII, de caráter recessivo e localizado nos cromossomos X. É uma das alterações no sangue mais comuns em caninos, atingindo tanto os de raça pura quanto os vira-latas.

Já a hemofilia B caracteriza-se pela mutação no gene responsável pela síntese do fato de coagulação IX que, nos cachorros, também obedece ao padrão de herança recessiva ligada ao X. Esse tipo atinge os gatos da mesma forma que os caninos.

Devido às alterações na estrutura das proteínas, que fazem parte do sistema de coagulação sanguínea , os animais portadores da hemofilia apresentam quadros de hemorragia espontâneos ou pelos menores traumatismos, além de hematomas, hemartroses (sangramento dentro do espaço articular) e qualquer tipo de sangramento.

A hemofilia é transmitida por fêmeas fenotipicamente normais, mas precisam ser portadoras de um gene defeituoso. A melhor maneira de tratar esse problema é com a ajuda de um especialista, pois não existe cura. Ele saberá como controlar clinicamente a mutação, evitando as graves consequências que estão atreladas a ela.

É muito importante que o dono esteja atento a qualquer anomalia de caráter circulatório e procurar o veterinário rapidamente. E, principalmente, evitar que seu canino hemofílico se reproduza, pois ele irá disseminar o gene pelos filhotes.

Manifestação da hemofilia em cães

Reprodução/Foto-RN176 A hemofilia em cães é um transtorno congênito e hereditário na coagulação do sangue. Atinge principalmente pets jovens e machos, a partir do dois meses de idade – reprodução shutterstock

Infelizmente não tem como diagnosticar previamente a hemofilia, a menos que o dono conheça os pais do cão e a existência da mutação do gene deles. Caso contrário, você descobrirá da maneira tradicional: após uma ferida. Espera-se que, em condições normais, o sangue expelido se coagule imediatamente, evitando perdas muito grandes.

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Quando o animal é hemofílico, o sangramento nunca para ou, pelo menos, demora muito para ser coagulado. Quando o corte é superficial, não existe muito risco de vida. Mas, quando se trata de feridas profundas, a hemofilia pode ser mortal. Essa doença pode trazer várias consequências graves, por esse motivo deve ser tratada com bastante atenção.

Qualquer canino pode ser acometido por essa mutação graças o seu caráter hereditário. Porém, há raças mais propensas do que outras. O Pastor Alemão e o Dobermann, por exemplo, tem mais tendência a serem hemofílico.

O que fazer quando descobrir que meu cão é hemofílico?

Reprodução/Foto-RN176  Se seu bichinho se cortou e o sangue demorou muito para estancar, o recomendado é levá-lo ao veterinário o mais rápido possível – reprodução shutterstock

Se seu bichinho se cortou e o sangue demorou muito para estancar, o recomendado é levá-lo ao veterinário o mais rápido possível. Através da origem e da localização da ferida, o especialista poderá determinar a forma de reações do corpo. Em outras palavras, se existe alguma anomalia no sistema circulatório.

Como já foi dito anteriormente, existem dois tipos de hemofilia: A e B. Além de se caracterizarem pela mutação de diferentes fatores, elas também se manifestam de maneiras distintas. No caso da A, considerada de grau leve, geralmente só é detectada quando há uma ferida. Se o canino não se machucar, pode ser que a anomalia passe despercebida.

Contudo, o tipo B, de nível moderado a grave, se manifesta entre os quatro e seis meses de idade. Nesse caso, é comum ver o bichinho sangrando pelo nariz ou pelas gengivas. É possível, também, que exista sangue na urina e nas fezes. O animal acometido pela hemofilia tipo B precisa de tratamento ainda filhote.

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Controlando a hemofilia no cachorro

Reprodução/Foto-RN176  Se o pet for diagnosticado a presença de hemofilia, provavelmente será receitado remédios com efeito coagulantes . O uso de medicamentos costuma ser bem efetivo e ajuda no controle da doença – reprodução shutterstock

Depois de levar o canino ao veterinário e todos os exames necessários for realizado, será determinada a causa do sangramento. Saiba que nem sempre a hemorragia está ligada a hemofilia. Existem fatores externos que podem provocar essa reação do organismo.

Quando o cão ingere veneno para rato ou é picado por uma cobra são bons exemplos. Em ambos os casos, o efeito do veneno impede que as enzina coagulem o sangue. Além disso, o mesmo acontece se o pet tem deficiência na absorção da vitamina K. O motivo é que essa vitamina atua sobre o fígado, órgão que se encarrega de produzir enzimas coagulantes.

Por último, alguns medicamentos também afetam o processo de espessamento do sangue, como é o caso de antibióticos de uso prolongado. O mesmo acontece com cães que consomem regularmente anticoagulantes.

Mas, se for diagnosticado a presença de hemofilia, provavelmente será receitado remédios com efeito coagulantes para o pet. O uso de medicamentos costuma ser bem efetivo e ajuda no controle da doença. Mas, recentemente, tem se testado outra forma de tratamento: a terapia genética.

Esse recurso terapêutico consiste na injeção no organismo do fator VIII, causador da doença. A proposta é superar a hemofilia combatendo o cerne do problema. O tratamento tem se mostrado bastante eficaz, pois os animais que passaram por ele têm ficado livres da hemofilia durante três anos.

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É muito importante tratar a hemofilia em cães o mais rápido possível e de maneira efetiva para evitar outros problemas de saúde, como a anemia. Essa doença é causada por alguma hemorragia interna e apresenta sintomas como debilidade, problemas para respirar e arritmias.