ROTANEWS176 E POR AGÊNCIA ANSA 01/10/2018 10:45
James P. Allison e Tasuku Honjo conduziram pesquisas a respeito de uma imunoterapia natural; Nobel da Paz será anunciado na próxima sexta-feira
Reprodução/Foto-RN176 imunologistas James P. Allison e Tasuku Honjo venceram o Prêmio Nobel de Medicina de 2018 – Divulgação/Nobel
Os imunologistas James P. Allison e Tasuku Honjo levaram, nesta segunda-feira (1), o Prêmio Nobel de Medicina de 2018. Ambos os pesquisadores conduziram estudos separados sobre uma terapia natural para conter o avanço do câncer e, por isso, dividirão o prêmio de cerca de US$ 1 milhão.
De acordo com a Academia Sueca, que é responsável pela nomeação do prêmio, ambas as pesquisas que mereceram o Nobel de Medicina abordam a inibição da regulação imune negativa. Elas estudam duas proteínas produzidas por tumores — a CTLA-4 e a PD-1 — que paralisam o sistema imune do paciente durante o tratamento de câncer.
Segundo os especialistas da área, apesar de duplo, o estudo é inédito pois, pela primeira vez, uma terapia se foca nas células do sistema imunológico, e não no próprio tumor.
Allison, de 70 anos, é da Universidade do Texas e estudou a proteína CTLA-4. Ele descobriu que um bloqueio da proteína poderia retirar o freio sobre os linfócitos T, fazendo com que as células voltassem a atacar o tumor.
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Por sua vez, Honjo, de 76, estudou, na Universidade de Kyoto, no Japão, a proteína PD-1, que também atuava sobre os linfócitos T, só que de forma diferente. Após experimentos em laboratório, um estudo realizado em 2012 também demonstrou eficácia em tratar pacientes com diversos tipos de câncer .
“Nós podemos curar o câncer com isso”, afirmou Klas Kärre, membro do comitê do Nobel.
Esse prêmio é o primeiro de uma série que será entregue nas próximas semanas. Afinal, amanhã, o comitê do Prêmio Nobel , localizado em Estocolmo, anunciará o premiado em Física e, na quarta-feira, o de Química.
Neste ano, não haverá o Nobel de Literatura devido ao caso do francês Jean-Claude Arnault, de 71 anos. Ele, que é casado com uma integrante da Academia Sueca, foi acusado de estupro ou agressão sexual por pelo menos 18 mulheres, em novembro de 2017.
A polêmica provocou a renúncia de oito dos 18 membros da instituição, que ficou sem o quórum de 12 pessoas, necessário para funcionar. Assim, o prêmio foi adiado para 2019.
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Por fim, a sequência que começa com o Nobel de Medicina terminará no dia 5 de outubro, quando será anunciado o Nobel da Paz.