Grupo inclui a primeira mulher desde 1963
ROTANEWS176 E POR ANSA 02/10/2018 08:14 Herton Escobar
COPENHAGUE – A invenção de “pinças de luz” usadas em pesquisas biológicas e de outras tecnologias a laser em equipamentos básicos do nosso dia a dia, como impressoras e scanners de supermercado, foi homenageada nesta terça-feira, 2, com o prêmioNobel de Física 2018. Os pesquisadores premiados foram o americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donna Strickland.
Eles receberam o prêmio por “suas invenções inovadoras no campo da física de lasers”, segundo o anúncio da Academia Real de Ciências da Suécia, feito às 6h45 (em Brasília).
Reprodução/Foto-RN176 A cerimônia em que os nomes foram anunciados, na Suécia Foto: Hanna Franzen/TT News Agency / via Reuters
Askin ficou com metade do prêmio, de aproximadamente US$ 1 milhão, pela invenção, em 1987, das chamadas “pinças de luz”, ou pinças ópticas, que são pulsos de luz extremamente focada (lasers) usados para imobilizar átomos, vírus, bactérias e outros microrganismos em experimentos biológicos, permitindo, assim, uma revolução no estudo da biologia básica da vida e na biomedicina associada a esses organismos.
A outra metade do prêmio foi dividida entre Mourou e Donna, pelo pioneirismo no desenvolvimento de lasers de alta intensidade que podem ser usados de forma segura — por exemplo, em cirurgias oftalmológicas, para correção de problemas na vista. Eles publicaram um trabalho de referência sobre o assunto em 1985.
Strickland é apenas a terceira mulher a receber o prêmio de Física desde a sua criação, em 1901. Antes dela, só Maria Goeppert-Mayer (1963) e Maria Curie (1903) haviam conquistado a honraria.
Nesta segunda-feira, foi anunciado o Nobel de Fisiologia e Medicina – para a descoberta da imunoterapia contra o câncer – e na quarta será anunciado o prêmio de Química.
Com Ansa