ROTANEWS176 E POR IG 08/10/2018 20:41
Unidade paulistana do partido expulsou também outros 15 filiados por críticas ao ex-prefeito João Doria; ainda cabe recurso de decisão
Reprodução/Foto-RN176 PSDB paulistano expulsa Goldman do partido por críticas à Doria; ele é um dos tucanos “históricos” da legenda – George Gianni/ PSDB -18-8-14
Ex-governador de São Paulo e uma das principais lideranças históricas do PSDB, Alberto Goldman foi expulso do partido pelo diretório paulistano dos tucanos nesta segunda-feira (8) por “infidelidade partidária”. O PSDB paulistano expulsa Goldman sobretudo por suas críticas ao candidato ao governo de São Paulo João Doria, que disputará o segundo turno contra Márcio França (PSB).
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“Eles podem recorrer às instâncias superiores do partido. Mas a decisão está tomada. Já estão expulsos”, disse o vereador João Jorge, presidente estadual do partido, ao jornal Folha de S.Paulo . O PSDB paulistano expulsa Goldman , e não só: junto do ex-presidente nacional da sigla, outros 15 filiados receberam a mais alta punição do partido.
João Jorge é um dos tucanos mais próximos de Doria – o ex-prefeito de São Paulo coleciona desafetos no partido, onde nunca foi unanimidade. O secretário estadual do PSDB Saulo de Castro é outro que foi expulso da legenda.
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“Saulo acompanhou Márcio França para cima e para baixo com bóton no peito. Goldman fez críticas severas ao nosso candidato João Doria e apoiou Skaf”, disse o dirigente partidário à Folha .
Goldman, por sua vez, reagiu à altura. Em sua avaliação, “Não tem nenhum panaca nesse partido que tenha condição moral de pedir a minha expulsão”.
“Será que ele tem o AI-5 na mão e eu não sabia? Tem gente que está pensando que está na ditadura e que ele é o ditador”, completou o ex-governador, ainda à Folha .
Alberto Goldman ainda pode recorrer da decisão em instâncias superiores no PSDB. Ele não informou qual medida irá tomar. O PSDB paulistano expulsa Goldman em um momento no qual o partido avalia qual postura tomar no segundo turno das eleições presidenciais: se apoioa Bolsonaro, Haddad ou mantem a neutralidade.