NET demite funcionário que enviou mensagens de assédio a cliente

Empresa diz que identificou atendente e registrou Boletim de Ocorrência.Jornalista relatou no Facebook contato feito pelo funcionário pelo WhatsApp.

ROTANEWS176 E G1 28/05/2015 19h08

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Reprodução/Foto-RN176  Imagens de conversa postada pela estudante Ana Prado no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)

A NET informou no início da tarde desta quinta-feira (28) que identificou e vai demitir o funcionário que enviou, sem autorização, mensagens ao telefone de uma cliente pelo aplicativo WhatsApp. A jornalista Ana Prado relatou, em sua conta no Facebook, que o contato foi feito após uma ligação para oferecer um pacote promocional.

Em nota, a empresa disse que “o colaborador envolvido foi identificado e desligado. Também foi registrado um Boletim de Ocorrência na Polícia, a fim de que o fato seja apurado também na esfera criminal. A empresa reforça que tomará todas as medidas cabíveis para apurar, identificar e afastar sumariamente qualquer colaborador ou prestador de serviço que faça uso indevido de informações pessoais, confidenciais e sigilosas de nossos clientes.”

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Reprodução/Foto-RN176  Foto de divulgação

A NET diz ainda que quer “esclarecer a todos os nossos clientes que tratamos suas informações pessoais com as mais rigorosas práticas e políticas de proteção ao sigilo. Todos os prestadores de serviços da companhia estão obrigados contratualmente a assegurar a proteção dos dados dos consumidores e são proibidos de utilizar estas informações para qualquer outro fim.  Também ficam cientes das sanções contratuais, cíveis e criminais aplicáveis em caso de descumprimento.”

“Além disso, os colaboradores envolvidos em atividades de atendimento ao cliente têm acesso aos dados estritamente necessários para executar suas funções, sempre de forma individualizada e rastreável.”
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Segundo relato de Ana Prado nas redes sociais, o funcionário teria ligado pela manhã para oferecer um pacote promocional da empresa. A jornalista informou que não estava interessada e desligou. Depois, recebeu as mensagens no aplicativo do celular. Ela fez imagens da conversa e postou em sua conta no Facebook.

“Desculpa, mas fiquei curioso”, diz o rapaz em uma das mensagens. Depois, complementa. “Por conta da sua voz”, afirmou. A jornalista questionou a atitude, disse que se tratava de algo “invasivo” e que o funcionário poderia até mesmo ser processado. Pediu ainda que ele deletasse o número de sua agenda telefônica.

O atendente da NET disse que não tinha acesso a outros dados e também pediu desculpas de forma irônica pelo contato. “Perdão pela imensa invasão. Agora, caso queira me processar ou processar quem quer que seja, fique à vontade. Terei o prazer de ganhar a causa”, disse.

“Não era só mais uma cantada tonta”
Por recomendação da empresa, a jornalista registrou um boletim de ocorrência e voltou a se manifestar pela rede social na tarde de quarta-feira (27). Ela esclareceu que decidiu divulgar o caso, ao invés de simplesmente bloquear o funcionário, para evitar que a situação se repetisse com outras pessoas.

“Aquilo não era só mais uma cantada tonta de um cara inconveniente”, disse ela no Facebook. “Era uma cantada tonta de um cara que tem acesso aos meus dados pessoais e fez uso indevido para fins pessoais”, completou.

Ana afirmou ainda que está em contato com a NET, que teria a intenção de dar prosseguimento ao caso na esfera criminal e de criar um canal para que denúncias similares cheguem à empresa. Além disso, a jornalista contou que foi informada de que o funcionário provavelmente faz parte de uma empresa terceirizada de telemarketing.

A publicação da jornalista no Facebook foi curtida por mais de 6 mil pessoas e compartilhada mais de 1,8 mil vezes.

Confira a íntegra da nota da NET:

“NOTA DE ESCLARECIMENTO

Sobre o caso da cliente Ana Prado, tornado público em 26/05/2015, a NET informa que o colaborador envolvido foi identificado e desligado. Também foi registrado um Boletim de Ocorrência na Polícia, a fim de que o fato seja apurado também na esfera criminal.

A empresa reforça que tomará todas as medidas cabíveis para apurar, identificar e afastar sumariamente qualquer colaborador ou prestador de serviço que faça uso indevido de informações pessoais, confidenciais e sigilosas de nossos clientes.

Cumpre ainda esclarecer a todos os nossos clientes que tratamos suas informações pessoais com as mais rigorosas práticas e políticas de proteção ao sigilo. Todos os prestadores de serviços da companhia estão obrigados contratualmente a assegurar a proteção dos dados dos consumidores e são proibidos de utilizar estas informações para qualquer outro fim.  Também ficam cientes das sanções contratuais, cíveis e criminais aplicáveis em caso de descumprimento.

Além disso, os colaboradores envolvidos em atividades de atendimento ao cliente têm acesso aos dados estritamente necessários para executar suas funções, sempre de forma individualizada e rastreável.”