Sobrepujar o próprio destino

ROTANEWS176 E POR BRASILSEIKYO 11/08/2018 23:24

          Na semana passada, BS publicou a história do casal Tojima. A esposa, Mie, iniciara a prática budista depois do nascimento da filha mais nova, acometida de tuberculose com apenas 1 ano. Mas desencorajada pelos desafios da vida familiar e enfrentando a oposição do marido com relação ao budismo, ela abandonou a Soka Gakkai.

Os negócios do marido foram à falência e, sem dinheiro, a família passou a morar num apertado e humilde quarto alugado.

         A seguir, trechos do capítulo “Torrente”, volume 8 do romance Nova Revolução Humana.

            “Nessa terrível condição, vivendo no abismo da dificuldade financeira, Mie recebeu os incentivos de suas companheiras e decidiu retornar à prática da fé sentindo na pele a dura realidade do destino. Seu marido resolveu também seguir a prática budista para reconstruir a vida da família.

          Eles começaram a trabalhar sem medir esforços. Quando tinham alguma folga. Iam até a sede da Soka Gakkai para recitar daimoku.

        Como não tinham recursos, resolveram montar uma barraca de alimentos aproveitando a fila de desempregados que se formava diariamente diante da agência publica de emprego. Essa barraca era na verdade um carrinho que eles usaram para transportar mantimentos e apetrechos de cozinha.

         Acordavam bem cedo para montar a barraca de alimento, onde preparavam arroz e sopa de leitão servidos em uma tigela. Esse era a única prato e as pessoas o saboreavam de pé.” (NRH, v. 8, p. 206-207)

        Renovada disposição

Como o casal Tojima havia perdido tudo, podia contar somente com a prática da fé e com a vontade de vencer. Nessas circunstâncias, teve a chance de dialogar com o segundo presidente, da Soka Gakkai, Josei Toda. Sua convicção fez brotar nova esperança no coração do casal.

 “Depois de algum tempo, Mie começou a cuidar sozinho da barraca de alimentos para que seu marido pudesse trabalhar o dia inteiro realizando serviço braçal. Apesar de voltarem cansados para casa saíam todas as noites para participar de reuniões e atividades da Gakkai.

        Embora a sociedade japonesa tratasse os coreanos residentes no Japão com muita frieza, a Gakkai os recebia com todo o calor humano. Shoji e Mie sentiam profunda emoção por serem tratados como muito mais do que parentes pelos companheiros da organização.

         Mais tarde, Shoji  conseguiu abri um comercio de importação e exportação e em pouco tempo resolveu todos os problemas financeiros. Com esse grande benefício, comprovou para si mesmo a grandiosidade do budismo e decidiu ensinar a prática da  fé aos seus conterrâneos.” (Ibidem)

A palavra Allans! (“Vamos”, em francês) representa a atitude de viver com otimismo, com os olhos voltados para o futuro, e simboliza o espírito de prosseguir desafiando continuamente, se cessar”

Posteriormente, o casal viajou para a Coréia do Sul a fim de transmitir o budismo a seus parentes e amigos. A mãe de Mie converteu-se ao budismo imediatamente, seguida pela sua cunhada e então pelos pais de Shoji.

Viva com otimismo

Ikeda sensei, em diversas ocasiões, cita grandes escritores com ardor para instilar coragem e esperança, sobretudo nos membros da SGI. Na juventude, uma de suas obras prediletas era Folhas de Relva, do poeta norte-americano Walt Whitman. Um famoso verso do autor é lembrado pelo Mestre com carinho: “Allons! Através de lutas e batalhas! / O objetivo cujo nome de definiu não pode ser revogado”. A palavra Allons! (“Vamos”, em francês) representa a atitude de viver com otimismo, com os olhos voltados para o futuro, e simboliza o espírito de prosseguir desafiando continuamente, sem cessar. Assim como o episódio citado, a determinação de não se curvar diante dos desafios, revitalizados pela prática budista, resultou na vitória absoluta do casal. Suportar os desafios até alcançar a vitória é a expressão máxima da revolução humana