Homem estrangula namorada e abandona corpo em calçada na zona sul de São Paulo 7

POLÍCIA

ROTANEWS176 E POR IG 23/01/2019 16:34

Câmeras de segurança flagraram momento em que corpo de Francisca Batista Silva, 49 anos, é carregado por namorado e abandonado na calçada em frente à casa de vizinho; suspeito foi preso horas depois do crime

Reprodução/Foto-RN176  Câmeras de segurança flagram momento em que mulher é carregada por namorado até a rua, na zona sul de São Paulo – Reprodução/ G1

Imagens da câmera de segurança de uma casa flagraram o momento exato em que um homem carregava o corpo inconsciente de uma mulher por rua do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo. A vítima, Francisca Batista da Silva, 49 anos, morreu após ser estrangulada pelo companheiro, nesta terça-feira (22).

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De acordo com a polícia, Sandoval Santos Bastos, de 34 anos, tinha planos de sair da cidade e teria conseguido dinheiro emprestado, antes de assassinar  mulher dentro de casa e deixar seu corpo na rua, a 200 metros da residência onde o casal morava.

Em imagens flagradas pelas câmeras de segurança de uma casa vizinha, Sandoval aparece carregando Francisca nas costas e foge depois de abandonar o corpo.

O acusado foi preso algumas horas depois de ter cometido o crime, registrado no 47° Distrito Policial como homicídio qualificado com o agravante de feminicídio e violência doméstica. O corpo da vítima foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de laudo.

Francisca e o companheiro estavam juntos há menos de um ano e teriam discutido no dia em que aconteceu o crime. Em depoimento, o agressor alegou que a vítima teria passado mal e morrido em casa e explicou que levou o corpo para a rua com receio de que pensassem que ele havia assassinado a namorada.

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Violência contra a mulher atinge níveis preocupantes

Reprodução/Foto-RN176  Relatório global registra níveis alarmantes referentes à violência contra a mulher no Brasil

De acordo com relatório global divulgado pela Human Rights Watch na última quinta-feira (17), o Brasil atingiu recorde por mortes violentas ao registrar 63.880 casos em 2017 . Além de crianças e adolescentes que são vítimas da falta de segurança pública, a ONG revelou que as mulheres também estão em um grupo de risco, já que os casos de agressão domiciliar se apresentam como inaceitáveis.

O relatório ainda apontou que a polícia não investiga devidamente milhares desses casos de violência, fazendo com que muitos dos responsáveis não sejam processados. No fim de 2017, mais de 1,2 milhões de casos estavam pendentes nos tribunais.

O diretor para a divisão das Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, denunciou uma “epidemia de violência contra a mulher ”. Segundo ele, a Lei Maria da Penha, de 2006, é uma das melhores do mundo para combater esse tipo de violência, porém a estrutura precária não consegue fazer com que ela seja aplicada como deveria.