ROTANEWS176 E POR IG 08/05/2019 15:03 Por Caue Lira
Sedã é dócil e conectado em sua versão mais equipada, antes da chegada da GLi, com motor 2.0 turbo, que deve chegar no mês que vem ao Brasil
Reprodução/Foto-RN176 VW Jetta R-Line pode passar dos R$ 125 mil em sua versão mais completa, com teto-solar e pintura metálica – Cauê Lira/iG Carros
O VW Jetta R-Line sempre se orgulhou de seu caráter esportivo entre os sedãs médios. Ao contrário do Corolla que pretende ser reconhecido pelo conforto e confiabilidade, ou o Civic com seu estilo arrojado e descolado, o três volumes da Volkswagen preferia ser o lobo em pele de cordeiro. Aquele carro discreto que, em segundos, poderia sumir à frente dos olhos.
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Mas o mercado cobra, o perfil dos clientes muda e o VW Jetta R-Line acabou ficando – bem – mais manso em sua nova geração, agora com a plataforma MQB. Enquanto ainda não temos o novo modelo esportivo GLi (com o mesmo motor 2.0 do Golf GTI ), será que a versão topo de linha R-Line poderia satisfazer os mais acelerados?
Reprodução/Foto-RN176 VW Jetta R-Line. Foto: Divulgação
Bem, na teoria o sedã da VW vem com o mesmo 1.4 turbinado da família TSI que equipou a geração passada. As diferenças são pontuais: o torque cheio de 25,5 kgfm é entregue um pouco mais cedo (1.400 ante 1.500 rpm), além de também beber etanol. Mas em relação ao modelo anterior, não há como não dizer que o Jetta sofreu um leve “downgrade”.
Isso mostra como a categoria dos sedãs médios está sendo tocada para escanteio com a ascensão dos SUVs. Mas não vamos discorrer sobre isso, pois já explicamos este fenômeno em seus mínimos detalhes na coluna AutoBuzz – e eu realmente recomendo que você leia.
A última geração do Jetta tinha mais materiais macios ao toque em seu acabamento, inclusive nas portas traseiras. Mesmo na versão 1.4, também contava aletas para trocas de marcha atrás do volante.
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O visual, claro, ficou bem mais sofisticado. A Volkswagen compôs um belo design interno em tons de cinza, que contrasta muito bem com a moldura em preto brilhante que na parte do ar-condicionado digital. Os plásticos são texturizados e de ótima qualidade, além dos filetes em LED que podem colorir a ambiência do habitáculo. Pelo preço, fica devendo um carregador de celular por indução ao centro do console.
O Jetta, sem sombra de dúvidas, é o sedã mais conectado de sua categoria, contando com o sistema Discovery Media que roda o espelhamento de celulares com iOS e Android. Há também o cockpit digital, que replica diversas informações e até apps de navegação bem à frente do motorista. A ressalva fica por conta do sistema de som, que distorce e reverbera ainda em volumes intermediários.
Um tópico incomoda em todas as versões 1.4 do Jetta: o atraso na entrega de potência do acelerador. Já falamos que a Volkswagen tentou deixá-lo um pouco mais manso (o termo “corollizado” também serve), alterando a curva de torque do acelerador. A iniciativa beneficia o consumo de combustível, mas acaba deixando o sedã manco em baixas rotações. De acordo com a marca, ele entrega 150 cv de potência a 5.000 rpm e acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos.
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Para um sedã de 1.331 kg, o modelo é bem econômico, principalmente na gasolina. De acordo com o Inmetro, o Jetta pode aferir 10,9 km/l na cidade e 14 km/l na estrada com o combustível fóssil. Com o derivado da cana-de-açúcar, os números vão para 7,4 km/l e 9,6 km/l.
Ainda que seja um sedã completamente novo, a Volkswagen não colocou alças pantográficas para a abertura do porta-malas de 510 litros. Ou seja, o Jetta continua com os infames “pescoços de ganso” que roubam espaço do compartimento.
Conclusão
Reprodução/Foto-RN176 O painel do VW Jetta R-Line é levemente virado para o motorista, com LEDs de iluminação ambiente – Divulgação
A intenção da marca alemã é bem evidente. O Jetta sempre foi o sedã “dois em um”; o carro familiar que pode acelerar forte e divertir ao volante. Com o lançamento da futura versão GLI – que será ainda mais nervosa que a antiga 2.0 – não há a necessidade de agradar gregos e troianos ao mesmo tempo.
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Se você quer um carro de tocada forte, aguarde pelo lançamento do futuro GLI, que deverá ser já no mês que vem. O VW Jetta R-Line está mais para um “familiar requintado”, adaptando-se ao líder de sua categoria. Partindo de R$ 119.990, pode chegar a salgados R$ 126.660 com pintura metálica e teto-solar.
Ficha técnica – VW Jetta R-Line
Preço: R$ 119.990
Motor: 1.4, quatro cilindros, turbo flex
Potência: 150 cv a 5.000 rpm
Torque: 25,5 kgfm a 1.400 rpm
Transmissão: automático, seis marchas, tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / discos sólidos (traseiros)
Pneus: 205/60 R16
Dimensões: 4,70 m (comprimento) / 1,80 m (largura) / 1,47 m (altura), 2,69 m (entre-eixos)
Tanque: 50 litros
Porta-malas: 510 litros
Consumo etanol: 7,4 km/l (cidade) / 9,6 km/l (estrada)
Consumo gasolina: 10,9 km/l (cidade) / 14 km/l (estrada)
0 a 100 km/h: 8,9 segundos
Velocidade máxima: 210 km/h
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