ROTANEWS176 E POR RD1 01/07/2019 18:47 Por Mary Lima
Reprodução/Foto-RN176 RoboCop (Divulgação)
Neill Blomkamp, diretor de RoboCop, falou sobre o processo de desenvolvimento da sequência do filme. Ele ainda falou que vai ignorar o remake de 2014, feito pelo cineasta José Padilha. O estilo do roteiro vai ser parecido com o Paul Verhoeven, e ainda está sendo escrito.
“O roteiro está sendo escrito. Está indo bem! Imagine assistir Verhoeven fazendo uma continuação”, falou, no Twitter. Um internauta até questionou se RoboCop vai usar o traje original. “1 milhão % original”, garantiu o diretor. O novo longa ainda não tem data de estreia nos cinemas.
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Em 2014, Padilha deu uma entrevista ao Gaúcha ZH, e falou sobre seu RoboCop brasileiro. Ele falou sobre a diferença de seu filme e do longa de Verhoeven. “São várias. O RoboCop do Verhoeven tem uma crítica à época em que ele foi feito, na década de 1980, àquelas corporações agressivas, à era Ronald Reagan. O filme trazia essa questão da automatização da violência, de que é preciso desumanizar o agente da violência, que também está em Tropa de Elite: se você é um “caveira”, não questiona nada. E qual é a maior desumanização possível? Transformar um homem em máquina. O Verhoeven fez isso brilhantemente. O que a gente fez foi tirar essa questão do nível das corporações e colocar em termos de política internacional”, explicou.
“Hoje em dia, nós já vemos governos usando drones, aeronaves não tripuladas, para matar pessoas. Outro dia, vi nos EUA um debate sobre se o governo tinha ou não direito de usar um drone para matar um americano no Paquistão. Matar um paquistanês não estava em debate, isso pode. É exatamente isso que RoboCop fala: no filme, os EUA têm uma lei que proíbe que robôs atuem em seu território, mas podem atuar em território estrangeiro. Isso vai acontecer: tenho certeza de que a entrada de robôs na automatização da violência não vai se dar pelas forças policiais, mas, sim, pelas forças militares. Quisemos fazer um filme que colocasse essa questão”, disse ainda.