ROTANEWS176 E POR REUTERS 22/11/2019 14:52 Por Ankit Ajmera
Fabricantes de peças de aeronaves estão fazendo planos de contingência para a suspensão prolongada do Boeing 737 MAX, com vários deles esperando que o retorno do jato ao serviço leve mais tempo do que a fabricante de aviões espera.
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Reprodução/Foto-RN176 Montagem de um 737 Max na fábrica da Boeing em Renton, Washington (EUA) 27/03/2019 REUTERS/Lindsey Wasson Foto: Reuters
A data de início das entregas do MAX, que teve voos suspensos em todo o mundo em março após duas quedas em cinco meses que mataram centenas de pessoas, e o ritmo de produção, que afeta os preços das peças das aeronaves, foram os principais tópicos de discussão entre os fornecedores no Dubai Airshow nesta semana.
A Boeing disse que espera retomar as entregas do jato no próximo mês após a aprovação de uma correção de software pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), com os requisitos de treinamento de pilotos provavelmente recebendo aprovação em janeiro. A FAA disse que não tem um cronograma específico.
“A cada três meses (a Boeing) está empurrando isso para o futuro, por quase um ano”, disse um executivo de uma fabricante de peças para interiores de cabines.
A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As companhias aéreas norte-americanas, incluindo Southwest Airlines, American Airlines e United Airlines, estenderam os cancelamentos de voos do Boeing 737 MAX até o início de março.
“Algumas companhias aéreas estão nos dizendo que o avião não voltará antes do meio do próximo ano”, disse o executivo, acrescentando que ele havia realocado parte da capacidade de produção para peças da Airbus.
A Boeing reduziu a produção do avião em abril, passando de 52 para 42 unidades por mês. Antes da suspensão, era esperado que o ritmo subisse para 57 por mês este ano, uma meta que a Boeing disse que ainda pretende atingir até o final de 2020.
Embora a Boeing tenha cortado a produção em suas próprias fábricas, ela manteve parte de sua cadeia de fornecimento global funcionando na taxa anterior, para poder acelerar a produção rapidamente depois que o MAX retornar ao serviço.
Mas um dos fornecedores disse que havia interrompido a produção e estava substituindo as vendas perdidas, concentrando-se em peças de modelos mais antigos, com base na possibilidade de que a suspensão possa durar além de março.
“Se você olhar para o que aconteceu nos últimos nove meses, não acho que a Boeing ganhou pontos em termos de confiança”, disse ele. “A comunicação deles provavelmente não é a melhor.”
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