ROTANEWS176 E POR IG 22/12/2019 07:00
Excesso de sol, umidade e ambientes de praia e piscina podem contribuir para a proliferação de algumas doenças; confira quais são elas
Verão é época de sol, mar e curtição. Mas infelizmente, esse momento de descanso pode acompanhar uma série de doenças que causam muito incômodo. Confira a seguir quais são as doenças mais comuns do verão e saiba como se proteger delas:
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1. Desidratação
Reprodução/Foto-RN176 A desidratação é uma das doenças mais frequentes no verão – Reprodução/Shutterstock
Com o sol mais forte do verão, as pessoas costumam ter uma perda maior de líquidos no corpo. O suor, por exemplo, contribui para esse cenário, pois através dele ocorre a perda de sais minerais. Conforme matéria prévia no IG , a perda excessiva e persistente de líquidos leva a diminuição do fluxo de sangue para os órgãos.
Se a sua urina está muito amarela, a pele seca e você se sente muito cansado, com vontade até de desmaiar, pode ser que o seu corpo esteja pedindo apenas uma boa hidratação. O perigo desse quadro é que pode ser causado por diarreias e vômitos, então quanto menos você tiver o costume de se hidratar, mais impactantes serão esses problemas. Portanto, o lembrete de sempre é: não esqueça de se manter hidratado!
2. Conjuntivite
Reprodução/Foto-RN176 Olhos de paciente com conjuntivite – Reprodução/Shutterstock
A conjuntivite é uma doença que tem diversas causas, mas uma delas é recorrente no verão: nas praias e piscinas, a contaminação de micro-organismos é facilitada. Compartilhar artigos de maquiagem, além de andar em aglomerados e coçar os olhos com frequência são hábitos não indicados e que podem levar à doença. Alguns tipos de conjuntivite são contagiosos e outros não, por isso a dica é ter cuidado.
Alguns sintomas desse quadro são as pálpebras inchadas e a secreção presente nos olhos. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, que já falou sobre o assunto em uma outra matéria do IG , “nos meses mais quentes do ano, 4 em cada 10 pacientes já chegam aos consultórios usando colírio por conta própria e por isso colocam a visão em risco”. Assim, a indicação é sempre procurar um oftalmologista para recomendar o colírio indicado em cada caso.
3. Intoxicação alimentar
Reprodução/Foto-RN176 Ingestão de alimentos mal conservados pode causar intoxicação alimentar
Segundo o Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista, “a intoxicação alimentar é um problema de saúde que pode ser causado pela má ingestão de água ou até dos alimentos contaminados. Essa contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e armazenamento”.
Um hábito comum do verão é comer em barraquinhas ou restaurantes variados, sem saber muita coisa sobre a higiene do local. A falta de higiene é a maior causadora dessa doença e por isso, deve-se estar atento aos estabelecimentos onde você vai. Carne crua, ovos, leite, plantas e legumes são os principais alimentos com bactérias responsáveis pela contaminação.
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Os sintomas da intoxicação alimentar podem ser muito graves: desidratação, dores abdominais similares à cólica, desinterias, náuseas, vômitos e febre.
Manter bons hábitos de higiene, sempre lavando as mãos e andando com álcool em gel, é a maior recomendação para evitar esse problema. Lavar bem os alimentos, principalmente as verduras (de preferência com gotinhas de hipoclorito) também é uma dica importante.
4. Micose
Para a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), micoses são infecções causadas por excesso de fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Essa doença é mais comum nos litorais e ambientes de praia, pois o calor e a umidade favorecem o seu desenvolvimento. Sintomas como coceira e manchas brancas podem indicar a presença da infecção.
Fungos são presentes em todas as pessoas, mas sistema imunológico fraco, consumo excessivo de açúcares e alergias podem desencadear o quadro infeccioso, segundo o Ministério da Saúde.
São vários os tipos de micose e os tratamentos envolvem sprays antifúngicos junto à mudanças de hábito. Alguns comportamentos de prevenção são: secar bem as dobras do corpo, não ter contato prolongado com água e sabão e não andar descalço em locais úmidos.
5. Otite
Reprodução/Foto-RN176 Locais úmidos favorecem a proliferação de fungos e podem causar a otite – Reprodução/Shutterstock
.Mergulhar nas praias e piscinas durante o verão é ótimo, mas caso você não enxugue bem as orelhas, esse pode ser um motivo de surgimento da otite. A região úmida formada no canal auditivo ajuda na proliferação de bactérias. É o que afirma a a fonoaudióloga Cintia Fadini, entrevistada numa matéria do IG dedicada apenas à essa doença.
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A fonoaudióloga relata que no verão, o tipo mais comum é a otite externa, que atinge a orelha externa, formada pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo. Objetos como cotonetes, invés de ajudar, também podem contribuir no aparecimento da condição. Os sintomas mais comuns nesse caso são o sentimento de dor e ouvido trancado, que pode irradiar para a cabeça.