ROTANEWS176 E POR BRASIL ECONOMICO 15/01/2020 18:21
Informação foi dada em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (15), pelo coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller
Reprodução/Foto-RN176 Análises feitas mostraram que a contaminação não estava restrita a apenas um tanque – undefined
A água usada diretamente na fabricação das cervejas da Backer está contaminada por dietilenoglicol. É o que constatou a auditoria feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na fábrica da cervejaria. A informação foi dada em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (15), pelo coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Vitor Müller.
O resultado aumenta a suspeita de que outros rótulos da empresa, e não somente a Belorizontina, possam estar contaminados. Ainda não há resultado dos exames de outras cervejas.
Cidade mineira confirma morte de mulher que ingeriu a cerveja Belorizontina
Segundo Muller, análises feitas mostraram que a contaminação não estava restrita a apenas um tanque, e sim diversos. Com isso os técnicos do Mapa passaram a trabalhar com a possibilidade de uma intoxicação anterior ao processo de fermentação.
“A gente conseguiu evidenciar que a água que tem contaminação com glicol está sendo utilizada no processo cervejeiro. A gente não consegue ainda afirmar efetivamente de que forma ocorre essa contaminação desse tanque de água gelada, se é no tanque de água gelada ou se é em uma etapa anterior a esse tanque, nenhuma hipótese pode ser descartada nesse momento”, afirmou Müller em entrevista à imprensa na sede do ministério.
Sobe para 17 o número de casos de intoxicação por cerveja contaminada
Ele que explicou que essa água contaminada é utilizada para misturar os ingredientes e só depois o líquido vai para o tanque de fermentação. No entanto, a pasta não sabe ainda como se deu essa contaminação.
“A gente encontrou essa água contaminada no processo produtivo e existem diversas hipóteses, já que o produto era usado no resfriamento e não deveria ter contato com a água. Não podemos falar em suspeitas maiores, mas há hipótese de sabotagem, de uso incorreto do insumo, de vazamento”, afirmou. Especialistas do Mapa periciam a fábrica da Backer desde a última quinta-feira (9).
Polícia Civil confirma segunda morte associada ao consumo de cerveja
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira (15) a morte de um paciente que estava internado com sintomas da síndrome neufronal, que teria sido causada pelo consumo da cerveja Belorizontina.
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O corpo da vítima da Belorizontina , que estava hospitalizada em Belo Horizonte, no CTI do Mater Dei, será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) nas próximas horas, onde passará por exames e procedimentos de perícia.
Segundo a última nota divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), 17 pacientes internados com a doença em todo o estado de Minas Gerais. Com a confirmação do segundo óbito, o número deverá cair, caso novos casos não sejam notificados.
Polícia e Ministério da Agricultura voltam à Backer nesta terça-feira (14)
Além das duas mortes já confirmadas com sintomas da síndrome neufrenal, há um terceiro possível óbito que pode estar ligado à doença em Minas. Nesta terça, a prefeitura de Pompéu, na região central do Estado, emitiu nota a respeito da suspeita de que uma moradora do município, de 60 anos, teria morrido em 28 de dezembro com os sintomas. A Polícia Civil diz que o caso ainda não chegou para investigação
Procon – São Paulo
Considerando as notícias de contaminação de lotes de c ervejas Belorizontina comercializadas pela Cervejaria Backer, o Procon de SP notificou a empresa para que esclareça sobre a comercialização de seus produtos a consumidores do estado.
De acordo com o órgão fiscalizador, a cervejaria deverá informar se efetuou a venda de produtos dos lotes identificados com defeito (bebidas contaminadas) , assim como outros produtos da marca, para distribuidores, supermercados, atacadistas ou outros estabelecimentos comerciais localizados em São Paulo.
Também deverá informar em qual quantidade; e se vendeu diretamente — por meio de loja física ou virtual — produtos da marca, inclusive dos lotes identificados com defeito.
Foi solicitado também que a empresa esclareça como fará o contato e como será a política de recolhimento dos produtos e a restituição de valores para consumidores residentes no estado.