ROTANEWS176 E POR OVIHOJE 21/02/2020 15:30
…Porém, a agência não consegue descobrir a ciência por trás disso.
De acordo com um documento da CIA desclassificado em 07/07/2000, intitulado “Coordinate Remote Viewing (CRV) Technology 1981–1983,” (Tecnologia de Visualização Remota por Coordenadas), submetido à organização em 4 de agosto de 1983, a visualização remota por coordenadas “utilizada através das metodologias que foram desenvolvidas … funciona com precisão notável”, mas os indivíduos que o enviaram admitiram que “não conseguiram explicar em termos convencionais porque a coordenada serve como estímulo da maneira que faz”. No entanto, eles estavam convencidos de que o modelo de mecânica quântica de David Bohm forneceu uma hipótese explicativa potencialmente plausível para os mecanismos que tornam isso possível.
David Bohm era uma erudito controverso, mas brilhante na física, que argumentava que a totalidade do cosmos é preenchida por buracos negros quânticos que levam da “ordem explicada” do espaço-tempo a um reino que transcende o espaço e o tempo que ele chamou de “ordem implicada”.
Esses buracos negros foram denominados ‘holosferas’ e foram levantados como o mecanismo que liga a ordem implicada (implícita) à ordem explicada (explícita). Da perspectiva do visualizador remoto, é possível que a linha de sinal que adquirimos seja mediada por essas holosferas, que nos conectam a uma ordem implícita que é conceitualmente mais ou menos idêntica ao conceito oriental de ‘Akasha’ ou ‘registros Akashicos‘, como articulado no trabalho de escritores como Swami Vivekananda. A ordem explícita na qual habitualmente vivemos, nos movemos e existimos é ‘desdobrada’ a partir dessa ordem implícita e abriga o mundo dos objetos e da consciência comuns, que inclui o que os visualizadores remotos chamam de ordens liminares, subliminares e subconscientes.
A ‘ordem implícita’ de Bohm, ele hipotetizou, continha variáveis subquânticas responsáveis pelas supostas ‘variáveis ocultas’ que tornavam os fenômenos quânticos tão imprevisíveis. Nesse sentido, ele não estava apenas se engajando na mecânica quântica, mas na mecânica subquântica, a qual ele acreditava conter a chave para entender como o universo se desenrolava a partir de um tipo de Mente Universal que permeia todo o cosmos o tempo todo. De acordo com esse modelo, os dados são desdobramentos da ordem implícita não espacial-temporal, que se forma dentro da ordem explícita, nesse ponto a ordem explícita se comunica novamente com a ordem implícita de uma maneira que afeta desdobramentos subsequentes na ordem explícita a partir da ordem implícita.
Bohm usou o termo ‘ordem implicada/implícita’ por causa das raízes etimológicas da palavra ‘implicado’, que significa ‘dobrar para dentro’. De fato, a ordem implicada é ‘implícita’, pois está subjacente a toda a realidade. Tudo no universo, para Bohm, está envolvido em todo o resto; uma posição que informa sua visão de mundo altamente relacional e holística, segundo a qual todos os vetores impactam necessariamente todos os outros vetores. Essa visão, é claro, é completamente contrária à física mais atomística que precedeu o modelo quântico no mundo ocidental.
A razão pela qual a CIA estava (e provavelmente ainda continua!) tão interessada na física de Bohm é por causa de suas ramificações cruciais para a subjetividade. Bohm era um idealista, como muitos dos fundadores mais importantes da mecânica quântica, o que significa que ele acreditava que a consciência era primária.
Em vez de emergir de um mundo fundamentalmente físico, inerte e mecanicista, segundo Bohm, existe um tipo de Mente Universal que precede o mundo físico e o gera a partir de seu depósito de significado.
Em um nível individual, um pensamento é envolvido na consciência da pessoa, que então desdobra um certo pensamento, que então ‘dobra de volta’, e assim por diante, em um tipo de dinâmica recíproca que reflete a natureza fundamental do próprio cosmos.
Bohm rotulou a incorporação cósmica desse princípio de ‘holomovimento‘, que ele viu enraizado na ordem implícita. Além disso, ele via esses pensamentos envolvidos na totalidade da própria ordem implicada, em vez de restritos a seres atomísticos individuais.
Bohm, no entanto, não se restringiu à mera especulação de poltrona. Ele formulou hipóteses específicas sobre como os cientistas podem, com instrumentos suficientemente precisos e sensíveis, medir essas dinâmicas. Ele sugeriu que, abaixo do que os físicos chamam de Comprimento de Planck, a métrica mais baixa concebível de extensão física (1,616255 (18) × 10−35 m)), existe apenas a ordem implícita, que consiste no armazém não espacial-temporal e fundamentalmente subjetivo de significado que se desdobra no mundo espaço-temporal na forma de informação. Bohm sugeriu que esse comprimento de Planck constitui o limite físico que separa a ordem explícita da ordem implícita.