ROTANEWS176 E POR ESTADÃO CONTEÚDO 29/02/2020 09h02
A explosão aconteceu no centro de um aglomerado de galáxias, a cerca de 390 milhões de anos-luz de distância
Reprodução/Foto-RN176 O Observatório de raios-X Chandra é um telescópio espacial lançado pela NASA e gerenciado pelo Laboratório de Jato-Propulsão. Foi lançado em 23 de julho de 1999, pela missão STS-93 do ônibus espacial Columbia.
Os astrônomos descobriram a maior explosão já vista no universo desde o Big Bang, que se formou a partir de um buraco negro supermassivo. A explosão aconteceu no centro de um aglomerado de galáxias, a cerca de 390 milhões de anos-luz de distância, segundo relataram os cientistas na quinta-feira, 27.
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Reprodução/Foto-RN176 A galáxia espiral M101 é mostrada nesta foto sem data do Observatório Chandra X-Ray da NASA. O M101 é uma galáxia espiral como a Via Láctea, mas cerca de 70% maior. Está localizado a cerca de 21 milhões de anos-luz da Terra. Foto: NASA / Reuters
De acordo com Simona Giancintucci, do Laboratório de Pesquisa Naval em Washington, a explosão foi tão grande que gerou uma cratera do tamanho equivalente a 15 Vias Lácteas. O registro é cinco vezes maior do que o recorde anterior.
Para fazer a descoberta, os astrônomos usaram um telescópio espacial lançado pela Nasa, o Observatório de Raio X Chandra, além de observatórios espaciais europeus e telescópios terrestres. Eles acreditam que a explosão se originou no centro de Ophiuchus, formado por milhares de galáxias, cujo centro é ocupado por um buraco negro.
O primeiro indício da explosão foi percebido em 2016. Imagens de Ophiuchus, captadas pelo Chandra, revelaram uma borda estranhamente curva, mas os cientistas descartaram a explosão por causa da quantidade de energia que seria necessária para provocar a cavidade. Dados coletados depois confirmaram o fenômeno.
Os cientistas acreditam que a explosão já tenha acabado. De acordo com a equipe, são necessárias mais observações para compreender os motivos do ocorrido.