SBT fura até Globo News e é o primeiro canal a noticiar morte de Fidel Castro

SBT fura até Globo News e é o primeiro canal a noticiar morte de Fidel Castro

Entretanto, canal de notícias foi o primeiro a entrar com informações ao vivo de Havana

ROTANEWS176 E NATELINHA  26/11/2016 14:20:23                                                                               Por Lucas Félix

1

Reprodução/Foto-RN176  Mesmo confuso, SBT foi o primeiro canal brasileiro a noticiar morte de Fidel Castro

Uma das notícias de maior impacto do ano veio durante um dos horários mais ingratos para a mídia brasileira: a madrugada de fim de semana. E essa peculiaridade gera situações incomuns na repercussão da morte de Fidel Castro, que liderou o governo cubano por décadas.

O “SBT Notícias”, assim como na eleição estadunidense, mostrou que tem sua utilidade além de reprisar matérias já vistas nos outros telejornais da casa e foi o primeiro espaço da televisão do Brasil a informar sobre o falecimento de Fidel na madrugada deste sábado (26). Antes mesmo até do que da sempre ágil Globo News.

Ainda no mesmo período, Band News e o canal aberto da Globo completaram a sequência, enquanto as outras redes não tinham equipes de plantão ou não consideraram o fato relevante.

É fato que no “SBT Notícias” o teleprompter não ajudou num primeiro instante, fazendo com que o apresentador João Fernandes acabasse tendo como uma das primeiras frases que “o presidente cubano Fidel Castro assiste a uma reunião em frente ao escritório”, algo que agora parece improvável.

1

Reprodução/Foto-RN176  Da direita para esquerda o apresentador do “SBT NOTÌCIAS”, Cassius Zeilmann e João Fernandes em São Paulo

Nos minutos e horas seguintes, porém, a situação não se repetiu e a cobertura, intercalada com matérias mais “frias”, seguiu de forma serena e competente, com o texto usando repetições, mas frisando destaques que vinham ao vivo em vez de se apegar com o amplamente conhecido histórico, como a informação de que o corpo do ditador será cremado.

O VT mais longo com o obituário teve a narração de Carlos Nascimento, evidenciando que já estava preparado antecipadamente, prática padrão dos canais para grandes personalidades. O mesmo pôde ser constatado na Globo News, que mostrou os principais momentos da trajetória de Fidel sob a voz de Sérgio Aguiar.

1                                                                                 Reprodução/Foto-RN176  Paula Araujo plantonista em São Paulo

No canal de notícias da Globo, ficou com Paula Araújo, repórter em São Paulo e plantonista da vez na bancada da madrugada, o papel das primeiras intervenções, curtas e feitas de surpresa durante intervalos comerciais, sem nem mesmo uma vinheta ou imagens de arquivo.

Na terceira entrada, essa já um pouco mais elaborada, consumou-se uma rede com a exibição simultânea também na TV aberta (destaque-se que em todos os fusos). Por volta das 4h20 em Brasília, o telespectador que não estava de olho na internet foi surpreendido com a temida vinheta do “Plantão”, que até agora tinha sido utilizada em 2016 somente em acontecimentos políticos nacionais e na morte do ator Domingos Montagner.

1                                                                                Reprodução/Foto-RN176  Intervenção entre Globo e Globo News

Esse pool não chega a ser raro. Nas mortes da cantora Whitney Houston e do jogador Sócrates também foi feita uma intervenção conjunta entre Globo e Globo News, já que os falecimentos igualmente ocorreram numa faixa em que não há apresentadores titulares no canal aberto.

Férias?

A Globo News evidenciou mais um capítulo de uma curiosa coincidência, com os profissionais globais estando presentes in loco próximos aos grandes acontecimentos mesmo quando eles ocorrem de forma surpreendente.

1                                                                             Reprodução/Foto-RN176 Carolina Cimenti em Paris

Carolina Cimenti, por exemplo, acompanhava o amistoso entre França e Alemanha em Paris há um ano somente como turista, quando foi surpreendida pelas explosões ao redor do estádio. A partir dali, ficou por dias na cobertura dos atentados.

1                                                                                Reprodução/Foto-RN176 Zeca Camargo em Bruxelas

Zeca Camargo, que já deixou o jornalismo, foi a “vítima” em Bruxelas, cidade também alvo do terrorismo em março desse ano. Chegou a produzir material para o “Jornal Nacional” contando a situação na Bélgica em meio ao medo que se instalou de imediato.

1                                                                               Reprodução/Foto-RN176  O repórter Pedro Neville em Orlando

Em junho, quando uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos, foi invadida por um atirador que matou 50 pessoas, quem desfrutava de dias de descanso na região era o repórter Pedro Neville, que acabou, claro, sendo utilizado na cobertura.

1                                                                                Reprodução/Foto-RN176 A editora Thais Fascina por teleforne de Havana

Agora foi a vez de uma profissional que nem é do vídeo, a editora Thais Fascina, que já nesta madrugada entrou ao vivo por telefone direto de Havana, a capital cubana.

Quem também fez uma intervenção telefônica sobre as primeiras reações foi justamente Carolina Cimenti, agora em dia de trabalho mesmo, direto de Nova York. A jornalista ainda deixou um comentário no perfil da colega destacando a coincidência de seus casos.