A destemida Laira vive os sonhos com a certeza da vitória
ROTANEWS176 E POR BRASIL SEIKYO 28/03/2020 08:30
RELATO
Reprodução/Foto-RN176 Confiante, Laira se esforça para promover o desenvolvimento da BSGI na Região Nordeste. Na foto, ela na Ponta do Humaitá, Salvador, BA, onde mora
Meus pais já praticavam o budismo na Soka Gakkai quando eu nasci. Embora criança, vivenciava o sofrimento causado pela desarmonia na família e decidi então transformar aquela condição a partir da minha revolução humana. Assim, ao me empenhar nas atividades da organização e com base nos incentivos do presidente Ikeda, venci não só a questão familiar, como muitos outros aspectos.
A prática budista foi o encorajamento que me fez romper os limites; e a transformação foi tanta que hoje trabalho conscientizando as pessoas com relação à saúde por meio das palavras, superando o desafio da timidez extrema que me impedia de avançar quando era mais jovem.
Potencial ilimitado
Reprodução/Foto-RN176 Laira em momento de lazer com o noivo e os pais
Nasci na Bahia e venho de família simples. Meus pais nunca tiveram trabalho fixo e não cursaram ensino superior. Por mais de vinte anos, passamos por muitas dificuldades financeiras. Minha mãe ajudava minha avó vendendo roupas numa barraca de feira no interior do estado para ajudar nas despesas de casa. Algumas vezes tivemos de ir andando para as reuniões por falta de dinheiro. Lembro-me de que certa vez até vendi meus cabelos para pagar uma passagem para ir a São Paulo participar de um curso de aprimoramento (risos).
O mais importante é que nós nunca nos entregamos à tristeza e sempre nos esforçamos para contribuir para o kosen-rufu de todas as formas. O engajamento nesse grande movimento pela paz nos proporcionava imensa alegria.
Em especial, meus pais sempre me incentivaram com sua força e determinação. Com seu apoio, ingressei em uma orquestra filarmônica que me permitiu ganhar os primeiros cachês. Também fiz curso de eletrotécnica e logo comecei a estagiar recebendo uma bolsa de estudos. Feliz, consegui comprar alguns instrumentos para a banda Asas da Paz Kotekitai, da Divisão Feminina de Jovens (DFJ), da qual faço parte.
Decidida a avançar nos estudos, entrei para a faculdade de farmácia generalista e logo ao finalizar o curso, em 2011, consegui um trabalho como farmacêutica. Com o salário melhor, passei a ajudar nas despesas de casa, possibilitando que minha mãe parasse de trabalhar e realizasse o sonho de cursar psicologia. Inspirado, meu pai concluiu o ensino médio. Que alegria comprovar o benefício da harmonia familiar!
Coração renovado
Após me graduar, fui aprovada em dois concursos públicos. Um ano depois, fui convocada pela prefeitura de uma cidade vizinha de Salvador para atuar como fiscal de vigilância sanitária, experiência que abriu novos caminhos para mim. Assim, após cinco anos, também fui convidada pela Prefeitura de Salvador para atuar como farmacêutica e passei a trabalhar nas duas funções.
Os desafios são constantes, visto que trabalho no setor público e atendo pessoas com muitas necessidades. Como uma líder que luta pela paz, determinei vencer tudo a partir da minha revolução humana. Consegui transpor a desarmonia e comprovar a justiça num momento crítico como havia almejado.
Essa foi uma das conquistas que levei a Ikeda sensei, ao viajar para o Japão, em 2018, com líderes do Nordeste. Nosso objetivo é extinguir a miséria dessa região a partir da erradicação da miséria do coração das pessoas. Estamos colhendo os resultados dessa decisão na sociedade, como a Conferência Internacional das dezoito universidades federais do Nordeste e a Universidade Soka, no ano passado.
Em paralelo, meus trabalhos científicos foram publicados em alguns jornais de impacto, um deles apresentado num congresso europeu pelo meu orientador.
Em janeiro deste ano [2020], fui novamente ao Japão, desta vez para participar de um curso de aprimoramento da SGI, em que renovei minha decisão de atuar pelo kosen-rufu.
Renovada disposição
Decidida a avançar cada vez mais, segui recitando daimoku pelo desenvolvimento da BSGI na localidade. Meu desejo era incentivar as pessoas a praticar o budismo por meio da minha vitória, a começar pelo meu noivo, Darlan, que havia se afastado da organização.
Essa luta culminou com a concretização de dois shakubuku entre 2018 e 2019. Além disso, recuperei a plena saúde, pois há quatro anos manifestava sintomas de transtorno do pânico e, por apresentar alterações nos exames cardiológicos, muitas vezes fui parar no hospital.No entanto, nos recentes exames que fiz não constam mais alterações. Eu me sinto renovada!
Do ano passado para cá, realizei mais de cinquenta visitas em dez cidades diferentes. Essa experiência me inspirou a me aproximar ainda mais das pessoas e a compartilhar o budismo com elas. Sigo com a disposição de lhes transmitir o coração do Ikeda sensei e fazer dos ideais humanísticos Soka a base do desenvolvimento da sociedade.
Laira Yamamura, 34 anos. Farmacêutica. Vice-resp. pelo núcleo de comunicação da banda Anjos da Paz Kotekitai da CRE Leste; resp. pela DFJ da RM Sudoeste Baiano e vice-resp. pela DFJ da Sub. Bahia, CRE Leste, CGRE.