ROTANEWS176 E POR JORNAL BRASIL SEIKYO 13/08/2020 05:16
RELATO
Carlos venceu a si mesmo e transformou sua história em sinônimo de encorajamento
Reprodução/Foto-RN176 Carlos Henrique Prevedel – Editora Brasil Seikyo – BSGI
Anos atrás, sem perceber estava me tornando um jovem apático, sem alegria. No fundo, sofria com questões relacionadas à morte e desenvolvia sintomas depressivos, sentindo medo de morrer. Em meio a esse sofrimento, o apoio dos amigos Soka me fez romper a negatividade e despertar para a missão de viver em prol do grandioso movimento de transformação da humanidade — o kosen-rufu.
Nova determinação
Era julho de 2012, quando, numa visita, conversei com dois amigos sobre o porquê de eu não ser mais o Nanico (como me apelidaram) sorridente de sempre. Fui encorajado por eles e decidi dissipar a miséria do coração. Dois dias depois, ao assumir o desafio de liderar a Divisão Masculina de Jovens (DMJ) do distrito, determinei que seríamos vitoriosos.
Na época, atuava no Taiyo Ongakutai [banda da DMJ] e me tornei, além disso, responsável pela Banda Infantojuvenil de Campinas, SP. Tal como um líder afirmou, aquele era o momento de apoiar os membros na propagação do budismo e mudar a sociedade. E, naquele ano, dez pessoas ingressaram no distrito — reflexo do empenho de todos.
Começamos 2013 com força total. Auxiliei minha mãe e os companheiros da organização a concretizar shakubuku. Com o sentimento de ajudar alguém a ser feliz, realizei meu primeiro shakubuku também. No Distrito Alvorada, acontecia uma grande onda de propagação do budismo Soka e lideramos a campanha das pessoas felizes e vitoriosas na localidade. Aquela falta de alegria e de esperança que existia em mim se transformou em estímulo para vencer e no fim do ano havia feito oito shakubuku.
Com o desenvolvimento da organização, em 2014, eu me tornei líder da regional. No mesmo ano, iniciei a faculdade de engenharia elétrica e logo fui contratado pela empresa considerada o melhor local para se trabalhar no Brasil, na época. No início era tranquilo, mas, por causa do ritmo intenso de trabalho, eu me sentia insatisfeito por estar distante de significativas atividades da organização.
Essa situação mudou no ano seguinte [2015], quando recebi um convite para voltar para uma empresa em que havia trabalhado, mas com melhores condições. O principal objetivo era atuar na Divisão dos Estudantes (DE), da qual havia assumido a liderança na RM, e que me proporcionou aprimoramento sem igual. Foi nesse período também que minha família comemorou 39 anos de prática budista. Visualizando o 40º aniversário, em 2016, objetivei ir ao Japão, apesar de não ter condições financeiras para isso.
Cada vez que calculava os custos da viagem, pensava: “Como vou pagar tudo isso?”. Determinada, minha namorada me encorajou a vencer esse desafio e recitei intenso daimoku até que conseguimos encontrar passagens com valores abaixo da tabela e alugar um apartamento com vista para o Centro Internacional das Mulheres Soka e para o Auditório do Grande Juramento pelo Kosen-rufu.
Antes da viagem, havia me inscrito para um recrutamento interno da empresa, a fim de coordenar a área de projetos. Na entrevista, fui claro quanto aos meus ideais e segui confiante de que a vaga seria minha. Vivendo a emoção de estar nas terras do Mestre, recebi a notícia de aprovação no recrutamento. Que grande vitória! Que viagem!
Corajoso avanço
Em 2017, vivi novamente a experiência de estar no Japão. Desta vez, para participar do Curso de Aprimoramento dos 200 Jovens da BSGI. Quanta gratidão!
Durante os preparativos, em meio às atividades — agora da DE da Sub. Bandeirantes — e o trabalho, recitava daimoku para dar conta das tarefas. A oração foi fundamental quando, certa noite, meu carro foi atingido por outro veículo e sofreu perda total. Minha namorada e eu saímos sem ferimentos desse acidente e pude participar da comemoração dos 55 anos do Ongakutai da BSGI.
Entre tantas conquistas, transformei questões pessoais e aspectos com relação à saúde como o desafio de ter pedras nos rins. Numa constante batalha, passei por cirurgia e tenho a boa sorte de nunca ter ficado internado por conta das crises. Também revolucionei a vida profissional, pois almejava trabalhar por conta própria e ter mais tempo livre. Isso aconteceu no ano passado, após ser demitido, sendo indicado dois dias depois por um amigo para fazer projetos para uma concessionária em Campinas. Já no primeiro contrato, como autônomo, não precisaria ir diariamente para a empresa, tendo flexibilidade de horário.
Hoje, sou responsável pelo projeto de implantação dos novos abrigos de ônibus de Campinas, também presto apoio administrativo em outras frentes da empresa e, mesmo com a pandemia, sigo com o contrato ativo. Com isso, posso estar mais próximo dos amigos do Ongakutai da CGRE, o qual lidero, realizando as atuais lives da coordenadoria. Além do mais, na Subcoordenadoria, buscamos maneiras inovadoras de realizar as reuniões para incentivar os membros a vencer como discípulos Ikeda. Meus esforços partem do desejo de ser feliz e de levar a felicidade que sinto às pessoas, sem jamais recuar. É como Ikeda sensei diz: “Sou jovem. Avançarei com coragem, irradiando alegria. Observe-me, Gohonzon! Observe este jovem que pensa no futuro, convicto de que a concretização do kosen-rufu é algo possível!”.1
Nota:
- IKEDA, Daisaku. Diário da Juventude: A Jornada de um Homem Dedicado a um Nobre Ideal. São Paulo: Editora Brasil Seikyo, 2015. p. 35.
Carlos Henrique Prevedel, 34 anos. Gerente de projetos. Vice-resp. pelo Taiyo Ongakutai da BSGI; resp. pelo Taiyo Ongakutai da CGRE; resp. pela DMJ da Sub. Bandeirantes, RM Campinas Oeste, CLP, CGESP.