ROTANEWS176 E POR AGÊNCIA O GLOBO 19/08/2020 17:54
Menina de 10 anos que engravidou após ser estuprada por parente deixou hospital. Seu destino é mantido em sigilo para preservá-la de extremistas
Reprodução/Foto-RN176 Cisam, maternidade na qual menina passou por processo para interromper gravidez – Google Street View
A Promotoria de Infância de Juventude do Ministério Público do Espírito Santo ajuizou ação civil pública contra a extremista conservadora Sara Giromini, por ter tido acesso ilegal a detalhes do caso da menina de 10 anos, vítima de estupro no município de São Mateus, no Espírito Santo, e ter divulgado o nome da criança e do hospital onde ela seria atendida para procedimento de aborto . Os promotores pedem que ela seja condenada a pagar R$ 1,320 milhão, a título de indenização por danos morais coletivos.
Leia também
- “Numa cesárea salvaria 2 vidas”, diz líder da bancada evangélica sobre aborto
- Responsável pelo aborto diz que menina “voltou a sorrir” cercada de carinho
- Tio de menina do ES diz que estupro era “consensual” e se entregou por medo
Devido à exposição do caso, dificilmente a criança vítima de estupro poderá continuar morando no município de São Mateus, no norte do Espírito Santo.
Nesta quarta-feira, a menina, que foi para Recife para interromper a gravidez , teve alta médica e deixou o Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros), da Universidade de Pernambuco.
O governo do Espírito Santo disponibilizou uma aeronave para a vítima de estupro e a avó. Não há informações sobre o destino da criança, para evitar que a menina volte a ser hostilizada por extremistas anti-aborto.